Peter Sloterdijk: virada imunológica e analítica do lugar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-09062017-121329/ |
Resumo: | No Brasil, ainda são poucos os estudos sobre o pensamento do filósofo alemão Peter Sloterdijk, que é, certamente, o maior herdeiro da linhagem filosófica de Friedrich Nietzsche e Martin Heidegger. Um herdeiro heterodoxo, que, mantendo o pensar no mesmo patamar de seus mestres, os corrige e desafia. Esta tese, que privilegia a discussão de Sloterdijk com Heidegger, apresenta resumidamente o Projeto Esferas, composto por três volumes (Esferas I, II e II), e sugere que esta obra representa uma virada paradigmática com consequências muito férteis e desafiadoras para a filosofia contemporânea. O fio condutor da leitura empreendida é a ideia dos receptáculos conformadores de mundo e a apresentação sucessiva das principais morfologias (Bolha, Globo, Espuma), que correspondem a cada um dos volumes dessa trilogia, e respondem à pergunta: onde estamos quando estamos no mundo?. Se a microesferologia equivale a uma analítica do lugar íntimo (Bolha), problematizadora do ponto de partida da psicanálise tradicional, a macroesferologia (Globo) procura desvendar a forma do mundo na era metafísica. Já a dissolução da superimunidade ideal e a correlata crise da forma política imperial abrem o campo da modernidade como uma era na qual o onde é esclarecido pela forma da espuma. A analítica da espuma, enquanto ontologia de nós mesmos (pois somos onde estamos!), oferece um diagnóstico relevante do nosso lugar atual: o palácio de cristal e suas imunidades técnicas, a residência na superinstalação do interior capitalista. |
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