Evolução clínica de recém-nascidos de mães com COVID-19 no momento do parto em hospital terciário no Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-16112023-123459/ |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Dados limitados estão disponíveis em gestantes com COVID-19 e seus neonatos. OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo descrever as características clínicas e a evolução do nascimento até a alta de recém-nascidos de mulheres com COVID-19 diagnosticado no final da gravidez. MÉTODOS: Trata-se de uma coorte retrospectiva de 71 recém-nascidos. Foram incluídos todos os recém-nascidos admitidos em uma unidade neonatal de um hospital terciário no Brasil, entre março de 2020 e março de 2021, cujas mães não vacinadas tiveram sintomas de COVID-19 e RT-PCR (Real-Time Polymerase Chain Reaction) para SARS-CoV-2 positivo até quatorze dias antes do parto. Recém-nascidos de mães com sintomas de COVID-19 e teste negativo para SARS-CoV-2 foram excluídos da amostra. RESULTADOS: A principal via de parto das gestantes foi a cesárea (84,5%), cujas principais indicações foram: gravidade da doença materna (COVID-19 crítica, em 24,6% das gestantes) e sofrimento fetal agudo (20,3%). O peso médio ao nascer foi de 2452 gramas (mínimo=580 g, máximo=3870 g) e a idade gestacional média foi de 34 semanas e 5 dias (mínimo=25 semanas, máximo=40 semanas). Houve 45 (63,3%) recémnascidos pré-termo, dos quais 21 (29,5%) tinham idade gestacional inferior a 32 semanas. O RT-PCR para SARS-CoV-2 através de swab de orofaringe foi positivo em dois (2,8%) recém-nascidos e negativo em 69 (97,2%). A maioria dos recém-nascidos (51,4%) recebeu suporte respiratório. Outras intervenções terapêuticas durante a hospitalização foram inotrópicos (9,9%), antibióticos (22,8%), nutrição parenteral (26,8%) e fototerapia (46,5%). CONCLUSÕES: A morbidade de 71 RN de mães não vacinadas com diagnóstico de COVID-19 próximo ao momento do parto foi elevada, bem como as taxas de prematuridade e de baixo peso ao nascer. Houve necessidade frequente de cuidados intensivos, com taxa de mortalidade de 2,8%. A positividade do teste RT-PCR para SARS-CoV-2 em swab de orofaringe no RN foi baixa |
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Evolução clínica de recém-nascidos de mães com COVID-19 no momento do parto em hospital terciário no BrasilClinical characteristics and evolution of 71 neonates born to mothers with COVID-19 at a tertiary center in BrazilBrasilBrazilCOVID-19COVID-19InfantNeonatologiaNeonatologyRecém-nascidoINTRODUÇÃO: Dados limitados estão disponíveis em gestantes com COVID-19 e seus neonatos. OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo descrever as características clínicas e a evolução do nascimento até a alta de recém-nascidos de mulheres com COVID-19 diagnosticado no final da gravidez. MÉTODOS: Trata-se de uma coorte retrospectiva de 71 recém-nascidos. Foram incluídos todos os recém-nascidos admitidos em uma unidade neonatal de um hospital terciário no Brasil, entre março de 2020 e março de 2021, cujas mães não vacinadas tiveram sintomas de COVID-19 e RT-PCR (Real-Time Polymerase Chain Reaction) para SARS-CoV-2 positivo até quatorze dias antes do parto. Recém-nascidos de mães com sintomas de COVID-19 e teste negativo para SARS-CoV-2 foram excluídos da amostra. RESULTADOS: A principal via de parto das gestantes foi a cesárea (84,5%), cujas principais indicações foram: gravidade da doença materna (COVID-19 crítica, em 24,6% das gestantes) e sofrimento fetal agudo (20,3%). O peso médio ao nascer foi de 2452 gramas (mínimo=580 g, máximo=3870 g) e a idade gestacional média foi de 34 semanas e 5 dias (mínimo=25 semanas, máximo=40 semanas). Houve 45 (63,3%) recémnascidos pré-termo, dos quais 21 (29,5%) tinham idade gestacional inferior a 32 semanas. O RT-PCR para SARS-CoV-2 através de swab de orofaringe foi positivo em dois (2,8%) recém-nascidos e negativo em 69 (97,2%). A maioria dos recém-nascidos (51,4%) recebeu suporte respiratório. Outras intervenções terapêuticas durante a hospitalização foram inotrópicos (9,9%), antibióticos (22,8%), nutrição parenteral (26,8%) e fototerapia (46,5%). CONCLUSÕES: A morbidade de 71 RN de mães não vacinadas com diagnóstico de COVID-19 próximo ao momento do parto foi elevada, bem como as taxas de prematuridade e de baixo peso ao nascer. Houve necessidade frequente de cuidados intensivos, com taxa de mortalidade de 2,8%. A positividade do teste RT-PCR para SARS-CoV-2 em swab de orofaringe no RN foi baixaINTRODUCTION: Limited data is available on pregnant women with COVID-19 and their neonates. This study aims to describe the clinical characteristics and evolution of neonates born to women diagnosed with COVID-19 near the time of delivery. METHODS: This is a retrospective cohort study of 71 newborns. The authors included all newborns admitted to a neonatal unit of a tertiary hospital in Brazil between March 2020 and March 2021, whose unvaccinated mothers had COVID-19 symptoms and RT-PCR (Real-Time Polymerase Chain Reaction) within fourteen days prior to delivery. Newborns born to mothers with COVID-19 symptoms and negative tests for SARS-CoV-2 were excluded. RESULTS: The main route of delivery was cesarean, corresponding to 60 pregnant women (84.5%). The foremost indications for cesarean were critical maternal disease (24.6%) and acute fetal distress (20.3%). The mean birth weight was 2452 g (minimum=580, maximum=3870 g), and the mean gestational age was 34 weeks and 4 days (minimum= 25 weeks, maximum=40 weeks). There were 45 premature newborns (63.3%), of which 21 (29.5%) had a gestational age of less than 32 weeks. RT-PCR for SARS-CoV-2 on oropharyngeal swabs was positive in 2 newborns (2.8%) and negative in the other 69 newborns (97.2%). Most newborns (51.4%) required respiratory support. Therapeutic interventions during hospitalization included inotropic drugs (9.9%), antibiotics (22.8%), parenteral nutrition (26.8%), and phototherapy (46.5%). CONCLUSIONS: The morbidity of 71 newborn to non-vaccinates mothers diagnosed with COVID-19 near the time of delivery was high, as well as the rates of prematurity and low birth weight. There was a frequent need for intensive care, with a mortality rate of 2.8%. The positivity of the RT-PCR test for SARS-CoV-2 in oropharyngeal swab samples from newborns was lowBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPKrebs, Vera Lúcia JornadaDuarte, Bruna de Paula2023-08-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-16112023-123459/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-11-23T18:10:03Zoai:teses.usp.br:tde-16112023-123459Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-11-23T18:10:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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