Modulação autonômica cardíaca em mulheres na pós-menopausa com síndrome do olho seco

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Álvaro Dantas de Almeida Júnior
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/D.5.2019.tde-11122019-104523
Resumo: Introdução: A síndrome do olho seco (SOS), desordem do filme lacrimal por diminuição da produção ou por evaporação excessiva de lágrima, é sintoma ocular comum na pós-menopausa. A atividade secretora da glândula meibomiana está relacionada à disfunção do sistema nervoso autônomo presente na pós menopausa, em decorrência do hipoestrogenismo progressivo e fisiológico na mulher. A variabilidade da frequência cardíaca é ferramenta indireta de aferição do SNA e utilizada como preditor de doenças crônicas. Assim, o projeto se propõe a elucidar a relação entre a VFC e a SOS em mulheres na pós menopausa. Objetivo: Avaliar o comportamento da modulação autonômica cardíaca em mulheres na pós-menopausa com síndrome do olho seco. Método: estudo transversal analítico realizado no Instituto de Cirurgia Ocular do Nordeste (ICONE), localizado em Recife- PE no período de 2017-2018. Casuísta composta por mulheres na faixa etária de 40 a 65 anos sob amostra de conveniência e divididas em dois grupos: (1) pós-menopausa com síndrome de olho seco e (2) pós-menopausa assintomática. Todas as mulheres assinaram o TCLE e preencheram ficha clínica e sociodemográfica, clínica, IMK e consulta médica individual e avaliação oftalmológica - confirmação do diagnóstico de olho seco. A VFC utilizou-se da captação dos intervalos RR, por meio de um cardiofrequencímetro da marca Polar RS800CX, realizada com a voluntária em repouso, decúbito dorsal, durante 30 minutos com respiração espontânea. Para descrição das variáveis quantitativas, utilizou-se médias e intervalos de confiança de 95% para as variáveis que apresentaram distribuição normal (Shapiro-Wilk, p >= 0,05), e medianas e intervalos de confiança para as que não apresentaram distribuição normal (Shapiro-Wilk, p < 0,05). As diferenças das características entre os grupos com e sem síndrome do olho seco foram analisadas pelo teste de Qui-quadrado, pelo teste t de student e pelo teste de Mann-Whitney. Para todas as análises, o nível de significância foi de 5%. O programa Stata® (Stata Corp., L.C.) versão 15 foi utilizado. Resultados: As mulheres com síndrome do olho seco (SOS) apresentam-se em 60,4% (n=58), maior mediana de idade (63,5 anos, IC 95% 62,0 a 67,9; p < 0,001), mediana de tempo de menopausa 19 anos, IC 95% 10,4 a 24,0; p < 0,001). Observou-se diferença do índice linear SDNN entre os grupos. Entretanto, quando as diferenças foram ajustadas ao modelo clínico (modelo III), nenhuma associação entre a SOS e índices de modulação autonômica cardíaca foi observada. Conclusão: o comportamento da modulação autonômica cardíaca em mulheres na pós-menopausa com síndrome do olho seco não apresenta predomínio simpático e parassimpático. A caracterização da modulação autonômica cardíaca em mulheres na pós-menopausa apresenta-se semelhante na presença ou ausência de síndrome do olho seco
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis Modulação autonômica cardíaca em mulheres na pós-menopausa com síndrome do olho seco Cardiac autonomic modulation in postmenopausal women with dry eye syndrome 2019-09-24Isabel Cristina Esposito SorpresoTatiana Dias de CarvalhoAna Cristina Aoun TannuriÁlvaro Dantas de Almeida JúniorUniversidade de São PauloMedicina (Obstetrícia e Ginecologia)USPBR Autonomic nervous system Dry eye syndromes Frequência cardíaca Heart rate Pós-menopausa Postmenopausal Síndromes do olho seco Sistema nervoso autônomo Introdução: A síndrome do olho seco (SOS), desordem do filme lacrimal por diminuição da produção ou por evaporação excessiva de lágrima, é sintoma ocular comum na pós-menopausa. A atividade secretora da glândula meibomiana está relacionada à disfunção do sistema nervoso autônomo presente na pós menopausa, em decorrência do hipoestrogenismo progressivo e fisiológico na mulher. A variabilidade da frequência cardíaca é ferramenta indireta de aferição do SNA e utilizada como preditor de doenças crônicas. Assim, o projeto se propõe a elucidar a relação entre a VFC e a SOS em mulheres na pós menopausa. Objetivo: Avaliar o comportamento da modulação autonômica cardíaca em mulheres na pós-menopausa com síndrome do olho seco. Método: estudo transversal analítico realizado no Instituto de Cirurgia Ocular do Nordeste (ICONE), localizado em Recife- PE no período de 2017-2018. Casuísta composta por mulheres na faixa etária de 40 a 65 anos sob amostra de conveniência e divididas em dois grupos: (1) pós-menopausa com síndrome de olho seco e (2) pós-menopausa assintomática. Todas as mulheres assinaram o TCLE e preencheram ficha clínica e sociodemográfica, clínica, IMK e consulta médica individual e avaliação oftalmológica - confirmação do diagnóstico de olho seco. A VFC utilizou-se da captação dos intervalos RR, por meio de um cardiofrequencímetro da marca Polar RS800CX, realizada com a voluntária em repouso, decúbito dorsal, durante 30 minutos com respiração espontânea. Para descrição das variáveis quantitativas, utilizou-se médias e intervalos de confiança de 95% para as variáveis que apresentaram distribuição normal (Shapiro-Wilk, p >= 0,05), e medianas e intervalos de confiança para as que não apresentaram distribuição normal (Shapiro-Wilk, p < 0,05). As diferenças das características entre os grupos com e sem síndrome do olho seco foram analisadas pelo teste de Qui-quadrado, pelo teste t de student e pelo teste de Mann-Whitney. Para todas as análises, o nível de significância foi de 5%. O programa Stata® (Stata Corp., L.C.) versão 15 foi utilizado. Resultados: As mulheres com síndrome do olho seco (SOS) apresentam-se em 60,4% (n=58), maior mediana de idade (63,5 anos, IC 95% 62,0 a 67,9; p < 0,001), mediana de tempo de menopausa 19 anos, IC 95% 10,4 a 24,0; p < 0,001). Observou-se diferença do índice linear SDNN entre os grupos. Entretanto, quando as diferenças foram ajustadas ao modelo clínico (modelo III), nenhuma associação entre a SOS e índices de modulação autonômica cardíaca foi observada. Conclusão: o comportamento da modulação autonômica cardíaca em mulheres na pós-menopausa com síndrome do olho seco não apresenta predomínio simpático e parassimpático. A caracterização da modulação autonômica cardíaca em mulheres na pós-menopausa apresenta-se semelhante na presença ou ausência de síndrome do olho seco Introduction: Dry eye syndrome (SOS), tear film disorder due to decreased production or excessive tear evaporation is a common postmenopausal ocular symptom. The secretory activity of the meibomian gland is related to dysfunction of the autonomic nervous system, present in post menopause, due to progressive and physiological hypoestrogenism in women. Heart rate variability is an indirect tool for measuring ANS and used as a predictor of chronic diseases. Thus the project aims to elucidate the relationship between HRV and SOS in postmenopausal women. Objective: To evaluate the behavior of cardiac autonomic modulation in postmenopausal women with dry eye syndrome. Methods: Cross-sectional, analytical study performed at the Institute of Ocular Surgery of the Northeast (ICONE), located in Recife, PE, in the period 2017-2018. Casuistry composed of women in the age group of 40 to 65 years under a convenience sample and divided into two groups: (1) postmenopausal with dry eye syndrome and (2) asymptomatic postmenopausal women. All the women signed the ICF and completed the form clinical and sociodemographic, clinical, IMK and individual medical consultation and ophthalmologic evaluation - confirmation of dry eye diagnosis. The HRV was used to capture the RR intervals, using a Polar RS800CX cardiofrequency meter, performed with the volunteer at rest, on the dorsal decubitus, for 30 minutes with spontaneous breathing. For the description of the quantitative variables, 95% confidence intervals and means were used for the variables that presented normal distribution (Shapiro-Wilk, p >= 0.05), and medians and confidence intervals for those with no normal distribution ( Shapiro-Wilk, p < 0.05). Differences in characteristics between the groups with and without dry eye syndrome were analyzed by the chi-square test, by the t-test of student and; by the Mann-Whitney test. For all analyzes the level of significance was 5%. The Stata® program (Stata Corp., L.C.) version 15 was used. Results: Women with dry eye syndrome had 60.4% (n = 58), median age (63.5 years, 95% CI 62.0 to 67.9, p < 0.001) ), median time of menopause 19 years, 95% CI 10.4 to 24.0; p < 0.001). There was a difference in the SDNN linear index between the groups. However, when differences were adjusted in the clinical model (model III), no association between SOS and cardiac autonomic modulation indices was observed. Conclusion: The behavior of cardiac autonomic modulation in postmenopausal women with dry eye syndrome does not show a sympathetic and parasympathetic predominance. The characterization of cardiac autonomic modulation in postmenopausal women is similar in the presence or absence of dry eye syndrome https://doi.org/10.11606/D.5.2019.tde-11122019-104523info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T18:44:45Zoai:teses.usp.br:tde-11122019-104523Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-12-22T12:31:33.267685Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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