Identificação de carboidratos e ácidos orgânicos em quatro variedades de capim elefante (Pennisetum purpureum, Schum), colhidas em três estádios de maturidade

• Autor(a) principal: Gutierrez, Luiz Eduardo
• Data de Publicação: 1975
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20240301-151838/
• topic: ÁCIDOS ORGÂNICOS; CAPIM ELEFANTE; CARBOIDRATOS; MATURAÇÃO VEGETAL; VARIEDADES VEGETAIS

Amostras de quatro variedades de capim Elefante (Pennisetum purpureum, Schum): Cameron, Vruckwona, Taiwan A-l48 e Taiwan A-241, colhidas em três estádios de maturidade (37, 67 e 97 dias) foram analisadas quanto aos teores de matéria seca, poder tampão, ácidos orgânicos, carboidratos solúveis totais, glicose, frutose, sacarose, ácidos cítrico, fumárico e málico. O delineamento experimental utilizado foi o de parcelas subdivididas, de modo que as parcelas representassem as variedades e as sub-parcelas, os três estádios de maturidade. Observou-se não haver diferenças significativas entre as variedades estudadas quanto a porcentagem da matéria seca, sendo que esses teores (10,3% aos 37 dias, 12,4% aos 67 dias e 23,1% aos 97 dias) podem ser considerados como baixos e que talvez seja uma característica inerente à espécie Pennisetum purpureum, Schum. O teor de matéria seca aumentou significativamente com a maturidade da planta indicando acúmulo de nutrientes e componentes estruturais como fibras e lignina. O poder tampão em relação ao ácido clorídrico das quatro variedades de capim Elefante sofreu redução significativa com a idade da planta, acompanhando esta o teor de ácidos orgânicos totais. Os principais ácidos orgânicos identificados e quantificados foram cítrico, fumárico e málico, perfazendo a soma deles, cerca de 40% do total da fração de ácidos orgânicos. Encontrou-se uma variação de 1,1 equivalentes miligrama até 3,95 para o total de ácidos orgânicos. Correlações altas e positivas (entre 0,8 e 0,97) foram observadas no presente estudo entre a quantidade de ácidos orgânicos e o poder tampão, indicando que os ácidos orgânicos parecem ser importantes componentes dos tampões das plantas forrageiras. Na comparação feita entre os extratores de carboidratos solúveis de tecidos vegetais observamos que o etanol e água aquecidos em banho-maria foram mais eficientes do que água à temperatura ambiente, embora deva-se ressaltar que as diferenças significativas foram relativamente pequenas, não ultrapassando 1,1 unidades percentuais, quando as médias dos três extratores foram considerados. Com exceção da variedade A-148 que aos 37 dias apresentou 18,6% na matéria seca de carboidratos solúveis totais, todos os outros valores obtidos situaram-se entre 9,5% e 14% na matéria seca, valores esses que podem ser considerados baixos. O teor de carboidratos totais foi sensivelmente alterado com a idade da planta apenas para as variedades Vruckwona e A-148, sendo encontrada uma correlação negativa (-0,59) entre os teores de carboidratos solúveis e a porcentagem da matéria seca. Os principais açúcares livres da fração de carboidratos solúveis foram a glicose, a frutose e a sacarose, sendo que glicose e frutose foram os principais açúcares livres, constituindo cerca de 95% do total de açúcares. O teor de frutose variou de 3,27 a 9,3% na matéria seca e foi significativamente reduzido pela maturidade da planta, sendo que o seu teor foi sempre maior do que glicose em todos os estádios de maturidade e em todas as variedades estudadas. O teor de glicose variou de 2,56 a 5,84% na matéria seca e o teor de sacarose está situado entre 0,42 e 0,79%.