O figurino no Cinema Marginal: Rogério Sganzerla

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cozzolino, Paula de Maio Iglecio
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100133/tde-08042016-110200/
Resumo: Esta pesquisa analisa e documenta os figurinos criados para o cinema brasileiro na obra O Bandido da Luz Vermelha de Rogério Sganzerla, a qual tem como pano de fundo o Cinema Marginal. Focaliza o trabalho de figurino neste período, com o objetivo de contribuir para a memória coletiva nacional e enriquecer o material de investigação dos profissionais ligados à área. O estudo se faz a partir de um levantamento dos aspectos sócio-político-culturais do país nas décadas de 60 e 70, refletidos num cinema que aparece como uma reação à situação por que passava o país no período de 1964 1968, com a politização das manifestações artísticas face aos fechamentos ocasionados pela ditadura militar. A partir da análise do filme e entrevistas com profissionais participantes ou ligados à obra do autor, como o operador de câmera Carlos Ebert, o qual também atuou como fotógrafo no filme O Bandido da Luz Vermelha; a diretora e atriz Helena Ignez, ícone do Cinema Marginal e esposa de Rogério Sganzerla; e o diretor e produtor Julio Calasso Junior, inicia-se um entendimento do processo criativo utilizado nos filmes produzidos pelo cineasta, num relevante período da história do cinema nacional. Indaga como os trajes colaboram para a construção dos personagens numa obra cinematográfica e a importância do figurino na criação destes personagens, tanto para o diretor como para o próprio ator, e como a escolha dos elementos e materiais corretos compõe plasticamente esta figura e contribuiu na sua gestualidade. Verifica o mérito de uma direção de arte com referências ao Pop, em sua acepção mais verdadeira, a de popular; com uma linguagem de quadrinhos, onde apresenta alguns personagens que são verdadeiras caricaturas do povo brasileiro e, assim, avalia como os elementos visuais se tornam o suporte do discurso
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