A vida cotidiana de mulheres com obesidade: a percepção da saúde e do funcionamento ocupacional
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-30102008-152217/ |
Resumo: | As causas e conseqüências da obesidade têm sido amplamente discutidas, por ser um grave problema de saúde pública, sendo responsável por vários graus de incapacidades na vida cotidiana, tratamentos de custo elevado e com pouco sucesso a longo prazo e por estar associada a altas taxas de morbidade e de mortalidade. Esta pesquisa objetiva investigar a influência da obesidade na percepção da saúde e do desempenho ocupacional de mulheres. A população estudada foi composta por 45 mulheres, com idade variando entre 18 a 60 anos e escolaridade entre a 4ª e 8ª série do ensino fundamental, estratificadas em três grupos de mesmo tamanho: o grupo A, por mulheres com obesidade grau I ou leve (IMC:30 34,9 kg/m2), o grupo B por mulheres com obesidade grau III ou mórbida (IMC: ³ 40 kg/m2) e o grupo C por mulheres não obesas (IMC: 20-24,9 kg/m2). As mulheres dos grupos A e C se originaram do Núcleo de Saúde da Família 1 e as do grupo B, do Ambulatório de Distúrbio da Conduta Alimentar do Hospital das Clínicas, ambos da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Os dados foram coletados no período de 04 de fevereiro a 24 de julho de 2003, através da auto-aplicação de três questionários: um estruturado para caracterização de dados sócio-demográficos, outro foi a versão em português do instrumento de avaliação de qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-100) e o terceiro foi o denominado Auto Avaliação do Funcionamento Ocupacional (SAOF). Os instrumento utilizados, o WHOQOL e o SAOF, mostraram-se úteis e apropriados para a investigação da influência da obesidade na percepção da saúde e do desempenho ocupacional de mulheres Os resultados indicaram que mesmo as mulheres com obesidade leve já apresentam dificuldades no trabalho, insatisfação com sua aparência, problemas nas relações sociais, dificuldades na realização e participação nas atividades da vida cotidiana. Em se tratando de mulheres com obesidade mórbida, a ausência ou desorganização nas atividades que sustentam o cotidiano, mostraram-se fortemente acentuadas, caracterizando-as como excluídas das atividades sociais. Este fato pode ser atribuído às limitações físicas, emocionais e nas relações pessoais, observadas neste estudo e ressaltadas na literatura. Considerando que o fazer do sujeito sustenta a construção de seu cotidiano, pode-se pensar que a assistência em terapia ocupacional, pode contribuir para o resgate das capacidades e habilidades perdidas com o ganho de peso ou não desenvolvidas ao longo da vida, para a aquisição de uma postura ativa, criativa e independente, para a ampliação das relações sociais e para a possibilidade de vivenciar outras satisfações além da comida. |
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A vida cotidiana de mulheres com obesidade: a percepção da saúde e do funcionamento ocupacionalA vida cotidiana de mulheres com obesidade: a percepção da saúde e do funcionamento ocupacional.Cotidianodaily life routineObesidadeObesityoccupational therapyTerapia OcupacionalAs causas e conseqüências da obesidade têm sido amplamente discutidas, por ser um grave problema de saúde pública, sendo responsável por vários graus de incapacidades na vida cotidiana, tratamentos de custo elevado e com pouco sucesso a longo prazo e por estar associada a altas taxas de morbidade e de mortalidade. Esta pesquisa objetiva investigar a influência da obesidade na percepção da saúde e do desempenho ocupacional de mulheres. A população estudada foi composta por 45 mulheres, com idade variando entre 18 a 60 anos e escolaridade entre a 4ª e 8ª série do ensino fundamental, estratificadas em três grupos de mesmo tamanho: o grupo A, por mulheres com obesidade grau I ou leve (IMC:30 34,9 kg/m2), o grupo B por mulheres com obesidade grau III ou mórbida (IMC: ³ 40 kg/m2) e o grupo C por mulheres não obesas (IMC: 20-24,9 kg/m2). As mulheres dos grupos A e C se originaram do Núcleo de Saúde da Família 1 e as do grupo B, do Ambulatório de Distúrbio da Conduta Alimentar do Hospital das Clínicas, ambos da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Os dados foram coletados no período de 04 de fevereiro a 24 de julho de 2003, através da auto-aplicação de três questionários: um estruturado para caracterização de dados sócio-demográficos, outro foi a versão em português do instrumento de avaliação de qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-100) e o terceiro foi o denominado Auto Avaliação do Funcionamento Ocupacional (SAOF). Os instrumento utilizados, o WHOQOL e o SAOF, mostraram-se úteis e apropriados para a investigação da influência da obesidade na percepção da saúde e do desempenho ocupacional de mulheres Os resultados indicaram que mesmo as mulheres com obesidade leve já apresentam dificuldades no trabalho, insatisfação com sua aparência, problemas nas relações sociais, dificuldades na realização e participação nas atividades da vida cotidiana. Em se tratando de mulheres com obesidade mórbida, a ausência ou desorganização nas atividades que sustentam o cotidiano, mostraram-se fortemente acentuadas, caracterizando-as como excluídas das atividades sociais. Este fato pode ser atribuído às limitações físicas, emocionais e nas relações pessoais, observadas neste estudo e ressaltadas na literatura. Considerando que o fazer do sujeito sustenta a construção de seu cotidiano, pode-se pensar que a assistência em terapia ocupacional, pode contribuir para o resgate das capacidades e habilidades perdidas com o ganho de peso ou não desenvolvidas ao longo da vida, para a aquisição de uma postura ativa, criativa e independente, para a ampliação das relações sociais e para a possibilidade de vivenciar outras satisfações além da comida.The causes and consequences of obesity are largely debated, because it is a serious public health problem, being responsible by several degrees of disabilities in daily life, high cost treatments and with poor success in the long range and due to be associated with high rates of morbidity and mortality. This survey was designed to investigate the influence of obesity in the health perception and occupational functioning of women. The study population was composed by 45 women aged 18 to 60 years, and with educational level between the 4th and 8th year of the elementary school. They were stratified in three equal sized groups: the group A, by women with obesity class I (BMI: 30-34.9 kg/m2), the group B, by women with obesity class III or morbid (BMI: ³ 40 kg/m2), and the group C, by non-obese women (BMI: 20-24.9 kg/m2). Women from groups A and C came from the Núcleo de Saúde da Familia 1; those for group B, from the Ambulatório de Distúrbio da Conduta Alimentar of the University Hospital, both from the Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo. Data were collected from February 4 to July 24, 2003 through the application of three self responded questionnaires: one structured to characterize socio-demographic conditions, other was the Portuguese version of the instrument developed by the World Health Organization to evaluate the quality of life (WHOQOL-100) , and the third was the Self Assessment of Occupational Functioning (SAOF). The employed instruments (WHOQOL-100 and SAOF) showed to be useful and appropriated to investigate the influence of obesity in the health perception and occupational functioning of women. Results indicated that even women with obesity class I already have difficulties in their work, are not satisfied with their appearance, have problems in their personal relationships and difficulties in performing and in the participation of daily activities. Among women with morbid obesity, the absence or disarrangement of the activities supporting daily life are strongly marked. This fact could be due to physical, emotional and social limitations observed in this study and emphasized in the literature. The results pointed out that the occupational therapy, which an has area of knowledge and techniques that could help in decreasing the stress from the restrictive treatment; in the rescue of capacities and abilities lost with the weight gain or not developed during the life, in the acquisition of an active, creative and independent attitude and in the possibility to live other satisfactions besides eating, can be useful in the treatment of persons with obesity.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFranco, Laercio JoelMorais, Luciene Vaccaro de2004-02-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-30102008-152217/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-22T12:21:03Zoai:teses.usp.br:tde-30102008-152217Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-22T12:21:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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