A importância da união substancial para o estabelecimento da árvore do saber cartesiana
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-14072022-171556/ |
Resumo: | Trata-se de investigar como Descartes abriu espaço para o conhecimento incerto e confuso em sua filosofia a partir da consideração da união substancial entre alma e corpo. Na metáfora da \"árvore do saber\" apresentada no prefácio de seus Princípios da filosofia, a raiz é a metafísica, o tronco é a física e os ramos principais são a mecânica, a medicina e a moral. Busca-se mostrar que é a \"raiz\" metafísica e o \"tronco\" física que fundamentam a questão prática da moral, o plano do conhecimento da experiência e do sentimento, isto é, do conhecimento incerto e confuso. A Correspondência com Elisabeth de 1643 traz novas luzes sobre a maneira de pensar essa questão prática na medida em que se debruça sobre como pode a alma mover o corpo. Pretende-se ver por que Descartes propõe a Elisabeth que considere a alma como extensa para entender como ela tem a força de mover o corpo, pois a questão possui uma impossibilidade de resposta racional. Acredita-se que é a teoria da distinção das substâncias que permite a Descartes propor uma nova física, diferente da física aristotélica-tomista das formas substanciais, e, principalmente, a união substancial que permite que essa física no ser humano seja a fisiologia do corpo próprio, não hipotética. |
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A importância da união substancial para o estabelecimento da árvore do saber cartesianaThe importance of substantial union for the establishment of the Cartesian tree of knowledgeÁrvore do saberDescartesDescartesMetafísicaMetaphysicsMoralMoralitySubstantial unionTree of knowledgeUnião substancialTrata-se de investigar como Descartes abriu espaço para o conhecimento incerto e confuso em sua filosofia a partir da consideração da união substancial entre alma e corpo. Na metáfora da \"árvore do saber\" apresentada no prefácio de seus Princípios da filosofia, a raiz é a metafísica, o tronco é a física e os ramos principais são a mecânica, a medicina e a moral. Busca-se mostrar que é a \"raiz\" metafísica e o \"tronco\" física que fundamentam a questão prática da moral, o plano do conhecimento da experiência e do sentimento, isto é, do conhecimento incerto e confuso. A Correspondência com Elisabeth de 1643 traz novas luzes sobre a maneira de pensar essa questão prática na medida em que se debruça sobre como pode a alma mover o corpo. Pretende-se ver por que Descartes propõe a Elisabeth que considere a alma como extensa para entender como ela tem a força de mover o corpo, pois a questão possui uma impossibilidade de resposta racional. Acredita-se que é a teoria da distinção das substâncias que permite a Descartes propor uma nova física, diferente da física aristotélica-tomista das formas substanciais, e, principalmente, a união substancial que permite que essa física no ser humano seja a fisiologia do corpo próprio, não hipotética.This dissertation investigates how Descartes created space in his philosophy for the uncertain and confused knowledge, through the consideration of the substantial union between soul and body. In the metaphor of the \"tree of knowledge\", as presented in the Preface to his Principles of Philosophy, the roots are metaphysics, the trunk is physics, and the branches are mechanics, medicine and morality. We aim to demonstrate that the metaphysical \"roots\" and the physical \"trunk\" are the fundament of the practical issue of morality, of the plan of the knowledge of experience and feeling, that is, of uncertain and confused knowledge. The study of his letters to Elisabeth from 1643 casts new light on how this practical question is conceived, insofar as Descartes addresses how it is possible for the soul to move the body. We intend to discuss why Descartes suggests that Elisabeth should think of the soul as having extension in order to understand how it has force to move the body, dealing with a question that has no rational answer. It is our thesis that the theorization of the distinction between substances enables Descartes\' proposition of a new physics, distinct from the Aristotelian-Thomistic physics of substantial forms, and, especially, that the substantial union is what allows this physics, applied to human being, to be a physiology of the proper body, that is, non-hypothetical.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPLacerda, Tessa MouraLaporta, Beatriz2022-01-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-14072022-171556/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-07-14T20:27:50Zoai:teses.usp.br:tde-14072022-171556Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-07-14T20:27:50Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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