Contribuição para o estudo da adubação mineral do milho nas terras roxas do município de Ribeirão Preto
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1959 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-143501/ |
Resumo: | As terras roxas do munícipio de Ribeirão Prêto, Estado de S. Paulo, são conhecidas como as mais férteis do referido Estado. A grande fertilidade destas terras, acertadamente proclamada em tempos passados, não mais se justifica nos dias atuais. A prova disto está em que a produção média de milho nestas terras mal se aproxima da média do Estado, a despeito do uso relativamente grande da sementes híbridas. Nos Estados Unidos o consumo de adubos aumentou com o progresso no plantio do milho hibrido, que exige terras mais férteis. No Estado e no município em aprêço isto não vem ocorrendo, o que em parte se justifica pelo alto prêço dos fertilizantes no mercado. É necessário que se aumente o número de experimentos de adubação para se poder indicar uma adubação mais segura, que propicie maior aumento por unidade de fertilizantes empregados. Com êste objetivo foram instalados no município de Ribeirão Prêto, em terra roxa, 27 experimentos fatoriais N P K, 3x3x3, de cujos resultados podem ser tiradas as seguintes conclusões: a) É o nitrogênio o elemento que propiciou maior aumento na produção do milho, nos experimentos analisados. A dose mais econômica é a de 50 kg de N por hectare com um aumento médio de 730 kg de grãos, embora a dose de 80 kg tenha dado um aumento de 1.036 kg por hectare. O nitrogênio reagiu favoravelmente em 23 dos 27 experimentos instalados; b) O fósforo mostrou reação bem menor e mais oscilante do que o nitrogênio. Para a média dos experimentos constatou-se um aumento máximo de 328 kg de grãos por hectare, com a aplicação da dose de 80 kg de P2O5. Êste aumento não paga o adubo utilizado, ao prêço de Cr$ 4.470,00 a tonelada de superfosfato, colocada em Ribeirão Prêto. Sendo o fósforo um elemento de grande efeito residual, o lado econômico de sua aplicação demanda outros estudos; c) O potássio não mostrou efeito sobre a produção do milho, na média dos experimentos analisados, mas reagiu em determinada área da Estação Experimental de Ribeirão Prêto; d) Na análise conjunta dos experimentos não se encontraram efeitos significativos de interações de adubos; e) O nitrogênio em concordância com os resultados de produção, foi o elemento que mostrou maior efeito sôbre o pêso médio das espigas; êste valor para os tratamentos sem N foi de 100 g, enquanto que para os tratamentos que receberam 80 kg de N por hectare foi de 131 g. O fósforo mostrou efeito bem menor, enquanto o potássio não mostrou efeito; f) Sôbre o índice de espigas foi o nitrogênio o único elemento que mostrou efeito: 91 para a média dos tratamentos sem N versus 106 para a média dos tratamentos com 80 kg de N por hectare; g) Sôbre o rendimento em grãos, dado pela relação (pêso de grãos / pêso de espiga) x 100 não se verificou efeito de nenhum dos adubos; h) As análises químicas das terras dos experimentos revelaram teores considerados altos e pouco variáveis para N e P, enquanto que para o potássio encontraram-se alguns valores baixos; a resposta ao potássio, em alguns experimentos anteriores instalados na Estação Experimental e citados neste trabalho, ficou explicada pelo baixo teor dêste elemento nas terras dos referidos experimentos. |
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Contribuição para o estudo da adubação mineral do milho nas terras roxas do município de Ribeirão PretoADUBAÇÃOMILHOMODELOS MATEMÁTICOSTERRA ROXAAs terras roxas do munícipio de Ribeirão Prêto, Estado de S. Paulo, são conhecidas como as mais férteis do referido Estado. A grande fertilidade destas terras, acertadamente proclamada em tempos passados, não mais se justifica nos dias atuais. A prova disto está em que a produção média de milho nestas terras mal se aproxima da média do Estado, a despeito do uso relativamente grande da sementes híbridas. Nos Estados Unidos o consumo de adubos aumentou com o progresso no plantio do milho hibrido, que exige terras mais férteis. No Estado e no município em aprêço isto não vem ocorrendo, o que em parte se justifica pelo alto prêço dos fertilizantes no mercado. É necessário que se aumente o número de experimentos de adubação para se poder indicar uma adubação mais segura, que propicie maior aumento por unidade de fertilizantes empregados. Com êste objetivo foram instalados no município de Ribeirão Prêto, em terra roxa, 27 experimentos fatoriais N P K, 3x3x3, de cujos resultados podem ser tiradas as seguintes conclusões: a) É o nitrogênio o elemento que propiciou maior aumento na produção do milho, nos experimentos analisados. A dose mais econômica é a de 50 kg de N por hectare com um aumento médio de 730 kg de grãos, embora a dose de 80 kg tenha dado um aumento de 1.036 kg por hectare. O nitrogênio reagiu favoravelmente em 23 dos 27 experimentos instalados; b) O fósforo mostrou reação bem menor e mais oscilante do que o nitrogênio. Para a média dos experimentos constatou-se um aumento máximo de 328 kg de grãos por hectare, com a aplicação da dose de 80 kg de P2O5. Êste aumento não paga o adubo utilizado, ao prêço de Cr$ 4.470,00 a tonelada de superfosfato, colocada em Ribeirão Prêto. Sendo o fósforo um elemento de grande efeito residual, o lado econômico de sua aplicação demanda outros estudos; c) O potássio não mostrou efeito sobre a produção do milho, na média dos experimentos analisados, mas reagiu em determinada área da Estação Experimental de Ribeirão Prêto; d) Na análise conjunta dos experimentos não se encontraram efeitos significativos de interações de adubos; e) O nitrogênio em concordância com os resultados de produção, foi o elemento que mostrou maior efeito sôbre o pêso médio das espigas; êste valor para os tratamentos sem N foi de 100 g, enquanto que para os tratamentos que receberam 80 kg de N por hectare foi de 131 g. O fósforo mostrou efeito bem menor, enquanto o potássio não mostrou efeito; f) Sôbre o índice de espigas foi o nitrogênio o único elemento que mostrou efeito: 91 para a média dos tratamentos sem N versus 106 para a média dos tratamentos com 80 kg de N por hectare; g) Sôbre o rendimento em grãos, dado pela relação (pêso de grãos / pêso de espiga) x 100 não se verificou efeito de nenhum dos adubos; h) As análises químicas das terras dos experimentos revelaram teores considerados altos e pouco variáveis para N e P, enquanto que para o potássio encontraram-se alguns valores baixos; a resposta ao potássio, em alguns experimentos anteriores instalados na Estação Experimental e citados neste trabalho, ficou explicada pelo baixo teor dêste elemento nas terras dos referidos experimentos.This work deals with the results of twenty seven experiments, carried out in the region of Ribeirão Prêto, in the State of São Paulo, in order to study the fertilizer effects in corn production. These experiments were located on red soil ("terra roxa") of different farms of this region. The design of these experiments is of the factorial type, 3x3x3 with one replication in each location, being the dressings of N, P, K, the following: 0, 40, and 80 kg per hectare. The nitrogen was applied in the form of ammonium sulphate, phosphorus as superphosphate, and potash as potassium chloride. Nitrogen was applied only as side-dressing, 30 and 60 days after germination. Phosphorus and potash were applied at planting time, in the furrow, taking care to avoid contact of the fertilizers with the seed. From the results obtained the following conclusions were drown: a) Nitrogen is the principal nutrient to increase corn production; the application of 80 kg of N per hectare increases the yield by 1.036 kg; b) Phosphorus showed a smaller effect than nitrogen. The maximum increase due to phosphorus was 328 kg per hectare, at the level of 80 kg of P2O5 per hectare; c) Potash in general did not show any effect in the yield, but response was obtained in some locations where the level of this element in the soil was low; d) Significant interactions among the fertilizers was not found; e) Nitrogen and phosphorus increased the weight of ears, 31,0 percent for the former and 8,9 for the latter; f) The ear index (number of ears per 100 plants) was increased by nitrogen only: 91 for level 0, and 106 for level 80 kg per hectare of N; g) The ratio of weight of seeds to weight of ears was not effected by any of the fertilizers used.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGomes, Frederico PimentelArruda, Hermano Vaz de1959-01-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-143501/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-04-04T13:23:55Zoai:teses.usp.br:tde-20240301-143501Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-04-04T13:23:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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