D. Pedro II e as reformas administrativas no Brasil colônia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carmo, Marcelo Lunardi do
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-10102018-144732/
Resumo: Em 1668, D. Pedro assumiu o governo português, ainda como regente, devido a incapacidade de seu irmão D. Afonso VI. A conjuntura econômica, de finais do século XVII, não era favorável a Portugal. Muitas das possessões do Oriente estavam perdidas e o comércio de especiarias drasticamente reduzido, reflexo do conflito contra a República das Províncias Unidas. A Guerra da Restauração também infligiu grandes perdas aos cofres régios, mesmo com o fim das hostilidades os custos com a desmobilização das tropas foram sentidos por vários anos. O açúcar, que no início do século tinha gerado grandes lucros, sofria com a competição internacional e amargava constantes quedas nos preços. Nesse contexto de redução das receitas e aumento das despesas, medidas foram implementadas visando diversificar as fontes de rendimentos e, aumentar a eficiência dos mecanismos de controle da arrecadação de impostos, com intuito de diminuir os descaminhos das rendas régias. A aclimatação de especiarias, o fomento da economia do Maranhão, o aumento da fiscalização sobre a cultura do tabaco, estão entre as medidas empreendidas no período. A essas ações soma-se a tentativa de revitalizar a indústria açucareira. No presente trabalho pretendemos examinar se as ações implementadas no período foram fruto de um planejamento sistemático, ou, não podem ser consideradas como concorrentes, tendo sido apenas respostas as vicissitudes do período. As conclusões nos permitem afirmar, que observadas pela ótica das ideias econômicas que circulavam por Portugal no século XVII, essas reformas administrativas inseriam-se em um planejamento.
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