Impacto das crises convulsivas reflexas no sistema reprodutor de fêmeas da cepa Wistar audiogenic rats

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Matheus Credendio Eiras
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/T.17.2022.tde-10022023-174306
Resumo: Com uma distribuição relativamente homogênea, a síndrome dos ovários policísticos (SOP) afeta de 5-20% das mulheres em todo o mundo, sendo a principal causa de infertilidade anovulatória. Para o estudo dessa síndrome, a criação de modelos animais torna-se uma importante ferramenta. Tem sido relatada uma relação entre a epilepsia e a presença de SOP, uma vez que 40% das mulheres com epilepsia apresentam a síndrome. De maneira semelhante, modelos animais de crises convulsivas também apresentam características típicas da SOP. Sabendo dessa relação, foram utilizados animas sensíveis a crises convulsivas audiogênicas (WAR) para o desenvolvimento de um novo modelo animal de SOP. Em um primeiro experimento, fêmeas Wistar (n=10) e WAR (n=13) foram submetidas a um protocolo de estímulos acústicos (110-120 dB) por 1 minuto, duas vezes por dia, durante 10 dias. Controles sham Wistar (n=12) e WAR (n=12) também foram utilizados. O ciclo estral das fêmeas foi acompanhado pré, pós e durante o experimento, totalizando um período de 30 dias, e os ovários foram coletados e analisados para a verificação da presença de cistos. As Wistar não exibiram nenhuma crise convulsiva, no entanto, 40% dos animais do grupo experimental apresentaram um pequeno prolongamento no ciclo estral (3 dias em diestro), 20% uma longa parada no ciclo (10 dias em diestro), enquanto os outros 40% não exibiram alterações. Nas Wistar controle, 83,3% não apresentaram alterações no ciclo, 8,3% apresentaram um pequeno prolongamento (3 dias em diestro) e 8,3% uma longa parada (10 dias em diestro). Não houve diferença no número de cistos ovarianos entre as Wistar estimuladas (1,9 cistos/ovário) e suas controles (2,5 cistos/ovário) (p=0,41). Por outro lado, as WAR do grupo experimental exibiram crises convulsivas robustas, e 100% das fêmeas apresentaram uma longa parada no ciclo estral (10-15 dias em diestro), enquanto no grupo controle, 83,3% das fêmeas não apresentaram alterações e 16,6% apresentaram prolongamento do ciclo. Não houve diferença no número de cistos ovarianos entre as WAR estimuladas (2,64 cistos/ovário) e suas controles (2,36 cistos/ovário) (p=0,73). Para verificar se a duração da parada do ciclo (≈12 dias) estava relacionada ao tempo dos estímulos acústicos (10 dias), foi realizado um segundo experimento, no qual as WAR foram estimuladas por apenas 3 dias (dois estímulos de 1 minuto por dia), com um grupo iniciando no estro (n=11) e outro no metaestro (n=11). Também foram utilizados controles-sham para cada um dos grupos (n=14, 7 por grupo). No grupo das WAR estimuladas a partir do estro, 36,4% não apresentaram alterações no ciclo, 18,2% apresentaram um pequeno prolongamento no ciclo (3 dias em diestro) e 45,4% uma longa parada em diestro (10-12 dias). Nem todas as fêmeas desse grupo exibiram crises convulsivas, e a parada ou não do ciclo pode estar relacionada a esse fato. No respectivo grupo controle nenhuma fêmea apresentou alterações no ciclo. Já nas WAR estimuladas a partir do metaestro todos os animais exibiram crises convulsiva, e 36,4% não apresentaram alterações no ciclo, 9% apresentaram um pequeno prolongamento do ciclo (4 dias em diestro) e 54,6% uma longa parada em diestro (6-16 dias). No respectivo grupo controle 85,7% das fêmeas não apresentaram alterações no ciclo e 14,3% apresentaram um pequeno prolongamento (3 dias em diestro). Assim, nota-se uma consistência no intervalo de interrupção do ciclo (≈12 dias), que não depende da quantidade de dias de estímulos acústicos. A hipótese mais provável é de que essas fêmeas estejam entrando no estado de pseudoprenhez, um fenómeno não patológico caracterizado pelo resgate do corpo lúteo dos roedores. Dessa forma, não é possível considerar essa interrupção no ciclo como equivalente à encontrada em mulheres com SOP, somado a isso, a ausência no aumento de cistos ovarianos nos animais também demonstra que, nas condições testadas, a indução de crises convulsivas audiogênicas não é um bom método para o desenvolvimento de um modelo murino de SOP.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis Impacto das crises convulsivas reflexas no sistema reprodutor de fêmeas da cepa Wistar audiogenic rats Impact of reflex seizures on the reproductive system of Wistar audiogenic rats strain females 2022-10-20Rosana Maria dos ReisCristiana Libardi Miranda FurtadoAna Carolina Japur de Sá Rosa e SilvaDeborah SucheckiGuillermo Andrey Ariza TraslaviñaMatheus Credendio EirasUniversidade de São PauloMedicina (Ginecologia e Obstetrícia)USPBR Animal model Ciclo estral Estrous cycle Modelo animal Polycystic ovary syndrome Pseudopregnancy Pseudoprenhez Síndrome dos ovários policísticos Wistar audiogenic rat Wistar audiogenic rat Com uma distribuição relativamente homogênea, a síndrome dos ovários policísticos (SOP) afeta de 5-20% das mulheres em todo o mundo, sendo a principal causa de infertilidade anovulatória. Para o estudo dessa síndrome, a criação de modelos animais torna-se uma importante ferramenta. Tem sido relatada uma relação entre a epilepsia e a presença de SOP, uma vez que 40% das mulheres com epilepsia apresentam a síndrome. De maneira semelhante, modelos animais de crises convulsivas também apresentam características típicas da SOP. Sabendo dessa relação, foram utilizados animas sensíveis a crises convulsivas audiogênicas (WAR) para o desenvolvimento de um novo modelo animal de SOP. Em um primeiro experimento, fêmeas Wistar (n=10) e WAR (n=13) foram submetidas a um protocolo de estímulos acústicos (110-120 dB) por 1 minuto, duas vezes por dia, durante 10 dias. Controles sham Wistar (n=12) e WAR (n=12) também foram utilizados. O ciclo estral das fêmeas foi acompanhado pré, pós e durante o experimento, totalizando um período de 30 dias, e os ovários foram coletados e analisados para a verificação da presença de cistos. As Wistar não exibiram nenhuma crise convulsiva, no entanto, 40% dos animais do grupo experimental apresentaram um pequeno prolongamento no ciclo estral (3 dias em diestro), 20% uma longa parada no ciclo (10 dias em diestro), enquanto os outros 40% não exibiram alterações. Nas Wistar controle, 83,3% não apresentaram alterações no ciclo, 8,3% apresentaram um pequeno prolongamento (3 dias em diestro) e 8,3% uma longa parada (10 dias em diestro). Não houve diferença no número de cistos ovarianos entre as Wistar estimuladas (1,9 cistos/ovário) e suas controles (2,5 cistos/ovário) (p=0,41). Por outro lado, as WAR do grupo experimental exibiram crises convulsivas robustas, e 100% das fêmeas apresentaram uma longa parada no ciclo estral (10-15 dias em diestro), enquanto no grupo controle, 83,3% das fêmeas não apresentaram alterações e 16,6% apresentaram prolongamento do ciclo. Não houve diferença no número de cistos ovarianos entre as WAR estimuladas (2,64 cistos/ovário) e suas controles (2,36 cistos/ovário) (p=0,73). Para verificar se a duração da parada do ciclo (≈12 dias) estava relacionada ao tempo dos estímulos acústicos (10 dias), foi realizado um segundo experimento, no qual as WAR foram estimuladas por apenas 3 dias (dois estímulos de 1 minuto por dia), com um grupo iniciando no estro (n=11) e outro no metaestro (n=11). Também foram utilizados controles-sham para cada um dos grupos (n=14, 7 por grupo). No grupo das WAR estimuladas a partir do estro, 36,4% não apresentaram alterações no ciclo, 18,2% apresentaram um pequeno prolongamento no ciclo (3 dias em diestro) e 45,4% uma longa parada em diestro (10-12 dias). Nem todas as fêmeas desse grupo exibiram crises convulsivas, e a parada ou não do ciclo pode estar relacionada a esse fato. No respectivo grupo controle nenhuma fêmea apresentou alterações no ciclo. Já nas WAR estimuladas a partir do metaestro todos os animais exibiram crises convulsiva, e 36,4% não apresentaram alterações no ciclo, 9% apresentaram um pequeno prolongamento do ciclo (4 dias em diestro) e 54,6% uma longa parada em diestro (6-16 dias). No respectivo grupo controle 85,7% das fêmeas não apresentaram alterações no ciclo e 14,3% apresentaram um pequeno prolongamento (3 dias em diestro). Assim, nota-se uma consistência no intervalo de interrupção do ciclo (≈12 dias), que não depende da quantidade de dias de estímulos acústicos. A hipótese mais provável é de que essas fêmeas estejam entrando no estado de pseudoprenhez, um fenómeno não patológico caracterizado pelo resgate do corpo lúteo dos roedores. Dessa forma, não é possível considerar essa interrupção no ciclo como equivalente à encontrada em mulheres com SOP, somado a isso, a ausência no aumento de cistos ovarianos nos animais também demonstra que, nas condições testadas, a indução de crises convulsivas audiogênicas não é um bom método para o desenvolvimento de um modelo murino de SOP. With a relatively homogeneous distribution, polycystic ovary syndrome (PCOS) affects 5-20% of women worldwide, being the main cause of anovulatory infertility. For the study of this syndrome, the creation of animal models becomes an important tool. It is known that there is a close relationship between epilepsy and the presence of PCOS, since 40% of women with epilepsy have the syndrome. Similarly, animal models of seizures also show typical features of PCOS. Knowing this relationship, animals sensitive to audiogenic seizures (WAR) were used to develop a new animal model of PCOS. In the first experiment, Wistar (n=10) and WAR (n=13) animals were submitted to a protocol of acoustic stimuli (110-120 dB) for 1 minute, twice a day, for 10 days. Sham Wistar (n=12) and WAR (n=12) controls were also used. The estrous cycle of the animals was monitored before, after and during the experiment (30 days) and the ovaries were collected and analyzed to verify the presence of cysts. The Wistars did not show any seizures, however, 40% of the animals in the experimental group showed a small prolongation of the estrous cycle (3 days in diestrus), 20% presented a long stop in the cycle (10 days in diestrus), while the others 40% showed no changes. In relation to the Wistar control, 83.3% of the animals did not show alterations in the cycle, while 8.3% presented a small prolongation (3 days in diestrus) and 8.3% a long period of cycle arrest (10 days in diestrus). There was no difference in the number of ovarian cysts between Wistars (1.9 cysts/ovary) and their controls (2.5 cysts/ovary) (p=0.41). On the other hand, the WAR of the experimental group presented robust convulsive crises, and 100% of the animals presented a long stop in the estrous cycle (10-15 days in diestrus), while in the control group, 83.3% of the animals did not present alterations and 16.6% showed a prolongation of the cycle. There was no difference in the number of ovarian cysts between the WAR (2.64 cysts/ovary) and their controls (2.36 cysts/ovary) (p=0.73). To verify if the duration of the cycle stop (≈12 days) was related to the time of the acoustic stimuli (10 days), a second experiment was carried out, in which the WAR was stimulated for only 3 days (two 1-minute stimuli per day), with a group starting at estrus (n=11) and another at metasestrus (n=11). Sham-controls were also used for each of the groups (n=14, 7 per group). In the group of WAR stimulated from estrus, 36.4% showed no changes in the cycle, 18.2% showed a small prolongation in the cycle (3 days in diestrus) and 45.4% had a long stop in diestrus (10- 12 days). Not all animals in this group had seizures, and whether the cycle was stopped may be related to this fact. In the respective control group, no animal showed changes in the cycle. On the other hand, in WAR stimulated from metaestrus, all animals had seizures, and 36.4% had no changes in the cycle, 9% had a small prolongation of the cycle (4 days in diestrus) and 54.6% had a long stop in diestrus (6-16 days). In the respective control group, 85.7% of the animals did not show changes in the cycle and 14.3% showed a small prolongation (3 days in diestrus). Thus, there is consistency in the cycle interruption interval (≈12 days), which does not depend on the number of days of acoustic stimuli. The most likely hypothesis is that these animals are entering the pseudopregnancy state, a non-pathological phenomenon characterized by the rescue of the corpus luteum of rodents. Thus, it is not possible to consider this interruption in the cycle as equivalent to that found in women with PCOS, in addition to this, the absence of an increase in ovarian cysts in the animals also demonstrates that, under the conditions tested, the induction of audiogenic seizures is not a good method for the development of a murine model of PCOS. https://doi.org/10.11606/T.17.2022.tde-10022023-174306info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T18:35:26Zoai:teses.usp.br:tde-10022023-174306Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-12-22T12:25:18.651416Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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description Com uma distribuição relativamente homogênea, a síndrome dos ovários policísticos (SOP) afeta de 5-20% das mulheres em todo o mundo, sendo a principal causa de infertilidade anovulatória. Para o estudo dessa síndrome, a criação de modelos animais torna-se uma importante ferramenta. Tem sido relatada uma relação entre a epilepsia e a presença de SOP, uma vez que 40% das mulheres com epilepsia apresentam a síndrome. De maneira semelhante, modelos animais de crises convulsivas também apresentam características típicas da SOP. Sabendo dessa relação, foram utilizados animas sensíveis a crises convulsivas audiogênicas (WAR) para o desenvolvimento de um novo modelo animal de SOP. Em um primeiro experimento, fêmeas Wistar (n=10) e WAR (n=13) foram submetidas a um protocolo de estímulos acústicos (110-120 dB) por 1 minuto, duas vezes por dia, durante 10 dias. Controles sham Wistar (n=12) e WAR (n=12) também foram utilizados. O ciclo estral das fêmeas foi acompanhado pré, pós e durante o experimento, totalizando um período de 30 dias, e os ovários foram coletados e analisados para a verificação da presença de cistos. As Wistar não exibiram nenhuma crise convulsiva, no entanto, 40% dos animais do grupo experimental apresentaram um pequeno prolongamento no ciclo estral (3 dias em diestro), 20% uma longa parada no ciclo (10 dias em diestro), enquanto os outros 40% não exibiram alterações. Nas Wistar controle, 83,3% não apresentaram alterações no ciclo, 8,3% apresentaram um pequeno prolongamento (3 dias em diestro) e 8,3% uma longa parada (10 dias em diestro). Não houve diferença no número de cistos ovarianos entre as Wistar estimuladas (1,9 cistos/ovário) e suas controles (2,5 cistos/ovário) (p=0,41). Por outro lado, as WAR do grupo experimental exibiram crises convulsivas robustas, e 100% das fêmeas apresentaram uma longa parada no ciclo estral (10-15 dias em diestro), enquanto no grupo controle, 83,3% das fêmeas não apresentaram alterações e 16,6% apresentaram prolongamento do ciclo. Não houve diferença no número de cistos ovarianos entre as WAR estimuladas (2,64 cistos/ovário) e suas controles (2,36 cistos/ovário) (p=0,73). Para verificar se a duração da parada do ciclo (≈12 dias) estava relacionada ao tempo dos estímulos acústicos (10 dias), foi realizado um segundo experimento, no qual as WAR foram estimuladas por apenas 3 dias (dois estímulos de 1 minuto por dia), com um grupo iniciando no estro (n=11) e outro no metaestro (n=11). Também foram utilizados controles-sham para cada um dos grupos (n=14, 7 por grupo). No grupo das WAR estimuladas a partir do estro, 36,4% não apresentaram alterações no ciclo, 18,2% apresentaram um pequeno prolongamento no ciclo (3 dias em diestro) e 45,4% uma longa parada em diestro (10-12 dias). Nem todas as fêmeas desse grupo exibiram crises convulsivas, e a parada ou não do ciclo pode estar relacionada a esse fato. No respectivo grupo controle nenhuma fêmea apresentou alterações no ciclo. Já nas WAR estimuladas a partir do metaestro todos os animais exibiram crises convulsiva, e 36,4% não apresentaram alterações no ciclo, 9% apresentaram um pequeno prolongamento do ciclo (4 dias em diestro) e 54,6% uma longa parada em diestro (6-16 dias). No respectivo grupo controle 85,7% das fêmeas não apresentaram alterações no ciclo e 14,3% apresentaram um pequeno prolongamento (3 dias em diestro). Assim, nota-se uma consistência no intervalo de interrupção do ciclo (≈12 dias), que não depende da quantidade de dias de estímulos acústicos. A hipótese mais provável é de que essas fêmeas estejam entrando no estado de pseudoprenhez, um fenómeno não patológico caracterizado pelo resgate do corpo lúteo dos roedores. Dessa forma, não é possível considerar essa interrupção no ciclo como equivalente à encontrada em mulheres com SOP, somado a isso, a ausência no aumento de cistos ovarianos nos animais também demonstra que, nas condições testadas, a indução de crises convulsivas audiogênicas não é um bom método para o desenvolvimento de um modelo murino de SOP.
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