Caracterização de culturas de células de hiperplasia macronodular adrenal primária (PMAH) como modelo biológico para estudo funcional do gene ARMC5.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42131/tde-07032019-080726/ |
Resumo: | A PMAH é uma causa rara de síndrome de Cushing, cuja real prevalência parece subestimada. O processo fisiopatológico que culminaria com a PMAH ainda não foi totalmente elucidado. A produção de cortisol mediada por receptores acoplados a proteína G (ectópicos/tópicos da adrenal) geralmente hiperexpressos, bem como a regulação autócrina/parácrina do ACTH ectópico em clusters celulares dos macronódulos adrenais têm sido considerados como parte importante do processo fisiopatológico da PMAH. Além destes mecanismos, recentemente, foi demonstrado a associação de variantes patogênicas germinativas/somáticas no gene ARMC5 como uma causa frequente da PMAH. Os estudos funcionais que caracterizaram o ARMC5 como gene supressor de tumor e potencialmente envolvido na hiperplasia adrenal nodular e sua produção de cortisol foram realizados em células H295R, derivadas de carcinoma adrenocortical. Células estas que não representam em tese um modelo ideal para o estudo de uma doença absolutamente benigna. Objetivos: Obtenção e caracterização morfofuncional de culturas de células obtidas de nódulos adrenais de pacientes submetidos à adrenalectomia com diagnóstico histopatológico compatível com PMAH, como um modelo biológico para a análise funcional do gene ARMC5. Métodos: Foram utilizadas 13 culturas de células de PMAH caracterizadas do ponto de vista morfofuncional e molecular para as análises funcionais do gene ARMC5. Resultados: As culturas de PMAH apresentaram mutações germinativas no ARMC5 identificadas em 8 das 13 culturas analisadas, associadas ou não a segundos eventos moleculares. As culturas de células de PMAH apresentaram receptores eutópicos e ectópicos de uma maneira heterogênea e a presença de ACTH ectópico em clusters de células. O silenciamento do ARMC5 nas células de PMAH levou à diminuição da esteroidogênese, ao aumento de CCNE1 e ao número de células viáveis após 96h. Quando hiperexpresso, o gene ARMC5 induziu apoptose e necrose celular após 12h, diminuindo a viabilidade das células de células de PMAH. Conclusões: Legitimamos a importância do papel do ARMC5 na esteroidogênese relacionada à PMAH, bem como sua função favorecendo a apoptose celular; além disso, pela primeira vez, detectamos o envolvimento do ARMC5 na regulação do ciclo celular e proliferação, cuja importância será explorada em estudos futuros. |
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Caracterização de culturas de células de hiperplasia macronodular adrenal primária (PMAH) como modelo biológico para estudo funcional do gene ARMC5.Characterization of primary adrenal macronodular hyperplasia (PMAH) cell cultures as a biological model for the functional study of the ARMC5 geneARMC5ARMC5Cell culturesCultura de célulasCushings syndromePMAHPMAHSíndrome de CushingA PMAH é uma causa rara de síndrome de Cushing, cuja real prevalência parece subestimada. O processo fisiopatológico que culminaria com a PMAH ainda não foi totalmente elucidado. A produção de cortisol mediada por receptores acoplados a proteína G (ectópicos/tópicos da adrenal) geralmente hiperexpressos, bem como a regulação autócrina/parácrina do ACTH ectópico em clusters celulares dos macronódulos adrenais têm sido considerados como parte importante do processo fisiopatológico da PMAH. Além destes mecanismos, recentemente, foi demonstrado a associação de variantes patogênicas germinativas/somáticas no gene ARMC5 como uma causa frequente da PMAH. Os estudos funcionais que caracterizaram o ARMC5 como gene supressor de tumor e potencialmente envolvido na hiperplasia adrenal nodular e sua produção de cortisol foram realizados em células H295R, derivadas de carcinoma adrenocortical. Células estas que não representam em tese um modelo ideal para o estudo de uma doença absolutamente benigna. Objetivos: Obtenção e caracterização morfofuncional de culturas de células obtidas de nódulos adrenais de pacientes submetidos à adrenalectomia com diagnóstico histopatológico compatível com PMAH, como um modelo biológico para a análise funcional do gene ARMC5. Métodos: Foram utilizadas 13 culturas de células de PMAH caracterizadas do ponto de vista morfofuncional e molecular para as análises funcionais do gene ARMC5. Resultados: As culturas de PMAH apresentaram mutações germinativas no ARMC5 identificadas em 8 das 13 culturas analisadas, associadas ou não a segundos eventos moleculares. As culturas de células de PMAH apresentaram receptores eutópicos e ectópicos de uma maneira heterogênea e a presença de ACTH ectópico em clusters de células. O silenciamento do ARMC5 nas células de PMAH levou à diminuição da esteroidogênese, ao aumento de CCNE1 e ao número de células viáveis após 96h. Quando hiperexpresso, o gene ARMC5 induziu apoptose e necrose celular após 12h, diminuindo a viabilidade das células de células de PMAH. Conclusões: Legitimamos a importância do papel do ARMC5 na esteroidogênese relacionada à PMAH, bem como sua função favorecendo a apoptose celular; além disso, pela primeira vez, detectamos o envolvimento do ARMC5 na regulação do ciclo celular e proliferação, cuja importância será explorada em estudos futuros.Background: PMAH is a rare cause of Cushings syndrome, with an apparent underestimated prevalence. The pathophysiology of PMAH is not yet fully understood, however the participation of aberrant receptors and intra-adrenal ACTH in the hyperplastic tissue are considered mechanisms that regulate hypercortisolism in PMAH. Additionally, germline ARMC5 mutations have been described as the most frequent genetic abnormality found in patients diagnosed with PMAH. Previous functional studies analyzed ARMC5 role using H295R cells, a cell line of adrenocortical carcinoma. Objectives: In this study we investigated the role of ARMC5 in cell cultures obtained from PMAH nodules. Results: We observed the presence of mutations in ARMC5 gene in 8 out of 13 PMAH cell cultures analyzed. We observed the presence of aberrant receptors and intra-adrenal ectopic ACTH, regardless the presence of mutations. ARMC5 silencing in non-mutated PMAH cell cultures decreased steroidogenesis-related genes and increased CCNE1 mRNA expression and the number of viable cells without affecting cell viability. Additionally, ARMC5 overexpression induced cell death in PMAH mutated cell cultures, thereby decreasing cell viability. Conclusions: We confirmed the role of ARMC5 as an important pro-apoptotic protein involved in PMAH-related steroidogenesis. We also report for the first time the possible involvement of ARMC5 in controlling proliferation and regulating cell cycle in PMAH cell cultures, which need to be further explored.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFragoso, Maria Candida Barisson VillaresCavalcante, Isadora Pontes2018-12-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42131/tde-07032019-080726/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-03-06T16:00:03Zoai:teses.usp.br:tde-07032019-080726Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-03-06T16:00:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A PMAH é uma causa rara de síndrome de Cushing, cuja real prevalência parece subestimada. O processo fisiopatológico que culminaria com a PMAH ainda não foi totalmente elucidado. A produção de cortisol mediada por receptores acoplados a proteína G (ectópicos/tópicos da adrenal) geralmente hiperexpressos, bem como a regulação autócrina/parácrina do ACTH ectópico em clusters celulares dos macronódulos adrenais têm sido considerados como parte importante do processo fisiopatológico da PMAH. Além destes mecanismos, recentemente, foi demonstrado a associação de variantes patogênicas germinativas/somáticas no gene ARMC5 como uma causa frequente da PMAH. Os estudos funcionais que caracterizaram o ARMC5 como gene supressor de tumor e potencialmente envolvido na hiperplasia adrenal nodular e sua produção de cortisol foram realizados em células H295R, derivadas de carcinoma adrenocortical. Células estas que não representam em tese um modelo ideal para o estudo de uma doença absolutamente benigna. Objetivos: Obtenção e caracterização morfofuncional de culturas de células obtidas de nódulos adrenais de pacientes submetidos à adrenalectomia com diagnóstico histopatológico compatível com PMAH, como um modelo biológico para a análise funcional do gene ARMC5. Métodos: Foram utilizadas 13 culturas de células de PMAH caracterizadas do ponto de vista morfofuncional e molecular para as análises funcionais do gene ARMC5. Resultados: As culturas de PMAH apresentaram mutações germinativas no ARMC5 identificadas em 8 das 13 culturas analisadas, associadas ou não a segundos eventos moleculares. As culturas de células de PMAH apresentaram receptores eutópicos e ectópicos de uma maneira heterogênea e a presença de ACTH ectópico em clusters de células. O silenciamento do ARMC5 nas células de PMAH levou à diminuição da esteroidogênese, ao aumento de CCNE1 e ao número de células viáveis após 96h. Quando hiperexpresso, o gene ARMC5 induziu apoptose e necrose celular após 12h, diminuindo a viabilidade das células de células de PMAH. Conclusões: Legitimamos a importância do papel do ARMC5 na esteroidogênese relacionada à PMAH, bem como sua função favorecendo a apoptose celular; além disso, pela primeira vez, detectamos o envolvimento do ARMC5 na regulação do ciclo celular e proliferação, cuja importância será explorada em estudos futuros. |
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