Razão e sentimento na teoria moral de Hume

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Balieiro, Marcos Fonseca Ribeiro
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-26042023-142300/
Resumo: A relação entre os papéis desempenhados pela razão e pelo sentimento na teoria moral de Hume é um tema bastante controverso. Ainda que boa parte dos comentadores, especialmente os mais recentes, tenha se dedicado a essa questão, existem alguns pontos que permanecem obscuros.O que pretendo, ao longo deste trabalho, é mostrar que tanto a razão quanto o sentimento têm papéis de grande relevância na moral humiana: ora, o filósofo afirma explicitamente que, ainda que o fundamento da moral esteja em um sentimento ou sentido interno, só podemos ser tocados pelo sentimento exato de censura ou aprovação depois de reconhecer a utilidade de um certo ato, o que é uma tarefa inegavelmente da razão. Ainda assim, o papel que ele atribui à razão implica justamente uma adesão à corrente que, mais tarde, convencionou-se chamar sentimentalismo moral. Investigarei também de que modo razão e sentimento colaboram para a origem e para o processo de desenvolvimento da moralidade, tentando mostrar com clareza que Hume tira a força normativa da moralidade justamente de uma base não-moral, e que isso é uma das principais vantagens que o autor tem sobre o ceticismo moral. Por fim, tratarei de expor, de maneira muito breve, a moral humiana como resultado de um projeto maior de filosofia que leva em consideração a relação da filosofia com o vulgo. Do modo como vejo, isso pode jogar mais algumas luzes sobre a moral humiana. Vale lembrar que todos esses aspectos serão investigados levando-se em conta a maneira como Hume se insere no debate sobre os fundamentos da moral que ocupou parte tão grande dos pensadores das luzes britânicas
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