Caracterização molecular de isolados ambientais de Enterococcus faecalis e Enterococcus faecium

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Lucas David Rodrigues dos
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60141/tde-29092021-084059/
Resumo: As bactérias do gênero Enterococcus são cocos Gram-positivos pertencentes à microbiota de humanos e de animais e amplamente distribuídos na natureza. Diversas espécies pertencentes a esse gênero já foram descritas na literatura, sendo Enterococcus faecium e Enterococcus faecalis as mais importantes, visto que são comumente reportadas em infecções em humanos e animais. Diferentes genes de resistência aos antimicrobianos já foram relatados nos Enterococcus sp., sendo os genes de resistência à vancomicina e às oxazolidinonas os de maior importância clínica. O objetivo do presente estudo foi isolar e caracterizar isolados ambientais de E. faecium e E. faecalis quanto ao perfil de resistência aos antimicrobianos e detectar os genes de resistência e de virulência dos mesmos. Um total de 54 isolados foram obtidos de amostras de solo e de água coletadas em diferentes cidades localizadas na região sudeste do Brasil. Dentre esses isolados, 43 foram identificados como E. faecium e 11 como E. faecalis. Todos os isolados apresentaram resistência a pelo menos quatro antimicrobianos, sendo a grande maioria resistente à eritromicina e 49 deles (90,7%) foram classificados como multirresistentes. Diferentes genes de resistência aos antimicrobianos foram detectados, sendo que os genes tetM, tetL e ermB foram os mais prevalentes. Outros genes clinicamente relevantes também foram detectados, tais como vanC1, tetO, ermA, ermC, mefAE, ant(6\')-Ia, ant(4\')-Ia, aac(6\')-Ie-aph(2\'\')-Ia, aph(3\')-IIIa, aph(2\'\')-Id. Dentre os genes de virulência, o gene gelE foi o mais prevalente, seguido dos genes ace, esp e asa1. Enterococcus sp. resistentes aos antimicrobianos e carreando diferentes genes de resistência e de virulência em amostras ambientais, sugerem uma possível transmissão desses patógenos, bem como seus genes entre o ambiente, os humanos e os animais.
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