Métodos de conservação de framboesa in natura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tezotto-Uliana, Jaqueline Visioni
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-21092012-085033/
Resumo: O desenvolvimento de métodos para a conservação pós-colheita de framboesa in natura é de grande importância para a expansão da cultura no país, considerando que o principal entrave deste fruto é o curto período de comercialização. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da aplicação de técnicas pós-colheita na conservação da qualidade de framboesa in natura, através do uso do armazenamento refrigerado, atmosfera modificada, aplicação pós-colheita do 1-metilciclopropeno (1-MCP) e aplicação pré e póscolheita de quitosana. Para isso, foram realizados seis experimentos. No primeiro, avaliou-se a melhor temperatura para a refrigeração dos frutos, sendo estes armazenados a 0, 5, 10 ou 15ºC e 90±5% de UR, por 12 dias (a melhor temperatura foi usada nos experimentos seguintes). O segundo experimento constituiu-se da utilização da atmosfera modificada passiva, armazenando os frutos, por 15 dias, em cloreto de polivinila (PVC - 15 m), polietileno de baixa densidade (PEBD - 10 e 20 m), polietileno de alta densidade (PEAD), polipropileno (PP - 10 m), politereftalato de etileno (PET) não perfurados e perfurados (sem modificação de atmosfera). No terceiro experimento, os frutos foram expostos ao 1-MCP a 0, 100, 500, 1000 e 2000 nL L-1, por 12 horas e, então, armazenados por 12 dias. No quarto experimento foi avaliado o comportamento dos frutos em resposta a aplicação pós-colheita de diferentes concentrações de quitosana. Os frutos foram imersos em soluções a 0, 0,5, 1 e 2%, por cinco minutos e, então, armazenados por 15 dias. No quinto experimento estudou-se a aplicação pré-colheita de quitosana, sendo toda a planta aspergida semanalmente, durante três semanas, nas mesmas concentrações do experimento anterior. Depois de colhidos, os frutos foram armazenados por 12 dias. No sexto experimento foi testada a associação das melhores técnicas pós-colheita estudadas nos experimentos anteriores, sendo que a sua ordem de aplicação resultou em diferentes tratamentos. Os frutos foram armazenados por 20 dias. A temperatura de 0ºC foi a mais indicada para a conservação e ampliação da vida útil de framboesas. A modificação da atmosfera resultante do uso do PEBD 10 m trouxe os melhores resultados na pós-colheita desse fruto. A aplicação do 1-MCP aliada à refrigeração não aumentou o período de comercialização da framboesa, mas manteve os frutos tratados com qualidade superior, sendo concentrações entre 1000 a 2000 nL L-1 as mais indicadas. O uso da quitosana aliada à refrigeração foi eficiente na manutenção da qualidade da framboesa, no entanto, apenas a aplicação na pós-colheita ampliou o período de comercialização. As melhores concentrações para a pré e pós-colheita foram 2 e 1%, respectivamente. A aplicação conjunta da refrigeração, filme plástico, 1-MCP e quitosana em pós-colheita amplia a vida útil do fruto, não importando a ordem de aplicação dos tratamentos.
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spelling Métodos de conservação de framboesa in naturaConservation methods for fresh raspberry fruit1- methylcyclopropeneRubus ideaus L.Armazenagem em atmosfera modificadaChitosanCold storageConservação de alimento pelo frioFramboesaModified atmosphereQuitosanaReguladores de crescimento vegetalO desenvolvimento de métodos para a conservação pós-colheita de framboesa in natura é de grande importância para a expansão da cultura no país, considerando que o principal entrave deste fruto é o curto período de comercialização. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da aplicação de técnicas pós-colheita na conservação da qualidade de framboesa in natura, através do uso do armazenamento refrigerado, atmosfera modificada, aplicação pós-colheita do 1-metilciclopropeno (1-MCP) e aplicação pré e póscolheita de quitosana. Para isso, foram realizados seis experimentos. No primeiro, avaliou-se a melhor temperatura para a refrigeração dos frutos, sendo estes armazenados a 0, 5, 10 ou 15ºC e 90±5% de UR, por 12 dias (a melhor temperatura foi usada nos experimentos seguintes). O segundo experimento constituiu-se da utilização da atmosfera modificada passiva, armazenando os frutos, por 15 dias, em cloreto de polivinila (PVC - 15 m), polietileno de baixa densidade (PEBD - 10 e 20 m), polietileno de alta densidade (PEAD), polipropileno (PP - 10 m), politereftalato de etileno (PET) não perfurados e perfurados (sem modificação de atmosfera). No terceiro experimento, os frutos foram expostos ao 1-MCP a 0, 100, 500, 1000 e 2000 nL L-1, por 12 horas e, então, armazenados por 12 dias. No quarto experimento foi avaliado o comportamento dos frutos em resposta a aplicação pós-colheita de diferentes concentrações de quitosana. Os frutos foram imersos em soluções a 0, 0,5, 1 e 2%, por cinco minutos e, então, armazenados por 15 dias. No quinto experimento estudou-se a aplicação pré-colheita de quitosana, sendo toda a planta aspergida semanalmente, durante três semanas, nas mesmas concentrações do experimento anterior. Depois de colhidos, os frutos foram armazenados por 12 dias. No sexto experimento foi testada a associação das melhores técnicas pós-colheita estudadas nos experimentos anteriores, sendo que a sua ordem de aplicação resultou em diferentes tratamentos. Os frutos foram armazenados por 20 dias. A temperatura de 0ºC foi a mais indicada para a conservação e ampliação da vida útil de framboesas. A modificação da atmosfera resultante do uso do PEBD 10 m trouxe os melhores resultados na pós-colheita desse fruto. A aplicação do 1-MCP aliada à refrigeração não aumentou o período de comercialização da framboesa, mas manteve os frutos tratados com qualidade superior, sendo concentrações entre 1000 a 2000 nL L-1 as mais indicadas. O uso da quitosana aliada à refrigeração foi eficiente na manutenção da qualidade da framboesa, no entanto, apenas a aplicação na pós-colheita ampliou o período de comercialização. As melhores concentrações para a pré e pós-colheita foram 2 e 1%, respectivamente. A aplicação conjunta da refrigeração, filme plástico, 1-MCP e quitosana em pós-colheita amplia a vida útil do fruto, não importando a ordem de aplicação dos tratamentos.The development of methods for maintaining fresh raspberry quality has great importance for the berry crop growth in Brazil, considering that the main difficulty has been the short shelf-life of this fruit. The aim of this study was to evaluate the effect of postharvest techniques in quality conservation of fresh raspberry, using cold storage, modified atmosphere, 1-methylcyclopropene (1-MCP) application and chitosan application in pre and postharvest. For this purpose six experiments were performed. At first, fruits were stored at 0, 5, 10 or 15°C and 90±5% RH during 12 days, for evaluation of best storage temperature (that was used in all following experiments). The second experiment was the use of modified atmosphere, storing the raspberries for 15 days in polyvinyl chloride (PVC - 15 m), low density polyethylene (LDPE - 10 and 20 m), high density polyethylene (HDPE), polypropylene (PP - 10 m), polyethylene terephthalate (PET) without and with holes (this last one being unmodified atmosphere). For the third experiment, the fruits were exposed to 1-MCP at 0, 100, 500, 1000 and 2000 nL L-1 for 12 hours, and then stored during 12 days. The fourth experiment assessed the fruit behavior in response to postharvest application of different chitosan concentrations. The fruits were immersed in solutions of 0, 0.5, 1 and 2% during five minutes and then stored for 15 days. The pre-harvest chitosan application was studied in the fifth experiment, where whole plants were treated with three weekly spray applications, at the same concentrations of the previous experiment, and then the fruit were stored for 12 days. In the sixth experiment, the association of the best treatments from the previous experiments was evaluated. The application order of the techniques led to different treatments, and fruit were stored for 20 days. The 0ºC temperature is the most recommended for the preservation and extension of raspberry shelf-life. The use of LDPE - 10 m provides the best modified atmosphere treatment for raspberry. The 1-MCP application does not increase the raspberry marketing period, but it keeps the treated fruits with superior quality, and the concentrations ranging from 1000 to 2000 nL L-1 are the most indicated. The chitosan is efficient in maintaining the raspberry quality, however, only the postharvest application extends the shelf-life. The best concentration for pre and postharvest are 2 and 1%, respectively. The combined application of cold storage, plastic film, 1-MCP and postharvest chitosan extends the fruit shelf-life, independent of the order of the treatments.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPKluge, Ricardo AlfredoTezotto-Uliana, Jaqueline Visioni2012-08-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-21092012-085033/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:32Zoai:teses.usp.br:tde-21092012-085033Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:32Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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