Incidência e fatores de risco de reações adversas a medicamentos em pacientes hospitalizados em clínicas de especialidades do Hospital das Clínicas da FMUSP
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5146/tde-11092015-151843/ |
Resumo: | A identificação de reações adversas a medicamentos (RAM) nos hospitais constitui uma importante medida da morbidade associada a medicamentos e de seu ônus sobre o sistema de saúde. Este estudo observacional não intervencionista teve por objetivo avaliar a incidência de RAM em pacientes hospitalizados, as características clínicas das reações e fatores de risco associados. Foram avaliados 472 pacientes de cinco clínicas do Hospital das Clínicas da FMUSP (Clínica Médica, Cirurgia Geral, Neurologia, Geriatria, Alergia e Imunologia Clínica), com formação de coorte prospectiva, analisando as características demográficas, comorbidades, número de medicações utilizadas antes e durante a hospitalização e tempo de internação. A prevalência das RAM foi de 1,7% e a incidência geral de RAM foi 16,2%, variando conforme a clínica avaliada, sendo maior na Clínica Médica (30%). As reações mais frequentes foram as do tipo A, predominando as manifestações gastrointestinais. A maior parte das reações foi classificada de gravidade moderada. O maior número de medicações utilizadas por paciente, insuficiência renal crônica e tempo de internação foram fatores de risco para RAM, porém não houve associação das reações com idade avançada. Antecedente de RAM anterior à internação foi identificado como fator de proteção. A incidência de reações de hipersensibilidade a medicamentos (RHM) foi de 3,2%, com maior número de medicações utilizadas por paciente como único fator de risco isolado, sem associação com as clínicas avaliadas ou gênero dos pacientes. As medicações mais associadas às RAM e RHM foram os antibióticos, opióides e contrastes iodados. Os medicamentos mais prescritos foram os sintomáticos. O estudo concluiu que as RAM são frequentes e potencialmente evitáveis. O conhecimento da incidência e dos fatores associados pode estimular a prevenção. A prescrição de medicações para pacientes internados deve ser mais criteriosa, especialmente para os mais susceptíveis, evitando a polifarmácia |
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Incidência e fatores de risco de reações adversas a medicamentos em pacientes hospitalizados em clínicas de especialidades do Hospital das Clínicas da FMUSPIncidence and risk factors for adverse drug reactions in hospitalized patients at the \"Hospital das Clínicas\" of the University of São Paulo School of MedicineAdverse drug reactionsEfeitos colaterais e reações adversas relacionados a medicamentosFatores de riscoHipersensibilidade a medicamentosHypersensitivity drug reactionsIncidenceIncidênciaInpatientsInsuficiência renal crônicaLength of stayPacientes internadosPolimedicaçãoPolypharmacyRenal insufficiency chronicRisk factorsTempo de internaçãoA identificação de reações adversas a medicamentos (RAM) nos hospitais constitui uma importante medida da morbidade associada a medicamentos e de seu ônus sobre o sistema de saúde. Este estudo observacional não intervencionista teve por objetivo avaliar a incidência de RAM em pacientes hospitalizados, as características clínicas das reações e fatores de risco associados. Foram avaliados 472 pacientes de cinco clínicas do Hospital das Clínicas da FMUSP (Clínica Médica, Cirurgia Geral, Neurologia, Geriatria, Alergia e Imunologia Clínica), com formação de coorte prospectiva, analisando as características demográficas, comorbidades, número de medicações utilizadas antes e durante a hospitalização e tempo de internação. A prevalência das RAM foi de 1,7% e a incidência geral de RAM foi 16,2%, variando conforme a clínica avaliada, sendo maior na Clínica Médica (30%). As reações mais frequentes foram as do tipo A, predominando as manifestações gastrointestinais. A maior parte das reações foi classificada de gravidade moderada. O maior número de medicações utilizadas por paciente, insuficiência renal crônica e tempo de internação foram fatores de risco para RAM, porém não houve associação das reações com idade avançada. Antecedente de RAM anterior à internação foi identificado como fator de proteção. A incidência de reações de hipersensibilidade a medicamentos (RHM) foi de 3,2%, com maior número de medicações utilizadas por paciente como único fator de risco isolado, sem associação com as clínicas avaliadas ou gênero dos pacientes. As medicações mais associadas às RAM e RHM foram os antibióticos, opióides e contrastes iodados. Os medicamentos mais prescritos foram os sintomáticos. O estudo concluiu que as RAM são frequentes e potencialmente evitáveis. O conhecimento da incidência e dos fatores associados pode estimular a prevenção. A prescrição de medicações para pacientes internados deve ser mais criteriosa, especialmente para os mais susceptíveis, evitando a polifarmáciaThe detection of adverse drug reactions (ADRs) in hospitalized patients is an important measure of morbidity associated with drugs and its burden on the health system. The objective of this non-interventionist observational study was to assess the incidence of ADRs in hospitalized patients, the clinical characteristics of reactions and associated risk factors. We evaluated 472 patients from five medical specialties of the Hospital das Clínicas-FMUSP (Internal Medicine, General Surgery, Neurology, Geriatrics, Clinical Immunology and Allergy). We performed a prospective cohort, analyzing the demographics features, comorbidities, number of medications used before and during hospitalization and length of stay in the hospital. The prevalence of ADRs was 1.7% and the overall incidence of ADRs was 16.2%, varying according to the specialty assessed, higher in the Internal Medicine (30%). The most frequent reactions were type A, with gastrointestinal manifestations being the most frequent. Most of the reactions were classified as moderate in severity. The greater number of drugs used, chronic renal failure and longer hospital stays were risk factors for ADRs, but there was no association between reactions and age. History of previous ADRs to admission was identified as a protective factor. The incidence of hypersensitivity drug reactions (HDRs) was 3.2%, with the greater number of medications used per patient as the sole isolated risk factor, without association with specialty or patient\'s gender. The main medications associated with ADRs and HDRs were antibiotics, opioids and iodinated contrast media. The most commonly prescribed medications were symptomatic ones. The study concluded that the ADRs are frequent and potentially preventable. Knowledge of the incidence and associated factors can stimulate prevention. The pharmacotherapy of in-patients should be more careful, especially for the more susceptible patients, avoiding polypharmacyBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGiavina-Bianchi Junior, Pedro FranciscoRibeiro, Marisa Rosimeire2015-06-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5146/tde-11092015-151843/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:58Zoai:teses.usp.br:tde-11092015-151843Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:58Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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