Correlação entre topografia da calcificação valvar e repercussão hemodinâmica na estenose aórtica degenerativa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lopes, Antonio Sergio de Santis Andrade
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-02082018-115251/
Resumo: Introdução: A deposição de cálcio junto aos folhetos valvares esta intimamente relacionada à fisiopatologia da estenose valvar aórtica degenerativa (EAD). A tomografia computadorizada com multidetectores (TCMD), além de possibilitar o delineamento tridimensional das estruturas cardíacas, permite a quantificação da intensidade da calcificação valvar. Atualmente, a relação entre a localização dos depósitos valvares de cálcio e a gravidade hemodinâmica na estenose aórtica permanece incerta. Objetivo: Avaliar se a topografia da calcificação valvar influencia a repercussão hemodinâmica na EAD. Métodos: Trata-se de estudo prospectivo, unicêntrico, incluindo 97 pacientes com EAD moderada ou importante. O escore de cálcio da valva aórtica foi calculado a partir da TCMD sem contraste. A topografia da calcificação valvar foi avaliada através de análise tomográfica específica com infusão de baixa dose de contraste endovenoso, objetivando uma detalhada segmentação anatômica dos planos valvares. A medida da atenuação, expressa em unidades Hounsfield (UH), foi utilizada para quantificar o conteúdo de cálcio na região central e periférica do plano valvar aórtico. Resultados: Pacientes com EAD importante apresentaram escore de cálcio valvar aórtico superior ao dos portadores de EAD moderada (3131 ± 1828 unidades Agatston [UA] e 1302 ± 846 UA, respectivamente; p < 0,001). Quanto à topografia da calcificação, pacientes com EAD importante exibiram atenuações significativamente maiores no centro do plano valvar do que em sua periferia (507,4 ± 181,7 UH vs. 449,8 ± 114,5 UH; p = 0,001). Inversamente, pacientes com EAD moderada apresentaram menor atenuação na região central do que na periferia valvar (308,7 ± 92,9 UH vs. 347,6 ± 84,2 UH, p < 0,001). A razão da atenuação centro/periferia também foi significativamente maior nos pacientes com EAD importante (1,14 ± 0,32 vs. 0,89 ± 0,13; p < 0,001), permanecendo significativamente associada à presença de EAD importante mesmo após ajuste para o grau subjacente de calcificação Resumo valvar. Conclusão: A gravidade da EAD parece resultar não apenas do grau de calcificação, mas também da localização dos depósitos valvares de cálcio
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Objetivo: Avaliar se a topografia da calcificação valvar influencia a repercussão hemodinâmica na EAD. Métodos: Trata-se de estudo prospectivo, unicêntrico, incluindo 97 pacientes com EAD moderada ou importante. O escore de cálcio da valva aórtica foi calculado a partir da TCMD sem contraste. A topografia da calcificação valvar foi avaliada através de análise tomográfica específica com infusão de baixa dose de contraste endovenoso, objetivando uma detalhada segmentação anatômica dos planos valvares. A medida da atenuação, expressa em unidades Hounsfield (UH), foi utilizada para quantificar o conteúdo de cálcio na região central e periférica do plano valvar aórtico. Resultados: Pacientes com EAD importante apresentaram escore de cálcio valvar aórtico superior ao dos portadores de EAD moderada (3131 ± 1828 unidades Agatston [UA] e 1302 ± 846 UA, respectivamente; p < 0,001). Quanto à topografia da calcificação, pacientes com EAD importante exibiram atenuações significativamente maiores no centro do plano valvar do que em sua periferia (507,4 ± 181,7 UH vs. 449,8 ± 114,5 UH; p = 0,001). Inversamente, pacientes com EAD moderada apresentaram menor atenuação na região central do que na periferia valvar (308,7 ± 92,9 UH vs. 347,6 ± 84,2 UH, p < 0,001). A razão da atenuação centro/periferia também foi significativamente maior nos pacientes com EAD importante (1,14 ± 0,32 vs. 0,89 ± 0,13; p < 0,001), permanecendo significativamente associada à presença de EAD importante mesmo após ajuste para o grau subjacente de calcificação Resumo valvar. Conclusão: A gravidade da EAD parece resultar não apenas do grau de calcificação, mas também da localização dos depósitos valvares de cálcioIntroduction: The pathophysiology of degenerative aortic valve stenosis (AS) is intimately related to the development of calcific deposits in the valve structure. Multidetector computed tomography (MDCT), a reliable method to delineate the tridimensional heart geometry, has been shown to accurately quantify the global aortic valve calcium content. Currently, the relationship between calcium location and hemodynamic disease severity is poorly understood. Objective: The present prospective study was conducted to test the hypothesis of whether the location of valve calcification influences the functional severity of AS. Methods: Prospective, single-arm study including 97 patients with diagnosed moderate or severe AS. Aortic valve calcium score was calculated from nocontrast multidetector computed tomography (MDCT). \"Low-contrast- os \" MDCT images were acquired for segmentation of the cardiac anatomy, with the attenuation, expressed in Hounsfield units (HU), used to quantify the calcium content at the central and peripheral regions of the aortic valve zone. Results: The calcium score was higher among patients with severe AS compared to patients without severe AS (3131±1828 Agatston units [AU] vs. 1302±846 AU respectively; p < 0.001). Patients with severe AS had significantly higher attenuations at the center of the valve than at its periphery (507.4±181.7 HU vs. 449.8±114.5 HU; p=0.001). Conversely, patients without severe AS had lower attenuation at the center than at the periphery of the valve (308.7 ± 92.9 HU vs. 347.6±84.2 HU; p < 0.001). The center/periphery attenuation ratio was significantly higher for patients with severe AS than for those without severe disease (1.14±0.32 vs. 0.89 ± 0.13; p < 0.001), and remained significantly associated with the presence of severe AS even after adjusting for the underlying degree of valve calcification. Conclusion: The severity of degenerative aortic valve stenosis appears to result not only from the degree of calcification but also from the localization of the calcific deposits within the valveBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPTarasoutchi, FlavioLopes, Antonio Sergio de Santis Andrade2018-04-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-02082018-115251/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-04-10T00:06:19Zoai:teses.usp.br:tde-02082018-115251Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-04-10T00:06:19Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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description Introdução: A deposição de cálcio junto aos folhetos valvares esta intimamente relacionada à fisiopatologia da estenose valvar aórtica degenerativa (EAD). A tomografia computadorizada com multidetectores (TCMD), além de possibilitar o delineamento tridimensional das estruturas cardíacas, permite a quantificação da intensidade da calcificação valvar. Atualmente, a relação entre a localização dos depósitos valvares de cálcio e a gravidade hemodinâmica na estenose aórtica permanece incerta. Objetivo: Avaliar se a topografia da calcificação valvar influencia a repercussão hemodinâmica na EAD. Métodos: Trata-se de estudo prospectivo, unicêntrico, incluindo 97 pacientes com EAD moderada ou importante. O escore de cálcio da valva aórtica foi calculado a partir da TCMD sem contraste. A topografia da calcificação valvar foi avaliada através de análise tomográfica específica com infusão de baixa dose de contraste endovenoso, objetivando uma detalhada segmentação anatômica dos planos valvares. A medida da atenuação, expressa em unidades Hounsfield (UH), foi utilizada para quantificar o conteúdo de cálcio na região central e periférica do plano valvar aórtico. Resultados: Pacientes com EAD importante apresentaram escore de cálcio valvar aórtico superior ao dos portadores de EAD moderada (3131 ± 1828 unidades Agatston [UA] e 1302 ± 846 UA, respectivamente; p < 0,001). Quanto à topografia da calcificação, pacientes com EAD importante exibiram atenuações significativamente maiores no centro do plano valvar do que em sua periferia (507,4 ± 181,7 UH vs. 449,8 ± 114,5 UH; p = 0,001). Inversamente, pacientes com EAD moderada apresentaram menor atenuação na região central do que na periferia valvar (308,7 ± 92,9 UH vs. 347,6 ± 84,2 UH, p < 0,001). A razão da atenuação centro/periferia também foi significativamente maior nos pacientes com EAD importante (1,14 ± 0,32 vs. 0,89 ± 0,13; p < 0,001), permanecendo significativamente associada à presença de EAD importante mesmo após ajuste para o grau subjacente de calcificação Resumo valvar. Conclusão: A gravidade da EAD parece resultar não apenas do grau de calcificação, mas também da localização dos depósitos valvares de cálcio
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