Glicemia na ressuscitação cardiopulmonar
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98131/tde-06102011-075431/ |
Resumo: | Hiperglicemia está associada a mal prognóstico nas doenças crônicas e agudas, mas poucos estudos abordaram a glicemia durante a ressuscitação cardiopulmonar. Objetivo: Avaliar a evolução da glicemia em modelo de parada cardíaca similar ao atendimento atual dos casos de morte súbita extra-hospitalar. Métodos: Em estudo prospectivo, randomizado e cego, fibrilação ventricular foi induzida em 32 animais. Após 7 min, suporte de vida padrão foi iniciado e mantido até o retorno da circulação espontânea ou por 30 min no máximo. Os animais foram randomizados em três grupos, de acordo com o fármaco aplicado: Epinefrina (n=12), Vasopressina (n=12) ou Salina (n=8). A glicemia basal foi mensurada e novamente aos 4 min, 8 min, após o primeiro choque aos 9 min (coincidindo com a 1ª dose de fármaco) e a cada 5 min. Resultados: O retorno da circulação espontânea ocorreu em 19 animais: grupo Epinefrina 10/12, vasopressina 7/12 e Salina 2/8, diferença significante somente entre Epinefrina e Salina (p=0,019). A evolução foi típica ao longo do suporte de vida em todos os grupos, com grande aumento da glicemia ocorrendo também no grupo controle. A cada instante, com apenas 2 min de suporte de vida, a glicemia dos animais que sobreviveram à parada cardíaca foi maior do que a glicemia dos animais que não sobreviveram (229 ± 15 mg/dL vs. 182 ± 15 mg/dL; p=0,041). Esta diferença foi notada aos 9 min, antes da 1ª dose de fármaco e se manteve ao longo de todo o experimento, com pico aos 14 min (263 ± 20 mg/dL vs. 178 ± 16 mg/dL; p=0,006). Conclusões: Houve uma evolução típica, com hiperglicemia durante a ressuscitação cardiopulmonar e concentrações maiores de glicose se associaram à sobrevivência da parada cardíaca. |
id |
USP_50e3e33aca69debfa053d803af6a2dc7 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:teses.usp.br:tde-06102011-075431 |
network_acronym_str |
USP |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository_id_str |
2721 |
spelling |
Glicemia na ressuscitação cardiopulmonarSerum glucose during cardiopulmonary resuscitation: a predictor of outcomeGlicemiaGlucoseHeart arrestHiperglicemiaHyperglycemiaMetabolismMetabolismoParada cardíacaRessuscitaçãoRessuscitationHiperglicemia está associada a mal prognóstico nas doenças crônicas e agudas, mas poucos estudos abordaram a glicemia durante a ressuscitação cardiopulmonar. Objetivo: Avaliar a evolução da glicemia em modelo de parada cardíaca similar ao atendimento atual dos casos de morte súbita extra-hospitalar. Métodos: Em estudo prospectivo, randomizado e cego, fibrilação ventricular foi induzida em 32 animais. Após 7 min, suporte de vida padrão foi iniciado e mantido até o retorno da circulação espontânea ou por 30 min no máximo. Os animais foram randomizados em três grupos, de acordo com o fármaco aplicado: Epinefrina (n=12), Vasopressina (n=12) ou Salina (n=8). A glicemia basal foi mensurada e novamente aos 4 min, 8 min, após o primeiro choque aos 9 min (coincidindo com a 1ª dose de fármaco) e a cada 5 min. Resultados: O retorno da circulação espontânea ocorreu em 19 animais: grupo Epinefrina 10/12, vasopressina 7/12 e Salina 2/8, diferença significante somente entre Epinefrina e Salina (p=0,019). A evolução foi típica ao longo do suporte de vida em todos os grupos, com grande aumento da glicemia ocorrendo também no grupo controle. A cada instante, com apenas 2 min de suporte de vida, a glicemia dos animais que sobreviveram à parada cardíaca foi maior do que a glicemia dos animais que não sobreviveram (229 ± 15 mg/dL vs. 182 ± 15 mg/dL; p=0,041). Esta diferença foi notada aos 9 min, antes da 1ª dose de fármaco e se manteve ao longo de todo o experimento, com pico aos 14 min (263 ± 20 mg/dL vs. 178 ± 16 mg/dL; p=0,006). Conclusões: Houve uma evolução típica, com hiperglicemia durante a ressuscitação cardiopulmonar e concentrações maiores de glicose se associaram à sobrevivência da parada cardíaca.Although hyperglycemia is associated with poor outcomes in emergency conditions, limited data exist regarding the effects of serum glucose on cardiopulmonary resuscitation (CPR). Methods and Results: In a prospective, blinded animal study, ventricular fibrillation was induced in 32 pigs. Standard CPR was initiated at 7 min and continued for up to 30 min or until the return of spontaneous circulation (ROSC). The animals were randomly assigned into three groups according to the medication administered: epinephrine (n=12), vasopressin (n=12), and saline (n=8). The serum glucose was measured at baseline, 4 min, 8 min, 9 min (immediately after the first shock), with the first dose of medication, and then every 5 min. ROSC occurred in 19 pigs: in 10/12 of the epinephrine group, 7/12 of the vasopressin group, and 2/8 of the saline group. A significant difference in the ROSC rate was found only between the epinephrine and saline groups (p=0.019). The serum glucose presented a typical pattern; hyperglycemia was present in all the groups and was higher in those animals that achieved ROSC, independent of the drug administered (229 ± 15 mg/dL vs. 182 ± 15 mg/dL; p=0,041). This difference was first noticed at 9 min and the largest difference occurred at 14 min, after 7 min of CPR, and 5 min after the first medication (263 ± 20 mg/dL vs. 178 ± 16 mg/dL; p=0,006). Conclusions: In an experimental VF study, there was a typical hyperglycemic response pattern during CPR, and higher glucose levels were associated with ROSC.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPTimerman, AriPalácio, Manoel Angelo Gomes2011-08-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98131/tde-06102011-075431/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-09T13:16:04Zoai:teses.usp.br:tde-06102011-075431Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-09T13:16:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Glicemia na ressuscitação cardiopulmonar Serum glucose during cardiopulmonary resuscitation: a predictor of outcome |
title |
Glicemia na ressuscitação cardiopulmonar |
spellingShingle |
Glicemia na ressuscitação cardiopulmonar Palácio, Manoel Angelo Gomes Glicemia Glucose Heart arrest Hiperglicemia Hyperglycemia Metabolism Metabolismo Parada cardíaca Ressuscitação Ressuscitation |
title_short |
Glicemia na ressuscitação cardiopulmonar |
title_full |
Glicemia na ressuscitação cardiopulmonar |
title_fullStr |
Glicemia na ressuscitação cardiopulmonar |
title_full_unstemmed |
Glicemia na ressuscitação cardiopulmonar |
title_sort |
Glicemia na ressuscitação cardiopulmonar |
author |
Palácio, Manoel Angelo Gomes |
author_facet |
Palácio, Manoel Angelo Gomes |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Timerman, Ari |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Palácio, Manoel Angelo Gomes |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Glicemia Glucose Heart arrest Hiperglicemia Hyperglycemia Metabolism Metabolismo Parada cardíaca Ressuscitação Ressuscitation |
topic |
Glicemia Glucose Heart arrest Hiperglicemia Hyperglycemia Metabolism Metabolismo Parada cardíaca Ressuscitação Ressuscitation |
description |
Hiperglicemia está associada a mal prognóstico nas doenças crônicas e agudas, mas poucos estudos abordaram a glicemia durante a ressuscitação cardiopulmonar. Objetivo: Avaliar a evolução da glicemia em modelo de parada cardíaca similar ao atendimento atual dos casos de morte súbita extra-hospitalar. Métodos: Em estudo prospectivo, randomizado e cego, fibrilação ventricular foi induzida em 32 animais. Após 7 min, suporte de vida padrão foi iniciado e mantido até o retorno da circulação espontânea ou por 30 min no máximo. Os animais foram randomizados em três grupos, de acordo com o fármaco aplicado: Epinefrina (n=12), Vasopressina (n=12) ou Salina (n=8). A glicemia basal foi mensurada e novamente aos 4 min, 8 min, após o primeiro choque aos 9 min (coincidindo com a 1ª dose de fármaco) e a cada 5 min. Resultados: O retorno da circulação espontânea ocorreu em 19 animais: grupo Epinefrina 10/12, vasopressina 7/12 e Salina 2/8, diferença significante somente entre Epinefrina e Salina (p=0,019). A evolução foi típica ao longo do suporte de vida em todos os grupos, com grande aumento da glicemia ocorrendo também no grupo controle. A cada instante, com apenas 2 min de suporte de vida, a glicemia dos animais que sobreviveram à parada cardíaca foi maior do que a glicemia dos animais que não sobreviveram (229 ± 15 mg/dL vs. 182 ± 15 mg/dL; p=0,041). Esta diferença foi notada aos 9 min, antes da 1ª dose de fármaco e se manteve ao longo de todo o experimento, com pico aos 14 min (263 ± 20 mg/dL vs. 178 ± 16 mg/dL; p=0,006). Conclusões: Houve uma evolução típica, com hiperglicemia durante a ressuscitação cardiopulmonar e concentrações maiores de glicose se associaram à sobrevivência da parada cardíaca. |
publishDate |
2011 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2011-08-18 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98131/tde-06102011-075431/ |
url |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98131/tde-06102011-075431/ |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
|
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.coverage.none.fl_str_mv |
|
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br |
_version_ |
1815256492252594176 |