Avaliação das alterações em pH gástrico e concentrações de gastrina em equinos submetidos à anestesia geral inalatória e decúbito dorsal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74135/tde-21022022-144153/ |
Resumo: | Nos últimos anos, o estudo das afecções gástricas em humanos tem sido enfatizado, em especial a ocorrência dos refluxos gastroesofágico (ERGE) e duodenogástrico (ERDG). Nos equinos, acredita-se que 50% a 90% dos cavalos de alta performance apresentem afecções estomacais, em especial gastrite e ulceração gástrica, que comprometem tanto o desempenho atlético, como a higidez. Avaliarem-se com este estudo as alterações no pH gástrico e dos níveis da gastrina, em oito éguas, após jejum de fluidos e sólidos, mantidas em decúbito dorsal sobre anestesia com isoflurano, considerando possível ocorrência de refluxo duodenogástrico e gastroesofágico, o que estimularia a utilização preventiva de protetores gástricos antes e após anestesias. Avaliou-se o pH gástrico nos períodos trans anestésico a cada 15 minutos, por 90 minutos, e pós anestésico, a cada hora por 24 horas. Os níveis de gastrina foram mensurados antes da anestesia, durante o período de recuperação anestésica (cinco minutos após decúbito lateral), e após quatro meses do procedimento anestésico, 90 minutos após a refeição matinal (sem jejum prévio). Foi realizado teste rápido de sangue oculto nas fezes imediatamente antes do procedimento anestésico (T0) e após 24 horas (T24). O pH gástrico durante o período anestésico não se alterou. Não foram observadas correlações entre alterações hemogasométricas e alterações em pH gástrico no período trans anestésico. Após a anestesia, o pH gástrico tornou-se alcalino durante as 24 horas de avaliação, apresentando diferenças entre T0 (4,88±2,38), T5 (7,08±0,89), T8 (7,43±0,22), T9(7,28±0,36), T11 (7,26±0,71), T13 (6,74± 0,90) e T17 (6,94± 1,04) (p<0.05). Os níveis séricos da gastrina aumentarem (15 pg/ml para 20 pg/ml - p<0,05) em relação ao tempo basal. Durante a ingestão de alimentos, verificou-se menor pH gástrico durante o consumo de concentrado (6,26±1,28), em relação ao consumo de feno (6,71±1,38) e água (6,58±1.17), sendo que a ingestão de alimentos e água não foi responsável pela alcalinização de pH encontrada no período pós anestésico. Em outros dois equinos, por meio de câmera endoscópica, observaram-se possível ocorrência de refluxo gastroesofágico durante o período trans anestésico. Conclui-se que a anestesia geral inalatória e decúbito dorsal em equinos, durante 90 minutos, promove alcalinização do pH gástrico pós anestésia. Sugere-se estudos complementares avaliando protetores de mucosa gástrica para serem indicados de maneira preventiva, considerando que a anestesia geral e decúbito podem induzir refluxos duodenogástricos e gastroesofágicos. |
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Avaliação das alterações em pH gástrico e concentrações de gastrina em equinos submetidos à anestesia geral inalatória e decúbito dorsalEvaluation of changes in gastric pH and gastrine concentrations in horses subjected to inhalatory general anesthesia in dorsal decubitusAnestesiaAnesthesiaCavalosDecúbitoDecubitusEntero-gastric refluxGastrinGastrinaGastroenterologiaGastroenterologyHorsesRefluxo entero-gástricoNos últimos anos, o estudo das afecções gástricas em humanos tem sido enfatizado, em especial a ocorrência dos refluxos gastroesofágico (ERGE) e duodenogástrico (ERDG). Nos equinos, acredita-se que 50% a 90% dos cavalos de alta performance apresentem afecções estomacais, em especial gastrite e ulceração gástrica, que comprometem tanto o desempenho atlético, como a higidez. Avaliarem-se com este estudo as alterações no pH gástrico e dos níveis da gastrina, em oito éguas, após jejum de fluidos e sólidos, mantidas em decúbito dorsal sobre anestesia com isoflurano, considerando possível ocorrência de refluxo duodenogástrico e gastroesofágico, o que estimularia a utilização preventiva de protetores gástricos antes e após anestesias. Avaliou-se o pH gástrico nos períodos trans anestésico a cada 15 minutos, por 90 minutos, e pós anestésico, a cada hora por 24 horas. Os níveis de gastrina foram mensurados antes da anestesia, durante o período de recuperação anestésica (cinco minutos após decúbito lateral), e após quatro meses do procedimento anestésico, 90 minutos após a refeição matinal (sem jejum prévio). Foi realizado teste rápido de sangue oculto nas fezes imediatamente antes do procedimento anestésico (T0) e após 24 horas (T24). O pH gástrico durante o período anestésico não se alterou. Não foram observadas correlações entre alterações hemogasométricas e alterações em pH gástrico no período trans anestésico. Após a anestesia, o pH gástrico tornou-se alcalino durante as 24 horas de avaliação, apresentando diferenças entre T0 (4,88±2,38), T5 (7,08±0,89), T8 (7,43±0,22), T9(7,28±0,36), T11 (7,26±0,71), T13 (6,74± 0,90) e T17 (6,94± 1,04) (p<0.05). Os níveis séricos da gastrina aumentarem (15 pg/ml para 20 pg/ml - p<0,05) em relação ao tempo basal. Durante a ingestão de alimentos, verificou-se menor pH gástrico durante o consumo de concentrado (6,26±1,28), em relação ao consumo de feno (6,71±1,38) e água (6,58±1.17), sendo que a ingestão de alimentos e água não foi responsável pela alcalinização de pH encontrada no período pós anestésico. Em outros dois equinos, por meio de câmera endoscópica, observaram-se possível ocorrência de refluxo gastroesofágico durante o período trans anestésico. Conclui-se que a anestesia geral inalatória e decúbito dorsal em equinos, durante 90 minutos, promove alcalinização do pH gástrico pós anestésia. Sugere-se estudos complementares avaliando protetores de mucosa gástrica para serem indicados de maneira preventiva, considerando que a anestesia geral e decúbito podem induzir refluxos duodenogástricos e gastroesofágicos.In recent years, the study of gastric disorders in humans has been emphasized, especially the occurrence of gastroesophageal reflux (GERD) and duodenogastric reflux (GDPR). In equines, it is accredited that 50% to 90% of two high-performance horses have stomach ailments, especially gastritis and gastric ulceration, which compromise both athletic performance and hygiene. We will evaluate with this study the alterations in gastric pH and two levels of gastrin, in oito éguas, after fluids and solids, maintained in dorsal decubitus under anesthesia with isoflurane, considering possible occurrence of duodenogastric and gastroesophageal reflux, or that it would stimulate Preventive use of gastric protectors before and after anesthesia. Assess or gastric pH in trans anesthetic periods every 15 minutes, for 90 minutes, and post anesthetic, every hour for 24 hours. The levels of gastrin were measured before anesthesia, during the anesthetic recovery period (five minutes after lateral decubitus), and after four months of the anesthetic procedure, 90 minutes after morning refreshment (week before). A rapid occult blood test was performed in the feces immediately before the anesthetic procedure (T0) and after 24 hours (T24). The gastric pH during the anesthetic period did not change. No correlations were observed between hemogasometric alterations and alterations in gastric pH in the transanesthetic period. After anesthesia, or gastric pH was alkaline during the 24 hours of evaluation, showing differences between T0 (4.88±2.38), T5 (7.08±0.89), T8 (7.43±0 .22), T9(7.28±0.36), T11 (7.26±0.71), T13 (6.74±0.90) and T17 (6.94±1.04) (p< 0.05). The serum levels of gastrin will increase (15 pg/ml to 20 pg/ml - p<0.05) in relation to the basal time. During the ingestion of food, lower gastric pH was verified during the consumption of concentrate (6.26±1.28), in relation to the consumption of phenol (6.71±1.38) and water (6.58±1.17). ), being that the intake of food and water was not responsible for the alkalinization of pH found in the post-anesthetic period. In other two horses, by means of an endoscopic camera, we observed possible occurrence of gastroesophageal reflux during the trans-anesthetic period. It was concluded that unalated general anesthesia and dorsal decubitus in equines, for 90 minutes, promotes alkalinization of the gastric pH after anesthesia. Complementary studies are suggested to assess gastric mucosa protectors to be indicated preventively, considering that general anesthesia and decubitus can induce duodenogastric and gastroesophageal reflux.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPDória, Renata Gebara SampaioSuárez Guerrero, Jesús Leonardo2021-12-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74135/tde-21022022-144153/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-02-21T18:31:02Zoai:teses.usp.br:tde-21022022-144153Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-02-21T18:31:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Nos últimos anos, o estudo das afecções gástricas em humanos tem sido enfatizado, em especial a ocorrência dos refluxos gastroesofágico (ERGE) e duodenogástrico (ERDG). Nos equinos, acredita-se que 50% a 90% dos cavalos de alta performance apresentem afecções estomacais, em especial gastrite e ulceração gástrica, que comprometem tanto o desempenho atlético, como a higidez. Avaliarem-se com este estudo as alterações no pH gástrico e dos níveis da gastrina, em oito éguas, após jejum de fluidos e sólidos, mantidas em decúbito dorsal sobre anestesia com isoflurano, considerando possível ocorrência de refluxo duodenogástrico e gastroesofágico, o que estimularia a utilização preventiva de protetores gástricos antes e após anestesias. Avaliou-se o pH gástrico nos períodos trans anestésico a cada 15 minutos, por 90 minutos, e pós anestésico, a cada hora por 24 horas. Os níveis de gastrina foram mensurados antes da anestesia, durante o período de recuperação anestésica (cinco minutos após decúbito lateral), e após quatro meses do procedimento anestésico, 90 minutos após a refeição matinal (sem jejum prévio). Foi realizado teste rápido de sangue oculto nas fezes imediatamente antes do procedimento anestésico (T0) e após 24 horas (T24). O pH gástrico durante o período anestésico não se alterou. Não foram observadas correlações entre alterações hemogasométricas e alterações em pH gástrico no período trans anestésico. Após a anestesia, o pH gástrico tornou-se alcalino durante as 24 horas de avaliação, apresentando diferenças entre T0 (4,88±2,38), T5 (7,08±0,89), T8 (7,43±0,22), T9(7,28±0,36), T11 (7,26±0,71), T13 (6,74± 0,90) e T17 (6,94± 1,04) (p<0.05). Os níveis séricos da gastrina aumentarem (15 pg/ml para 20 pg/ml - p<0,05) em relação ao tempo basal. Durante a ingestão de alimentos, verificou-se menor pH gástrico durante o consumo de concentrado (6,26±1,28), em relação ao consumo de feno (6,71±1,38) e água (6,58±1.17), sendo que a ingestão de alimentos e água não foi responsável pela alcalinização de pH encontrada no período pós anestésico. Em outros dois equinos, por meio de câmera endoscópica, observaram-se possível ocorrência de refluxo gastroesofágico durante o período trans anestésico. Conclui-se que a anestesia geral inalatória e decúbito dorsal em equinos, durante 90 minutos, promove alcalinização do pH gástrico pós anestésia. Sugere-se estudos complementares avaliando protetores de mucosa gástrica para serem indicados de maneira preventiva, considerando que a anestesia geral e decúbito podem induzir refluxos duodenogástricos e gastroesofágicos. |
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