Implantação de observatório para hepatites virais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-25102024-153337/ |
Resumo: | Introdução: No âmbito global hepatites constituem grande desafio de saúde, comparável às principais doenças transmissíveis, incluindo HIV, tuberculose e malária. Estudos apontaram que em 2019 foram 3,9 milhões pessoas vivendo com hepatite B crônica; 7,2 milhões vivendo com hepatite C crônica; 125 mil pessoas morreram de câncer de fígado e cirrose hepática no decorrer do ano de 2020. É decisivo nos desafios da década, ações para promoção da saúde que estejam alinhadas às metas da Organização Mundial da Saúde, sendo este estudo relevante porque corrobora com a meta de eliminação das hepatites até 2030. Objetivo: implantar um observatório de vigilância epidemiológica para hepatite B e hepatite C considerando diagnóstico, notificação, tratamento e controle dos casos notificados. Método: estudo de caso, exploratório, descritivo, quase experimental, com profissionais de saúde e dados secundários obtidos por meio dos diagnósticos de hepatite B e hepatite C, notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, no período de 2010 a 2020. Resultados: participaram do estudo 21 profissionais de saúde (1 médica, 16 enfermeiros, 1 terapeuta ocupacional, 1 assistente social, 2 farmacêuticas) que atuavam nas Regiões de Saúde Circuito das Águas, Bragança Paulista, Jundiaí e Metropolitana de Campinas; 52,40% entre 40 a 59 anos de idade, 90,50% do sexo feminino; 76,10% enfermeiros. Tempo de atuação na assistência à saúde 57,10% acima de 10 anos e 66,60% com formação acima de 10 anos. As respostas dos participantes obtidas sobre as hepatites B e hepatites C, diagnóstico, tratamento e controle, mostraram que apesar do longo tempo de atuação na área 90,40% ainda têm falhas de conhecimento, necessitando de capacitação, realizado por meio de oficina on-line. O perfil epidemiológico das regiões de saúde estudadas, mostrou que dos 17. 366 casos notificados no período estudado, 59,27% são do sexo masculino. A incidência de hepatite B 19,00% e hepatite C 66,47%. Análise da fonte de infecção ficou prejudicada, porquanto 52,63% foi descrita como ignorada. Das notificações 68,10% com confirmação laboratorial e 13,37% com cicatriz sorológica. Na categoria classificação etiológica 32,39% são hepatite B e 63,38% hepatite C. Mediante interlocução com Laboratório de Aids e Hepatites Virais da Universidade de Campinas, possibilitado monitoramento dos exames de quantificação da carga viral para diagnóstico e notificações das hepatites nas quatro Regiões de Saúde mostrando a importância de implementar capacitações periódicas em forma de palestras e oficinas, seja presencial ou online, buscando atualizar, motivar e valorizar equipes de saúde tornando-as atuante frente ao Programa. Conclusão: o propósito da implantação de observatório para Hepatites Virais trouxe pontos importantes a serem considerados: que profissionais atuantes há tempos no Programa e com conhecimento da fisiopatologia e evolução do agravo, não creditam na importância a própria atuação, bem como aos desfechos da doença, talvez por acontecerem longe de seu locus de ação, visto ser doença de evolução longa e silenciosa. Este estudo buscou contribuir para construção de subsídios no campo da gestão e desenvolvimento de políticas públicas de saúde, que proporcionem melhor diagnóstico, tratamento controle, além da qualidade de vida para a população infectada. |
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Implantação de observatório para hepatites viraisImplementation of the viral hepatitis observatoryDesenvolvimento SustentávelEpidemiological surveillanceHealth ObservatoriesHepatite BHepatite CHepatitis BHepatitis CObservatórios em SaúdeSustainable developmentVigilância EpidemiológicaIntrodução: No âmbito global hepatites constituem grande desafio de saúde, comparável às principais doenças transmissíveis, incluindo HIV, tuberculose e malária. Estudos apontaram que em 2019 foram 3,9 milhões pessoas vivendo com hepatite B crônica; 7,2 milhões vivendo com hepatite C crônica; 125 mil pessoas morreram de câncer de fígado e cirrose hepática no decorrer do ano de 2020. É decisivo nos desafios da década, ações para promoção da saúde que estejam alinhadas às metas da Organização Mundial da Saúde, sendo este estudo relevante porque corrobora com a meta de eliminação das hepatites até 2030. Objetivo: implantar um observatório de vigilância epidemiológica para hepatite B e hepatite C considerando diagnóstico, notificação, tratamento e controle dos casos notificados. Método: estudo de caso, exploratório, descritivo, quase experimental, com profissionais de saúde e dados secundários obtidos por meio dos diagnósticos de hepatite B e hepatite C, notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, no período de 2010 a 2020. Resultados: participaram do estudo 21 profissionais de saúde (1 médica, 16 enfermeiros, 1 terapeuta ocupacional, 1 assistente social, 2 farmacêuticas) que atuavam nas Regiões de Saúde Circuito das Águas, Bragança Paulista, Jundiaí e Metropolitana de Campinas; 52,40% entre 40 a 59 anos de idade, 90,50% do sexo feminino; 76,10% enfermeiros. Tempo de atuação na assistência à saúde 57,10% acima de 10 anos e 66,60% com formação acima de 10 anos. As respostas dos participantes obtidas sobre as hepatites B e hepatites C, diagnóstico, tratamento e controle, mostraram que apesar do longo tempo de atuação na área 90,40% ainda têm falhas de conhecimento, necessitando de capacitação, realizado por meio de oficina on-line. O perfil epidemiológico das regiões de saúde estudadas, mostrou que dos 17. 366 casos notificados no período estudado, 59,27% são do sexo masculino. A incidência de hepatite B 19,00% e hepatite C 66,47%. Análise da fonte de infecção ficou prejudicada, porquanto 52,63% foi descrita como ignorada. Das notificações 68,10% com confirmação laboratorial e 13,37% com cicatriz sorológica. Na categoria classificação etiológica 32,39% são hepatite B e 63,38% hepatite C. Mediante interlocução com Laboratório de Aids e Hepatites Virais da Universidade de Campinas, possibilitado monitoramento dos exames de quantificação da carga viral para diagnóstico e notificações das hepatites nas quatro Regiões de Saúde mostrando a importância de implementar capacitações periódicas em forma de palestras e oficinas, seja presencial ou online, buscando atualizar, motivar e valorizar equipes de saúde tornando-as atuante frente ao Programa. Conclusão: o propósito da implantação de observatório para Hepatites Virais trouxe pontos importantes a serem considerados: que profissionais atuantes há tempos no Programa e com conhecimento da fisiopatologia e evolução do agravo, não creditam na importância a própria atuação, bem como aos desfechos da doença, talvez por acontecerem longe de seu locus de ação, visto ser doença de evolução longa e silenciosa. Este estudo buscou contribuir para construção de subsídios no campo da gestão e desenvolvimento de políticas públicas de saúde, que proporcionem melhor diagnóstico, tratamento controle, além da qualidade de vida para a população infectada.Introduction: Globally, hepatitis constitutes a major health challenge, comparable to the main communicable diseases, including HIV, tuberculosis, and malaria. Studies showed that in 2019 there were 3.9 million people living with chronic hepatitis B; 7.2 million living with chronic hepatitis C; 125,000 people died from liver cancer and liver cirrhosis 2020. It is decisive in the challenges of the decade, actions for health promotion that are aligned with the goals of the World Health Organization, and this study is relevant because it corroborates the goal of eliminating hepatitis by 2030. Objective: implement epidemiological surveillance observatory for hepatitis B and hepatitis C, considering diagnosis, notification, treatment control of reported cases. Method: case study, exploratory, descriptive, quasi-experimental, with health professionals and secondary data obtained through the diagnoses of hepatitis B and hepatitis C, reported in the Notifiable Diseases Information System, from 2010 to 2020. Results: 21 health professionals participated in the study (1 doctor, 16 nurses, 1 occupational therapist, 1 social worker, 2 pharmacists) who worked in the Health Regions Circuito das Águas, Bragança Paulista, Jundiaí, and Metropolitana de Campinas; 52.40% between 40 and 59 years of age, 90.50% female; 76.10% nurses. Time working in health care 57.10% over 10 years and 66.60% with training over 10 years. Responses of the participants obtained about hepatitis B and hepatitis C, diagnosis, treatment, and control, showed that despite the long time working in the area, 90.40% still have knowledge gaps, requiring training, carried out through an online workshop. Epidemiological profile of the health regions studied showed that of the 17, 366 cases reported during the study period, 59.27% were male. The incidence of hepatitis B is 19.00% and hepatitis C 66.47%. Analysis of the source of infection was impaired, as 52.63% were described as ignored. Of the notifications, 68.10% were with laboratory confirmation and 13.37% with the serological scar. In the etiological classification category, 32.39% are hepatitis B and 63.38% are hepatitis C. Through dialogue with the Laboratory of AIDS and Viral Hepatitis of the University of Campinas, monitoring of viral load quantification tests for diagnosis and notifications of hepatitis in the four Health Regions was made possible, showing the importance of implementing periodic training in the form of lectures and workshops, whether in person or online, seeking to update, motivate and value health teams, making them active in front of the Program. Conclusion: the purpose of implementing an observatory for Viral Hepatitis brought important points to be considered: that professionals who have been working for a long time in the Program and with knowledge of the pathophysiology and evolution of the disease, do not attach importance to their own performance, as well as to the outcomes of the disease, perhaps because they happen far from its locus of action, since it is a disease with a long and silent evolution. This study sought to contribute to the construction of subsidies in the field of management and development of public health policies, which provide better diagnosis, treatment control, in addition to quality of life for the infected population.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCiosak, Suely ItsukoAlmeida, Rita Tereza de2022-06-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-25102024-153337/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-31T16:55:02Zoai:teses.usp.br:tde-25102024-153337Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-31T16:55:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Introdução: No âmbito global hepatites constituem grande desafio de saúde, comparável às principais doenças transmissíveis, incluindo HIV, tuberculose e malária. Estudos apontaram que em 2019 foram 3,9 milhões pessoas vivendo com hepatite B crônica; 7,2 milhões vivendo com hepatite C crônica; 125 mil pessoas morreram de câncer de fígado e cirrose hepática no decorrer do ano de 2020. É decisivo nos desafios da década, ações para promoção da saúde que estejam alinhadas às metas da Organização Mundial da Saúde, sendo este estudo relevante porque corrobora com a meta de eliminação das hepatites até 2030. Objetivo: implantar um observatório de vigilância epidemiológica para hepatite B e hepatite C considerando diagnóstico, notificação, tratamento e controle dos casos notificados. Método: estudo de caso, exploratório, descritivo, quase experimental, com profissionais de saúde e dados secundários obtidos por meio dos diagnósticos de hepatite B e hepatite C, notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, no período de 2010 a 2020. Resultados: participaram do estudo 21 profissionais de saúde (1 médica, 16 enfermeiros, 1 terapeuta ocupacional, 1 assistente social, 2 farmacêuticas) que atuavam nas Regiões de Saúde Circuito das Águas, Bragança Paulista, Jundiaí e Metropolitana de Campinas; 52,40% entre 40 a 59 anos de idade, 90,50% do sexo feminino; 76,10% enfermeiros. Tempo de atuação na assistência à saúde 57,10% acima de 10 anos e 66,60% com formação acima de 10 anos. As respostas dos participantes obtidas sobre as hepatites B e hepatites C, diagnóstico, tratamento e controle, mostraram que apesar do longo tempo de atuação na área 90,40% ainda têm falhas de conhecimento, necessitando de capacitação, realizado por meio de oficina on-line. O perfil epidemiológico das regiões de saúde estudadas, mostrou que dos 17. 366 casos notificados no período estudado, 59,27% são do sexo masculino. A incidência de hepatite B 19,00% e hepatite C 66,47%. Análise da fonte de infecção ficou prejudicada, porquanto 52,63% foi descrita como ignorada. Das notificações 68,10% com confirmação laboratorial e 13,37% com cicatriz sorológica. Na categoria classificação etiológica 32,39% são hepatite B e 63,38% hepatite C. Mediante interlocução com Laboratório de Aids e Hepatites Virais da Universidade de Campinas, possibilitado monitoramento dos exames de quantificação da carga viral para diagnóstico e notificações das hepatites nas quatro Regiões de Saúde mostrando a importância de implementar capacitações periódicas em forma de palestras e oficinas, seja presencial ou online, buscando atualizar, motivar e valorizar equipes de saúde tornando-as atuante frente ao Programa. Conclusão: o propósito da implantação de observatório para Hepatites Virais trouxe pontos importantes a serem considerados: que profissionais atuantes há tempos no Programa e com conhecimento da fisiopatologia e evolução do agravo, não creditam na importância a própria atuação, bem como aos desfechos da doença, talvez por acontecerem longe de seu locus de ação, visto ser doença de evolução longa e silenciosa. Este estudo buscou contribuir para construção de subsídios no campo da gestão e desenvolvimento de políticas públicas de saúde, que proporcionem melhor diagnóstico, tratamento controle, além da qualidade de vida para a população infectada. |
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