Das ribeiras e fazendas às vilas e câmaras: elites sertanejas do Rio Grande do Norte, séc. XVIII e XIX

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Tatiane Eloise da
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-15122023-183604/
Resumo: O processo de ocupação colonial do interior da América portuguesa a partir do século XVII, a exemplo dos sertões do Seridó, teve início mediante desdobramento da ocupação litorânea. Tal contexto, em grande medida, se articulou à exportação do açúcar, impulsionada pela expansão mercantil europeia, configurando-se à dinâmica colonial. O crescimento populacional na costa e a necessidade de novas áreas, notadamente para a atividade pastorícia, impulsionaram, por sua vez, a ocupação das áreas do interior, que se conectaram direta ou indiretamente com o comércio europeu. No primeiro caso, com a exportação do couro e, no segundo, com o fornecimento de alimentos e animais demandados pela população do litoral açucareiro. No que diz respeito aos sertões do Seridó, posteriormente a esse processo, evidenciou-se o surgimento das primeiras instituições da administração colonial, tais como a Freguesia da Gloriosa Senhora SantAna em 1748 e a Vila Nova do Príncipe em 1788, que funcionavam como mecanismos de organização da vida colonial e legitimação do poder das elites residentes. Desse modo, o presente estudo pretende examinar o processo de formação e legitimação da elite sertaneja da Vila Nova do Príncipe entre os séculos XVIII e XIX. Para isso, faremos uso de fontes da administração judiciária, religiosa e civil, que metodologicamente serão analisadas quantitativa e qualitativamente. Por fim, a investigação empreendida acerca da elite residente da Ribeira do Seridó busca preencher lacunas quanto a esses grupos, cruzando fontes de diferentes tipologias (judiciais e paroquiais, por exemplo) para obtermos informações mais precisas com relação à organização social dos sertões do Rio Grande e da formação e padrões de legitimação dessa antiga elite pecuarista. Considerando-se a instauração das câmaras municipais em suas ribeiras, que inauguram novos meios de ascensão social.
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