Modulação autonômica da frequência cardíaca e risco cardiovascular em mulheres na pós-menopausa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alex Rey Norberto
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/D.5.2020.tde-29012020-132550
Resumo: Introdução: As mulheres no período da pós-menopausa precoce e tardia apresentam diferenças clínicas, como tempo de menopausa e intensidade dos sintomas, que influenciam a modulação autonômica da frequência cardíaca e o risco cardiovascular. A variabilidade da frequência cardíaca e o risco cardiovascular de Framingham são ferramentas clínicas de avaliação para o gerenciamento desse risco. Sabe-se que o escore de risco de Framingham possui algumas inconsistências para essa população, contudo existe uma lacuna na literatura sobre a modulação autonomica da frequencia cardiaca associada ao Framingham em mulheres na pós-menopausa. Objetivo: Avaliar a modulação autonômica da frequência cardíaca e o risco cardiovascular em mulheres na pós-menopausa precoce e tardia. Método: Estudo transversal e analítico desenvolvido no Ambulatório de Climatério no Setor de Ginecologia Endócrina e Climatério da Disciplina de Ginecologia do HC/FMUSP no período de janeiro a dezembro de 2018. A casuística incluiu 34 mulheres acima de 40 anos com diagnóstico de pós-menopausa, divididas em dois grupos: (1) pós-menopausa precoce (16) e (2) pós-menopausa tardia (18). Todas preencheram ficha sociodemográfica, clínica e o Índice Menopausal de \"Kupperman-Blatt\". A captação dos intervalos R-R foi realizada para determinação dos índices da variabilidade da frequência cardíaca. O risco cardiovascular foi obtido por intermédio do software online do estudo de Framingham. Utilizou-se análise descritiva dos dados, correlação de Spearman e Pearson, média móvel e regressão linear simples. Para a magnitude da diferença da variabilidade da frequência cardíaca aplicou-se o tamanho do efeito de Cohen\'s d. Resultados: As mulheres na pós-menopausa tardia apresentaram menor modulação parassimpática da frequência cardíaca, com rMSSD de 16,60 ms, (p < 0,05) e o risco cardiovascular de Framingham foi 4,95±2,55% no grupo precoce e 7,33±4,38% no tardia (p=0,18). A modulação parassimpática da frequência cardíaca associou-se ao tempo de pós-menopausa (p < 0,05) sem associação da idade, em paralelo o rMSSD demonstrou sofrer maior influencia do tempo de pós-menopausa (r=0,75), do que da idade (r=0,59). O risco cardiovascular de Framingham não se associou à modulação autonômica da frequência cardíaca e demonstrou maior influencia da idade (r=0,75) do que do tempo de pós-menopausa (r=0,16). Conclusão: A modulação parassimpática da frequência cardíaca apresenta-se diferente em mulheres na pós-menopausa precoce e tardia e não se associou ao risco cardiovascular de Framingham. O risco cardiovascular de Framimingham apresenta-se baixo em ambos os grupos, sem diferença entre eles. A modulação autonômica parassimpática demonstrou sofrer maior influencia do tempo de pós-menopausa do que da idade enquanto o risco de Framingham demonstrou sofrer maior influencia da idade
id USP_e8c390eb4d982dd648deb4b2970f0a1f
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-29012020-132550
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis Modulação autonômica da frequência cardíaca e risco cardiovascular em mulheres na pós-menopausa Autonomic modulation of the heart rate and cardiovascular risk in postmenopausal women 2019-11-21Isabel Cristina Esposito SorpresoJosé Maria Soares JúniorRodrigo Daminello RaimundoAlex Rey NorbertoUniversidade de São PauloMedicina (Obstetrícia e Ginecologia)USPBR Autonomic modulation of the heart rate Autonomic nervous system Cardiovascular disease Cardiovascular system Doença cardiovascular Heart rate variability Heart rate variability Modulação autonômica da frequência cardíaca Pós-menopausa Postmenopause Sistema cardiovascular Sistema nervoso autônomo Introdução: As mulheres no período da pós-menopausa precoce e tardia apresentam diferenças clínicas, como tempo de menopausa e intensidade dos sintomas, que influenciam a modulação autonômica da frequência cardíaca e o risco cardiovascular. A variabilidade da frequência cardíaca e o risco cardiovascular de Framingham são ferramentas clínicas de avaliação para o gerenciamento desse risco. Sabe-se que o escore de risco de Framingham possui algumas inconsistências para essa população, contudo existe uma lacuna na literatura sobre a modulação autonomica da frequencia cardiaca associada ao Framingham em mulheres na pós-menopausa. Objetivo: Avaliar a modulação autonômica da frequência cardíaca e o risco cardiovascular em mulheres na pós-menopausa precoce e tardia. Método: Estudo transversal e analítico desenvolvido no Ambulatório de Climatério no Setor de Ginecologia Endócrina e Climatério da Disciplina de Ginecologia do HC/FMUSP no período de janeiro a dezembro de 2018. A casuística incluiu 34 mulheres acima de 40 anos com diagnóstico de pós-menopausa, divididas em dois grupos: (1) pós-menopausa precoce (16) e (2) pós-menopausa tardia (18). Todas preencheram ficha sociodemográfica, clínica e o Índice Menopausal de \"Kupperman-Blatt\". A captação dos intervalos R-R foi realizada para determinação dos índices da variabilidade da frequência cardíaca. O risco cardiovascular foi obtido por intermédio do software online do estudo de Framingham. Utilizou-se análise descritiva dos dados, correlação de Spearman e Pearson, média móvel e regressão linear simples. Para a magnitude da diferença da variabilidade da frequência cardíaca aplicou-se o tamanho do efeito de Cohen\'s d. Resultados: As mulheres na pós-menopausa tardia apresentaram menor modulação parassimpática da frequência cardíaca, com rMSSD de 16,60 ms, (p < 0,05) e o risco cardiovascular de Framingham foi 4,95±2,55% no grupo precoce e 7,33±4,38% no tardia (p=0,18). A modulação parassimpática da frequência cardíaca associou-se ao tempo de pós-menopausa (p < 0,05) sem associação da idade, em paralelo o rMSSD demonstrou sofrer maior influencia do tempo de pós-menopausa (r=0,75), do que da idade (r=0,59). O risco cardiovascular de Framingham não se associou à modulação autonômica da frequência cardíaca e demonstrou maior influencia da idade (r=0,75) do que do tempo de pós-menopausa (r=0,16). Conclusão: A modulação parassimpática da frequência cardíaca apresenta-se diferente em mulheres na pós-menopausa precoce e tardia e não se associou ao risco cardiovascular de Framingham. O risco cardiovascular de Framimingham apresenta-se baixo em ambos os grupos, sem diferença entre eles. A modulação autonômica parassimpática demonstrou sofrer maior influencia do tempo de pós-menopausa do que da idade enquanto o risco de Framingham demonstrou sofrer maior influencia da idade Introduction: Women in early and late postmenopausal have clinical differences, such as menopause time and symptoms intensity, which influence the autonomic modulation of heart rate and cardiovascular risk. Heart rate variability and Framingham cardiovascular risk are clinical assessment tools for managing this risk. The Framingham risk score is known to have some inconsistencies for this population. However, there is a lack in the literature about autonomic modulation of heart rate associated with Framingham in postmenopausal women. Objective: To evaluate the autonomic modulation of heart rate and cardiovascular risk in early and late postmenopausal women. Method: Analytical and cross-sectional study conducted at the Ambulatório de Climatério no Setor de Ginecologia Endócrina e Climatério da Disciplina de Ginecologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo from January to December 2018. The sample included 34 women over 40 years with postmenopausal diagnosis, divided into two groups: (1) early postmenopause (16) and (2) late postmenopause (18). All completed the sociodemographic, clinical and Menopausal Index of \"Kupperman-Blatt\". R-R intervals were captured using a heart rate monitor to determine heart rate variability indices. Cardiovascular risk was obtained through the online software of the Framingham study. Descriptive data analysis, Spearman and Pearson correlation, moving average and simple linear regression were used. To quantify the magnitude of the difference in heart rate variability indices, the Cohen\'s d effect size was applied. Results: Late postmenopausal women had lower parasympathetic modulation of heart rate, with rMSSD of 16.60 ms, HF ms2 of 90.50 and SD1 of 11.75 ms2, (p < 0.05) and cardiovascular risk of Framingham was 4.95 ± 2.55% in the early group and 7.33 ± 4.38% in the late group, both considered low risk (p = 0.18). Parasympathetic modulation of heart rate was associated with postmenopausal time (p < 0.05) without age association. In parallel, rMSSD was shown to be more influenced by postmenopausal time (r = 0.75) than age (r = 0.59). Framingham\'s cardiovascular risk was not associated with autonomic modulation of heart rate and showed greater influence of age (r = 0.75) than postmenopausal time (r = 0.16). Conclusion: Parasympathetic modulation of heart rate is different in early and late postmenopausal women and was not associated with Framingham cardiovascular risk. Framimingham\'s cardiovascular risk is low in both groups, with no difference between them. Parasympathetic autonomic modulation was more influenced by postmenopausal time than age, while Framingham risk was more influenced by age https://doi.org/10.11606/D.5.2020.tde-29012020-132550info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T20:22:24Zoai:teses.usp.br:tde-29012020-132550Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-12-22T13:28:12.294101Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.pt.fl_str_mv Modulação autonômica da frequência cardíaca e risco cardiovascular em mulheres na pós-menopausa
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Autonomic modulation of the heart rate and cardiovascular risk in postmenopausal women
title Modulação autonômica da frequência cardíaca e risco cardiovascular em mulheres na pós-menopausa
spellingShingle Modulação autonômica da frequência cardíaca e risco cardiovascular em mulheres na pós-menopausa
Alex Rey Norberto
title_short Modulação autonômica da frequência cardíaca e risco cardiovascular em mulheres na pós-menopausa
title_full Modulação autonômica da frequência cardíaca e risco cardiovascular em mulheres na pós-menopausa
title_fullStr Modulação autonômica da frequência cardíaca e risco cardiovascular em mulheres na pós-menopausa
title_full_unstemmed Modulação autonômica da frequência cardíaca e risco cardiovascular em mulheres na pós-menopausa
title_sort Modulação autonômica da frequência cardíaca e risco cardiovascular em mulheres na pós-menopausa
author Alex Rey Norberto
author_facet Alex Rey Norberto
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Isabel Cristina Esposito Sorpreso
dc.contributor.referee1.fl_str_mv José Maria Soares Júnior
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Rodrigo Daminello Raimundo
dc.contributor.author.fl_str_mv Alex Rey Norberto
contributor_str_mv Isabel Cristina Esposito Sorpreso
José Maria Soares Júnior
Rodrigo Daminello Raimundo
description Introdução: As mulheres no período da pós-menopausa precoce e tardia apresentam diferenças clínicas, como tempo de menopausa e intensidade dos sintomas, que influenciam a modulação autonômica da frequência cardíaca e o risco cardiovascular. A variabilidade da frequência cardíaca e o risco cardiovascular de Framingham são ferramentas clínicas de avaliação para o gerenciamento desse risco. Sabe-se que o escore de risco de Framingham possui algumas inconsistências para essa população, contudo existe uma lacuna na literatura sobre a modulação autonomica da frequencia cardiaca associada ao Framingham em mulheres na pós-menopausa. Objetivo: Avaliar a modulação autonômica da frequência cardíaca e o risco cardiovascular em mulheres na pós-menopausa precoce e tardia. Método: Estudo transversal e analítico desenvolvido no Ambulatório de Climatério no Setor de Ginecologia Endócrina e Climatério da Disciplina de Ginecologia do HC/FMUSP no período de janeiro a dezembro de 2018. A casuística incluiu 34 mulheres acima de 40 anos com diagnóstico de pós-menopausa, divididas em dois grupos: (1) pós-menopausa precoce (16) e (2) pós-menopausa tardia (18). Todas preencheram ficha sociodemográfica, clínica e o Índice Menopausal de \"Kupperman-Blatt\". A captação dos intervalos R-R foi realizada para determinação dos índices da variabilidade da frequência cardíaca. O risco cardiovascular foi obtido por intermédio do software online do estudo de Framingham. Utilizou-se análise descritiva dos dados, correlação de Spearman e Pearson, média móvel e regressão linear simples. Para a magnitude da diferença da variabilidade da frequência cardíaca aplicou-se o tamanho do efeito de Cohen\'s d. Resultados: As mulheres na pós-menopausa tardia apresentaram menor modulação parassimpática da frequência cardíaca, com rMSSD de 16,60 ms, (p < 0,05) e o risco cardiovascular de Framingham foi 4,95±2,55% no grupo precoce e 7,33±4,38% no tardia (p=0,18). A modulação parassimpática da frequência cardíaca associou-se ao tempo de pós-menopausa (p < 0,05) sem associação da idade, em paralelo o rMSSD demonstrou sofrer maior influencia do tempo de pós-menopausa (r=0,75), do que da idade (r=0,59). O risco cardiovascular de Framingham não se associou à modulação autonômica da frequência cardíaca e demonstrou maior influencia da idade (r=0,75) do que do tempo de pós-menopausa (r=0,16). Conclusão: A modulação parassimpática da frequência cardíaca apresenta-se diferente em mulheres na pós-menopausa precoce e tardia e não se associou ao risco cardiovascular de Framingham. O risco cardiovascular de Framimingham apresenta-se baixo em ambos os grupos, sem diferença entre eles. A modulação autonômica parassimpática demonstrou sofrer maior influencia do tempo de pós-menopausa do que da idade enquanto o risco de Framingham demonstrou sofrer maior influencia da idade
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-11-21
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://doi.org/10.11606/D.5.2020.tde-29012020-132550
url https://doi.org/10.11606/D.5.2020.tde-29012020-132550
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo
dc.publisher.program.fl_str_mv Medicina (Obstetrícia e Ginecologia)
dc.publisher.initials.fl_str_mv USP
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1794503127274094592