Transição epígea/hipógea de Pimelodella spp. (Siluriformes: Heptateridae): fisiologia da pigmentação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Grempel, Renato Grotta
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-18012012-143428/
Resumo: Os ambientes cavernícolas podem ser vistos como um experimento natural de exclusão de alguns fatores ecológicos, dentre os quais o mais importante e a ausência do fotoperíodo. A perda ou redução dos olhos e da pigmentação cutânea melânica em relação aos indivíduos viventes na superfície são os exemplos mais comuns das alterações sofridas pelas espécies exclusivamente subterrâneas. Alterações nas características relacionadas ao sistema ocular sempre receberam grande atenção por parte dos pesquisadores. Por outro lado, as publicações sobre a pigmentação nesses organismos são relativamente incomuns, com uma abrangência taxonômica bastante reduzida. Nossos experimentos foram realizados com três espécies pertencentes ao mesmo gênero: Pimelodella kronei e P. spelaea, viventes em ambientes de caverna e P. transitória, de superfície. Visamos comparar se existe um padrão que correlacione o grau de redução da pigmentação, medida pelas características macroscópicas, com as características das células pigmentares. Dentro do esperado, P. spelaea e Pimelodella kronei apresentaram menor tamanho e menor densidade de melanóforos do que seu congênere epígeo, P. transitória. Nossos resultados não apontaram para uma correlação positiva entre o grau de troglomorfismo, medido pelas características macroscópicas, e a resposta fisiológica observada nos exemplares cavernícolas. A variabilidade observada nos estados da pigmentação em peixes troglomórficos brasileiros e compatível com hipóteses envolvendo pressões seletivas neutras, corroborando, portanto, o modelo neutralista.
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