Isolamento de fungos com potencial para biorremediação na mina de urânio Osamu Utsumi.
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42132/tde-09122021-104030/ |
Resumo: | A mina Osamu Utsumi das indústrias nucleares do Brasil (INB), localizada no município de Caldas/MG, foi a primeira mina de extração de urânio no Brasil e teve suas atividades encerradas em 1995. Desde então apresenta problemas de reabilitação das áreas contaminadas devido aos elevados níveis de contaminação de urânio. Neste sentido, a biorremediação surgiu como tecnologia alternativa para a remediação de locais contaminados com metais pesados. Assim, a presente investigação teve como objetivo geral isolar e caracterizar espécies fúngicas resistentes ao urânio de solo, água e sedimento da mina de urânio Osamu Utsumi e avaliar a capacidade de remoção de urânio por esses microrganismos. O pH das amostras de água foi entre 3,16 e 3,48. A concentração de urânio nas amostras foi de 58 a 268 mg/kg (solo), 1,05 a 4,46 mg/L (água) e 283 a 488 mg/kg (sedimento). A média de atividade de água (Aa) das amostras de solo foi de 0,97. Das amostras analisadas, foram isolados e idenficados 57 fungos, sendo o gênero Penicillium o mais prevalente. Nos testes de tolerância, 38 % (22) dos isolados fúngicos foram considerados tolerantes ao urânio, com destaque para 5 isolados de Penicillium piscarium. O índice de velocidade de crescimento micelial (IVCM) revelou crescimento de 48 fungos em elevadas concentrações de urânio (2000mg/L). A Análise da concentração inibitória mínima (CIM) demonstrou o crescimento de 25 fungos em concentrações de 8000 mg/L. Os testes de biossorção, com biomassa viva dos fungos, demonstraram que 11 espécies fúngicas foram consideradas com alto potencial para biorremediação do metal. Ao compararmos os testes de resistência/tolerância com capacidade de biossorção do metal, concluímos que os fungos isolados da mina Osamu Utsumi com alto potencial para biorremediação de urânio foram Gongronella butleri, Penicillium piscarium, Penicillium citrinum, Penicillium ludwigii, Talaromyces amestolkiae. |
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Isolamento de fungos com potencial para biorremediação na mina de urânio Osamu Utsumi.Isolation of fungi with potential for bioremediation from Osamu Utsumiuranium mine.Fungi. BioremediationFungos. BiorremediaçãoMina de urânioOsamu UtsumiOsamu UtsumiUranium mineA mina Osamu Utsumi das indústrias nucleares do Brasil (INB), localizada no município de Caldas/MG, foi a primeira mina de extração de urânio no Brasil e teve suas atividades encerradas em 1995. Desde então apresenta problemas de reabilitação das áreas contaminadas devido aos elevados níveis de contaminação de urânio. Neste sentido, a biorremediação surgiu como tecnologia alternativa para a remediação de locais contaminados com metais pesados. Assim, a presente investigação teve como objetivo geral isolar e caracterizar espécies fúngicas resistentes ao urânio de solo, água e sedimento da mina de urânio Osamu Utsumi e avaliar a capacidade de remoção de urânio por esses microrganismos. O pH das amostras de água foi entre 3,16 e 3,48. A concentração de urânio nas amostras foi de 58 a 268 mg/kg (solo), 1,05 a 4,46 mg/L (água) e 283 a 488 mg/kg (sedimento). A média de atividade de água (Aa) das amostras de solo foi de 0,97. Das amostras analisadas, foram isolados e idenficados 57 fungos, sendo o gênero Penicillium o mais prevalente. Nos testes de tolerância, 38 % (22) dos isolados fúngicos foram considerados tolerantes ao urânio, com destaque para 5 isolados de Penicillium piscarium. O índice de velocidade de crescimento micelial (IVCM) revelou crescimento de 48 fungos em elevadas concentrações de urânio (2000mg/L). A Análise da concentração inibitória mínima (CIM) demonstrou o crescimento de 25 fungos em concentrações de 8000 mg/L. Os testes de biossorção, com biomassa viva dos fungos, demonstraram que 11 espécies fúngicas foram consideradas com alto potencial para biorremediação do metal. Ao compararmos os testes de resistência/tolerância com capacidade de biossorção do metal, concluímos que os fungos isolados da mina Osamu Utsumi com alto potencial para biorremediação de urânio foram Gongronella butleri, Penicillium piscarium, Penicillium citrinum, Penicillium ludwigii, Talaromyces amestolkiae.The Osamu Utsumi mine from Industrias Nucleares do Brasil (INB), located in the city of Caldas/MG, was the first uranium extraction mine in Brazil and closed its activities in 1995. Since then, it has problems in rehabilitating contaminated areas due to high levels of uranium contamination. In this regard, bioremediation emerged as an alternative technology for the remediation of sites contaminated with heavy metals. The aim of the present investigation was to isolated and characterized fungal species resistant to uranium from soil, water and sediment from Osamu Utsumi uranium mine and evaluated the uranium removal capacity from these microorganisms. The pH of the water samples was between 3.16 and 3.48. The uranium concentration from the samples was 58 to 268 mg/kg (soil), 1.05 to 4.46 mg/L (water) and 283 to 488 mg/kg (sediment). The mean water activity (Wa) of the soil samples was 0.98. From the samples, 57 fungi were isolated, with Penicillium being the most frequent species. In the tolerance tests, 38% (22) of the fungal isolates were considered tolerant to uranium, with emphasis on 5 Penicillium piscarium isolates. The mycelial growth rate revealed growth of 48 fungi at high concentrations of uranium tested (2000mg/L). Minimal inhibitory concentration (MIC) analysis showed growth of 25 fungi at concentrations of 8000 mg/L. Biosorption tests with live fungal biomass showed that 11 species were considered as having high potential for bioremediation of the uranium. When comparing the resistance/tolerance tests with uranium biosorption capacity, we concluded that the fungi isolated from the Osamu Utsumi mine with the best potential for uranium bioremediation were Gongronella butleri, Penicillium piscarium, Penicillium citrinum, Penicillium ludwigii, Talaromyces amestolkiae.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCorrea, BeneditoCoelho, Ednei da Assunção Antunes2019-07-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42132/tde-09122021-104030/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-12-09T13:00:23Zoai:teses.usp.br:tde-09122021-104030Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-12-09T13:00:23Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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