Exigências em proteína e energia e valor biológico de alimentos para o dourado Salminus brasiliensis
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-16072008-124839/ |
Resumo: | O Characifome dourado, Salminus brasiliensis, tem despertado crescente interesse dos piscicultores por apresentar rápido crescimento e ótima qualidade de carne. Porém, a falta de conhecimento sobre as exigências nutricionais e valor biológico dos alimentos para a espécie têm dificultado a formulação de dietas que permitam o máximo desempenho e, por conseqüência, sua produção intensiva. Para determinação da exigência nutricional em energia e proteína, juvenis de dourado (5,29 ± 0,21 g) foram distribuídos em 75 gaiolas (60 L) alojadas em tanques de 1.000 L e alimentados por 60 dias com dietas contendo níveis de proteína bruta (PB) entre 35 e 51% (incremento de 4%) e teores de energia bruta (EB) de 4.200 a 5.000 kcal/kg de alimento (incremento de 200 kcal/kg). O experimento foi conduzido em um delineamento inteiramente aleatorizado em esquema fatorial 5 × 5 (cinco níveis de EB e cinco níveis de PB, com três repetições). Foram avaliados parâmetros de ganho de peso (GP), ganho de peso relativo (GPR), consumo alimentar diário (CAD), índice de conversão alimentar (ICA), taxa de crescimento específico (TCE) e retenção de nutrientes. Não houve interação significativa (P>0,05) entre os níveis de proteína e energia para os parâmetros avaliados. Os valores de CAD, GP, GPR, CA e TCE e de retenção de nutrientes foram influenciados (P<0,05) pelos níveis de proteína e de energia da dieta. O CAD diminuiu com o aumento do nível energético das dietas. As relações lipo-somáticas e víscero-somáticas foram afetadas (P<0,05) pela energia dietética, aumentando com o aumento dos níveis de energia. Por meio do uso da regressão segmentada estimou-se a exigência protéica e energética para juvenis de dourado como sendo de 45,08% de PB e 4.600,0 kcal EB/kg, e uma relação energia:proteína variando entre 10,20 e 10,65 kcal de EB/g de PB, como ideal para ótimo desempenho e retenção de nutrientes e energia. Para avaliação do valor nutricional dos alimentos, foi determinado o coeficiente de digestibilidade aparente (CDA) da energia e nutrientes de fontes protéicas de origem animal e vegetal em dietas práticas para o dourado (19,49 ± 5,04 g). Os peixes, foram confinados em gaiolas de polipropileno (80 L; 40 peixes/gaiola) e alimentados com dietas teste granuladas que continham 30% do ingrediente teste e 70% de uma ração referência (RR) prática contendo 48,14% de PB, 4.453,2 kcal de EB/kg e 0,1% de óxido de crômio III. Após a última alimentação, as gaiolas eram transferidas para aquários cilindro-cônicos (200 L) onde as fezes eram coletadas por sedimentação em recipientes refrigerados. Houve diferença (P<0,01) para os CDAs dos nutrientes e energia das diferentes fontes protéicas. Foram obtidos valores de CDA de: 94,25; 91,26; 93,05 e 93,47% para a PB, 91,03; 90,33; 87,83 e 88,78% para a EB, 92,06; 84,49; 80,58 e 79,25% para matéria mineral, 83,90; 80,26; 84,25 e 84,55% para matéria seca e 97,38; 96,74; 93,32 e 91,46% para os lipídios, para a farinha de peixe (FP), farinha de vísceras (FV), farelo de soja (FS) e farelo de glúten de milho (FGM), respectivamente. O CDA médio dos aminoácidos foi de: 93,60; 89,95; 92,07 e 92,45% para FP, FV, FS e FGM, respectivamente. Todos os ingredientes testados foram eficientemente aproveitados e podem substituir parcialmente a FP em rações para o dourado. |
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Exigências em proteína e energia e valor biológico de alimentos para o dourado Salminus brasiliensisProtein and energy requirements and biological value of selected feedstuffs for the dourado Salminus brasiliensisDieta animalDigestibilidadeDigestibilityDouradoDouradoEnergiaEnergy.Nutrição animalNutritional requirementProteinProtein sourcesProteínas.Salminus brasiliensisO Characifome dourado, Salminus brasiliensis, tem despertado crescente interesse dos piscicultores por apresentar rápido crescimento e ótima qualidade de carne. Porém, a falta de conhecimento sobre as exigências nutricionais e valor biológico dos alimentos para a espécie têm dificultado a formulação de dietas que permitam o máximo desempenho e, por conseqüência, sua produção intensiva. Para determinação da exigência nutricional em energia e proteína, juvenis de dourado (5,29 ± 0,21 g) foram distribuídos em 75 gaiolas (60 L) alojadas em tanques de 1.000 L e alimentados por 60 dias com dietas contendo níveis de proteína bruta (PB) entre 35 e 51% (incremento de 4%) e teores de energia bruta (EB) de 4.200 a 5.000 kcal/kg de alimento (incremento de 200 kcal/kg). O experimento foi conduzido em um delineamento inteiramente aleatorizado em esquema fatorial 5 × 5 (cinco níveis de EB e cinco níveis de PB, com três repetições). Foram avaliados parâmetros de ganho de peso (GP), ganho de peso relativo (GPR), consumo alimentar diário (CAD), índice de conversão alimentar (ICA), taxa de crescimento específico (TCE) e retenção de nutrientes. Não houve interação significativa (P>0,05) entre os níveis de proteína e energia para os parâmetros avaliados. Os valores de CAD, GP, GPR, CA e TCE e de retenção de nutrientes foram influenciados (P<0,05) pelos níveis de proteína e de energia da dieta. O CAD diminuiu com o aumento do nível energético das dietas. As relações lipo-somáticas e víscero-somáticas foram afetadas (P<0,05) pela energia dietética, aumentando com o aumento dos níveis de energia. Por meio do uso da regressão segmentada estimou-se a exigência protéica e energética para juvenis de dourado como sendo de 45,08% de PB e 4.600,0 kcal EB/kg, e uma relação energia:proteína variando entre 10,20 e 10,65 kcal de EB/g de PB, como ideal para ótimo desempenho e retenção de nutrientes e energia. Para avaliação do valor nutricional dos alimentos, foi determinado o coeficiente de digestibilidade aparente (CDA) da energia e nutrientes de fontes protéicas de origem animal e vegetal em dietas práticas para o dourado (19,49 ± 5,04 g). Os peixes, foram confinados em gaiolas de polipropileno (80 L; 40 peixes/gaiola) e alimentados com dietas teste granuladas que continham 30% do ingrediente teste e 70% de uma ração referência (RR) prática contendo 48,14% de PB, 4.453,2 kcal de EB/kg e 0,1% de óxido de crômio III. Após a última alimentação, as gaiolas eram transferidas para aquários cilindro-cônicos (200 L) onde as fezes eram coletadas por sedimentação em recipientes refrigerados. Houve diferença (P<0,01) para os CDAs dos nutrientes e energia das diferentes fontes protéicas. Foram obtidos valores de CDA de: 94,25; 91,26; 93,05 e 93,47% para a PB, 91,03; 90,33; 87,83 e 88,78% para a EB, 92,06; 84,49; 80,58 e 79,25% para matéria mineral, 83,90; 80,26; 84,25 e 84,55% para matéria seca e 97,38; 96,74; 93,32 e 91,46% para os lipídios, para a farinha de peixe (FP), farinha de vísceras (FV), farelo de soja (FS) e farelo de glúten de milho (FGM), respectivamente. O CDA médio dos aminoácidos foi de: 93,60; 89,95; 92,07 e 92,45% para FP, FV, FS e FGM, respectivamente. Todos os ingredientes testados foram eficientemente aproveitados e podem substituir parcialmente a FP em rações para o dourado.The dourado, Salminus brasiliensis, presents excellent farming characteristics, such as fast growth and excellent flesh quality. However, the lack of the knowledge on the species nutritional requirements and biological value of feedstuffs hamper the formulation of diets for optimized performance and, consequently, the species\' intensive farming. To determine de species nutritional requirements, juveniles dourado (5.29 ± 0.21 g) were stocked in 75 cages (60-L) set up in 1,000-L containers, and fed for 60 days diets containing levels of crude protein (CP) between 35 to 51% (4% increments) and gross energy (GE) varying of 4,200 to 5,000 kcal/kg feed (200 kcal increments). The trial was set up in a completely randomized design, 5 × 5 factorial scheme (five levels of GE and five levels of CP, with three replications). Data on weight gain (WG), percentage weight gain (PWG), daily feed consumption (DFC), food conversion ratio (FCR), specific growth rate (SGR) and nutrient retention were recorded. No interaction (P>0.05) between dietary energy and protein levels for all parameters was detected. The values of DFC, WG, RWG, FCR, SGR and nutrient retention were affected (P<0.05) by the dietary protein and energy levels. DFC decreased with increasing energy levels. The liposomatic and viscerosomatic indexes were affected (P<0.05) by dietary energy levels, and increased with increasing energy levels. Through broken line analysis technique, the requirements estimated for optimum performance and nutrient and energy retention of dourado were 45.08% CP, 4,600.0 kcal GE/kg, and a energy:protein ratio varying between 10.20 and 10.65 kcal of GE/g of CP. Apparent digestibility is one of the main tools to evaluate the potential of an ingredient to be used in aquafeeds. To evaluate the apparent digestibility coefficient (ADC) of energy and nutrients of animal and plant protein sources in practical diets for the dourado (19.49 ± 5.04 g), fish were stocked in plastic cages (80-L) and fed pelleted test diets containing 30% of test ingredients plus 70% of a reference diet (RR) containing 48.14% CP, 4,453.2 kcal GE/kg, and 0.1% of chromium oxide III. After the last daily meal, cages were transferred to cylindrical conical-bottomed aquaria (200-L) where feces were collected by sedimentation in refrigerated containers. ADCs of nutrients and energy of selected protein sources differed (P<0.01); ADC values were: 94.25; 91.26; 93.05 and 93.47% for CP, 91.03; 90.33; 87.83 and 88.78% for GE, 92.06; 84.49; 80.58 and 79.25% for ash, 83.90; 80.26; 84.25 and 84.55% for dry matter, 97.38; 96.74; 93.32 and 91.46% for lipid for fish meal (FM), poultry by-product meal (PBM), soybean meal (SBM), and corn gluten meal (CGM), respectively. The average ADC of amino acids was: 93.60; 89.95; 92.07 and 92.45% of FM, PBM, SBM and CGM, respectively. All tested ingredients were efficiently used and can partially replace FM in diets for carnivorous dourado.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCyrino, Jose Eurico PossebonBorghesi, Ricardo2008-04-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-16072008-124839/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:56Zoai:teses.usp.br:tde-16072008-124839Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O Characifome dourado, Salminus brasiliensis, tem despertado crescente interesse dos piscicultores por apresentar rápido crescimento e ótima qualidade de carne. Porém, a falta de conhecimento sobre as exigências nutricionais e valor biológico dos alimentos para a espécie têm dificultado a formulação de dietas que permitam o máximo desempenho e, por conseqüência, sua produção intensiva. Para determinação da exigência nutricional em energia e proteína, juvenis de dourado (5,29 ± 0,21 g) foram distribuídos em 75 gaiolas (60 L) alojadas em tanques de 1.000 L e alimentados por 60 dias com dietas contendo níveis de proteína bruta (PB) entre 35 e 51% (incremento de 4%) e teores de energia bruta (EB) de 4.200 a 5.000 kcal/kg de alimento (incremento de 200 kcal/kg). O experimento foi conduzido em um delineamento inteiramente aleatorizado em esquema fatorial 5 × 5 (cinco níveis de EB e cinco níveis de PB, com três repetições). Foram avaliados parâmetros de ganho de peso (GP), ganho de peso relativo (GPR), consumo alimentar diário (CAD), índice de conversão alimentar (ICA), taxa de crescimento específico (TCE) e retenção de nutrientes. Não houve interação significativa (P>0,05) entre os níveis de proteína e energia para os parâmetros avaliados. Os valores de CAD, GP, GPR, CA e TCE e de retenção de nutrientes foram influenciados (P<0,05) pelos níveis de proteína e de energia da dieta. O CAD diminuiu com o aumento do nível energético das dietas. As relações lipo-somáticas e víscero-somáticas foram afetadas (P<0,05) pela energia dietética, aumentando com o aumento dos níveis de energia. Por meio do uso da regressão segmentada estimou-se a exigência protéica e energética para juvenis de dourado como sendo de 45,08% de PB e 4.600,0 kcal EB/kg, e uma relação energia:proteína variando entre 10,20 e 10,65 kcal de EB/g de PB, como ideal para ótimo desempenho e retenção de nutrientes e energia. Para avaliação do valor nutricional dos alimentos, foi determinado o coeficiente de digestibilidade aparente (CDA) da energia e nutrientes de fontes protéicas de origem animal e vegetal em dietas práticas para o dourado (19,49 ± 5,04 g). Os peixes, foram confinados em gaiolas de polipropileno (80 L; 40 peixes/gaiola) e alimentados com dietas teste granuladas que continham 30% do ingrediente teste e 70% de uma ração referência (RR) prática contendo 48,14% de PB, 4.453,2 kcal de EB/kg e 0,1% de óxido de crômio III. Após a última alimentação, as gaiolas eram transferidas para aquários cilindro-cônicos (200 L) onde as fezes eram coletadas por sedimentação em recipientes refrigerados. Houve diferença (P<0,01) para os CDAs dos nutrientes e energia das diferentes fontes protéicas. Foram obtidos valores de CDA de: 94,25; 91,26; 93,05 e 93,47% para a PB, 91,03; 90,33; 87,83 e 88,78% para a EB, 92,06; 84,49; 80,58 e 79,25% para matéria mineral, 83,90; 80,26; 84,25 e 84,55% para matéria seca e 97,38; 96,74; 93,32 e 91,46% para os lipídios, para a farinha de peixe (FP), farinha de vísceras (FV), farelo de soja (FS) e farelo de glúten de milho (FGM), respectivamente. O CDA médio dos aminoácidos foi de: 93,60; 89,95; 92,07 e 92,45% para FP, FV, FS e FGM, respectivamente. Todos os ingredientes testados foram eficientemente aproveitados e podem substituir parcialmente a FP em rações para o dourado. |
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