Avaliação longitudinal, clínica e radiográfica, do processo de reparo dos tecidos periodontais marginais após cirurgia ressectiva de aumento de coroa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonzalez, Marly Kimie Sonohara
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25135/tde-21062007-092515/
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar clínica e radiograficamente a separação dos tecidos periodontais marginais em 30 dentes pré-molares, sem doença periodontal e com indicação cirúrgica para aumento de coroa com finalidade restauradora. A técnica cirúrgica executada consistiu de retalho total, osteotomia/osteoplastia para expor pelo menos de 3mm de estrutura dentária saudável, reposicionamento e sutura da margem do retalho coronal à crista óssea e apical ao término cervical. Na avaliação clínica, medidas de margem gengival (MG), nível de inserção relativo (NIR), junção mucogengival (JMG), espessura gengival, papila gengival; presença de placa bacteriana (PB) e sangramento gengival (IS) foram obtidas antes da cirurgia e repetidas nos períodos pós-operatórios de 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 12 meses. O uso de placa oclusal com pontos de referência fixos padronizou a localização da sonda periodontal nos sítios distal adjacente, mesial, vestibular (V), lingual (L), distal e mesial adjacente. Radiografias interproximais com posicionadores individuais foram padronizadas e realizadas antes e após cirurgia óssea, e nos períodos de 2, 3, 6 e 12 meses. Os resultados clínicos demonstraram: 1) redução significante de PB e IS aos 12 meses, exceto para sítios L; 2) nenhuma alteração significante em NIR e JMG durante período de reparação; 3) maior migração coronal da MG quanto maior a proximidade da margem do retalho pós-sutura em relação à crista óssea, para reformar a medida pré-cirúrgica do tecido gengival supraósseo (TGS); 4) nenhuma correlação entre espessura gengival e quantidade de migração da MG; 5) estabilização da MG nos sítios V e L a partir do 4º mês; 6) migração coronal significante da MG proximal com tendência à estabilização após 12 meses; e 7) alterações morfológicas do tecido gengival interdentário durante formação da papila gengival. Radiograficamente, lâmina dura intacta foi detectada em todas as cristas ósseas aos 12 meses, sem nenhuma alteração significante no nível ósseo durante período de reparação. Concluiu se que a estabilidade da MG foi alcançada mais rapidamente ao suturar a margem do retalho no nível ou próximo à medida pré-cirúrgica de TGS. Dessa forma, sugere-se a utilização da medida pré-cirúrgica de TGS como parâmetro clínico para estimar a quantidade de ressecção óssea a ser realizada, monitorar as alterações da MG e determinar e prever a sua futura posição estável, após cirurgia de aumento de coroa.
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Na avaliação clínica, medidas de margem gengival (MG), nível de inserção relativo (NIR), junção mucogengival (JMG), espessura gengival, papila gengival; presença de placa bacteriana (PB) e sangramento gengival (IS) foram obtidas antes da cirurgia e repetidas nos períodos pós-operatórios de 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 12 meses. O uso de placa oclusal com pontos de referência fixos padronizou a localização da sonda periodontal nos sítios distal adjacente, mesial, vestibular (V), lingual (L), distal e mesial adjacente. Radiografias interproximais com posicionadores individuais foram padronizadas e realizadas antes e após cirurgia óssea, e nos períodos de 2, 3, 6 e 12 meses. Os resultados clínicos demonstraram: 1) redução significante de PB e IS aos 12 meses, exceto para sítios L; 2) nenhuma alteração significante em NIR e JMG durante período de reparação; 3) maior migração coronal da MG quanto maior a proximidade da margem do retalho pós-sutura em relação à crista óssea, para reformar a medida pré-cirúrgica do tecido gengival supraósseo (TGS); 4) nenhuma correlação entre espessura gengival e quantidade de migração da MG; 5) estabilização da MG nos sítios V e L a partir do 4º mês; 6) migração coronal significante da MG proximal com tendência à estabilização após 12 meses; e 7) alterações morfológicas do tecido gengival interdentário durante formação da papila gengival. Radiograficamente, lâmina dura intacta foi detectada em todas as cristas ósseas aos 12 meses, sem nenhuma alteração significante no nível ósseo durante período de reparação. Concluiu se que a estabilidade da MG foi alcançada mais rapidamente ao suturar a margem do retalho no nível ou próximo à medida pré-cirúrgica de TGS. Dessa forma, sugere-se a utilização da medida pré-cirúrgica de TGS como parâmetro clínico para estimar a quantidade de ressecção óssea a ser realizada, monitorar as alterações da MG e determinar e prever a sua futura posição estável, após cirurgia de aumento de coroa.The aim of this study was to clinically and radiographically investigate the repair of marginal periodontal tissues in 30 premolars without periodontal disease and with surgical indication for crown lengthening for restorative purposes. The surgical technique comprised total flap, osteotomy/osteoplasty to expose at least 3mm of healthy tooth structure, and flap margin repositioning and suturing coronal to the bone crest and apical to the restorative margin. Clinical evaluation comprised measurements of gingival margin (GM), relative attachment level (RAL), mucogingival junction (MGJ), gingival thickness and gingival papilla; the presence of dental plaque (DP) and gingival bleeding (GB) was assessed before surgery and re-assessed at 1, 2, 3, 4, 5, 6 and 12 months postoperatively. An occlusal plate with fixed reference points was used to standardize the position of the periodontal probe at the adjacent distal, mesial, buccal (B), lingual (L), distal and adjacent mesial sites. Bite-wing radiographs with individual film holders were standardized and obtained before and after bone surgery and at 2, 3, 6 and 12 months. The clinical results revealed the following: 1) significant reduction in DP and GB at 12 months, except for L sites; 2) no significant alteration in RAL and MGJ during the repair period; 3) greater coronal migration of the GM when the flap margin was closer to the bone crest after suture, for reformation of the dimension of the supracrestal gingival tissue (SGT); 4) no correlation between gingival thickness and the amount of migration of the GM; 5) stabilization of the GM at the B and L sites after the fourth month; 6) significant coronal migration of the proximal GM with tendency to stabilization after 12 months, and 7) morphological alterations of the interdental gingival tissue during formation of the gingival papilla. Radiographically, the lamina dura was intact in all bone crests at 12 months, with no significant alteration in the bone level during the repair period. It was concluded that an earlier marginal tissue stability was achieved when the post-suturing flap margin was placed at, or closer to the presurgical dimension of the SGT. Therefore, it suggests that presurgical dimension of the SGT can be used as a clinical parameter to estimate the amount of osseous resection required, monitor the changes of the GM, and establish and predict the future stable position of the GM, following crown lengthening surgery.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGreghi, Sebastiao Luiz AguiarGonzalez, Marly Kimie Sonohara2006-08-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25135/tde-21062007-092515/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:51Zoai:teses.usp.br:tde-21062007-092515Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:51Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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