Alterações funcionais de macrófagos ativados nos padrões M1 e M2 de pacientes HIV-1+ em resposta a estímulos fúngicos e bacterianos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Leonardo Judson Galvão de
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17147/tde-15052014-112509/
Resumo: Três décadas após a associação da infecção por HIV com o desenvolvimento da AIDS e seu reconhecimento como epidemia mundial, muitas questões permanecem em aberto e dificultam o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas e profiláticas mais satisfatórias. O desenvolvimento da AIDS é caracterizado pela tempestade de citocinas pró-inflamatórias no plasma, seguido por intensa imunossupressão e redução brusca na quantidade de células T CD4+ durante a replicação viral. Em contrapartida, macrófagos são cronicamente infectados pelo vírus e capazes de sobreviver por vários meses, atuando como importante reservatório viral. Apesar de não haver redução em número de células, macrófagos infectados apresentam problemas de diferenciação e deficiências funcionais. O reconhecimento de padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs) e a presença de citocinas no microambiente celular determinam o padrão de diferenciação dos macrófagos em clássicos (M1) ou alternativos (M2). Nossos resultados indicam a reversão parcial da tempestade de citocinas no plasma durante o uso regular da terapia antirretroviral. Não foi observada liberação de óxido nítrico por macrófagos M1 e M2a após o estímulo com PAMPs, fornecendo indícios sobre o silenciamento desta via em macrófagos humanos. Macrófagos M1 e M2a de pacientes HIV+ apresentam redução progressiva na liberação de citocinas e quimiocinas após o estímulo com LPS ou -Glucana, com restauração parcial após o uso da terapia antirretroviral. Em conjunto, nossos resultados podem ser úteis no estabelecimento de um novo parâmetro para monitoramento da terapia antirretroviral, baseado na resposta funcional de macrófagos.
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