Avaliação tomográfica pós cirurgia ortognática de mandíbula: técnica lingual short split

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Denis Pimenta e
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25151/tde-09122021-084642/
Resumo: A osteotomia sagital mandibular é técnica consagrada e de uso reconhecido em cirurgia ortognática. Ao longo dos anos esta técnica vem sofrendo modificações em seu desenho visando a melhoria das condições transoperatórias e principalmente pós-operatórias. Muitas modificações foram benéficas e solucionaram problemas anteriores, em especial relativos a estabilidade, ao aumento de interposição óssea entre os cotos fraturados, melhorias na osteosíntese, tentativa de diminuição da parestesia pós-operatória e possibilidades de execução exclusivamente por via intra-oral, com menores sequelas, melhorias estéticas e retorno funcional precoce. A técnica lingual short Split é nova proposta técnica que apresenta uma modificação importante no desenho da osteotomia lingual, mais curta e abaixo da língula, apresentando menores riscos de fraturas indevidas, fragmentações, interferências ósseas transcirúrgicas, danos ao nervo alveolar inferior após a osteotomia e reposicionamento mandibular e maior estabilidade da ATM (articulação temporomandibular), mantendo a bainha pterigo massetérica inserida. Por anos as radiografias extra bucais eram a única maneira de se verificar os traçados de fratura destas cirurgias, sendo que o traço lingual era praticamente impossível de ser avaliado. Recentemente, as tomografias computadorizadas, em especial as volumétricas do tipo cone beam e com reconstrução tridimensional permitiram avaliação mais criteriosa nos desenhos das fraturas cirúrgicas, possibilitando avaliar o desenho e os resultados pósoperatórios, permitindo uma visualização muito mais precisa. Este trabalho avaliou de forma prospectiva 30 tomografias computadorizadas de feixe cônico de pacientes operados pela técnica Lingual Short Split através de tomografias e reconstruções tridimensionais (60 osteotomias), analisando os aspectos relativos a direção e trajeto da osteotomia por lingual e comparando com estudos anteriores. Das tomografias avaliadas, 44 ou 73,33% da amostra foram do tipo 1, 11 ou 18,33% do tipo 2, 4 ou 6,66% do tipo 3 e 1 ou 1,66% do tipo 4. O tipo 1 e 2 tem desenho e comportamento do traço muito semelhante a descrição técnica original e o tipo 3 apresentou variação sem comprometimento da osteotomia sagital. Nenhuma tomografia mostrou perda de osteosintese ou outra complicação e apenas 1 caso, classificado como tipo 4, teve pequena fragmentação óssea do desenho original em sua basal. Concluímos que a técnica é previsível, sem variáveis estatísticas significantes para fraturas indevidas por lingual e com traçado podendo ser bem visualizado no pós-cirúrgico pela metodologia utilizada. É necessário correlacionar esta previsibilidade com eventuais melhorias clínicas, em especial a parestesia.
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A técnica lingual short Split é nova proposta técnica que apresenta uma modificação importante no desenho da osteotomia lingual, mais curta e abaixo da língula, apresentando menores riscos de fraturas indevidas, fragmentações, interferências ósseas transcirúrgicas, danos ao nervo alveolar inferior após a osteotomia e reposicionamento mandibular e maior estabilidade da ATM (articulação temporomandibular), mantendo a bainha pterigo massetérica inserida. Por anos as radiografias extra bucais eram a única maneira de se verificar os traçados de fratura destas cirurgias, sendo que o traço lingual era praticamente impossível de ser avaliado. Recentemente, as tomografias computadorizadas, em especial as volumétricas do tipo cone beam e com reconstrução tridimensional permitiram avaliação mais criteriosa nos desenhos das fraturas cirúrgicas, possibilitando avaliar o desenho e os resultados pósoperatórios, permitindo uma visualização muito mais precisa. Este trabalho avaliou de forma prospectiva 30 tomografias computadorizadas de feixe cônico de pacientes operados pela técnica Lingual Short Split através de tomografias e reconstruções tridimensionais (60 osteotomias), analisando os aspectos relativos a direção e trajeto da osteotomia por lingual e comparando com estudos anteriores. Das tomografias avaliadas, 44 ou 73,33% da amostra foram do tipo 1, 11 ou 18,33% do tipo 2, 4 ou 6,66% do tipo 3 e 1 ou 1,66% do tipo 4. O tipo 1 e 2 tem desenho e comportamento do traço muito semelhante a descrição técnica original e o tipo 3 apresentou variação sem comprometimento da osteotomia sagital. Nenhuma tomografia mostrou perda de osteosintese ou outra complicação e apenas 1 caso, classificado como tipo 4, teve pequena fragmentação óssea do desenho original em sua basal. Concluímos que a técnica é previsível, sem variáveis estatísticas significantes para fraturas indevidas por lingual e com traçado podendo ser bem visualizado no pós-cirúrgico pela metodologia utilizada. É necessário correlacionar esta previsibilidade com eventuais melhorias clínicas, em especial a parestesia.Mandibular sagittal osteotomy is a well-established technique and is recognized for use in orthognathic surgery. Over the years, this technique has undergone changes in its design aimed at improving intraoperative and especially postoperative conditions. Many modifications were beneficial and solved previous problems, especially regarding stability, increased bone interposition between the fractured stumps, improvements in osteosynthesis, an attempt to reduce postoperative paresthesia and possibilities of execution exclusively intraorally, with smaller sequelae, aesthetic improvements and early functional return. The lingual short split technique is a new technical proposal that presents an important modification in the design of the lingual osteotomy, shorter and below the lingula, presenting less risk of undue fractures, fragmentation, trans-surgical bone interference, damage to the inferior alveolar nerve after osteotomy and mandibular repositioning and greater stability of the TMJ (temporomandibular joint), keeping the masseteric pterygo sheath inserted. For years, extraoral radiographs were the only way to verify fracture tracings in these surgeries, and the lingual line was practically impossible to assess. Recently, computed tomography, especially volumetric cone-beam and with three-dimensional reconstruction, allowed a more careful assessment of the designs of surgical fractures, enabling the assessment of the design and postoperative results, allowing for a much more accurate visualization. This study prospectively evaluated 30 cone beam computed tomographies of patients operated by the Lingual Short Split technique through tomography and three-dimensional reconstructions (60 osteotomies), analyzing the aspects related to the direction and trajectory of the osteotomy by lingual and comparing it with previous studies. Of the tomographies evaluated, 44 or 73.33% of the sample were type 1, 11 or 18.33% of type 2, 4 or 6.66% of type 3 and 1 or 1.66% of type 4. Type 1 and 2 has a trace design and behavior very similar to the original technical description, and type 3 showed variation without compromising the sagittal osteotomy. No tomography showed loss of osteosynthesis or other complication and only one case, classified as type 4, had small bone fragmentation of the original design at its baseline. We conclude that the technique is predictable, without significant statistical variables for improper lingual fractures and with a tracing that can be well visualized in the post-surgical period by the methodology used. It is necessary to correlate this predictability with possible clinical improvements, especially paresthesiaBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSant Ana, EduardoSouza, Denis Pimenta e2021-09-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25151/tde-09122021-084642/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-12-09T20:08:33Zoai:teses.usp.br:tde-09122021-084642Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-12-09T20:08:33Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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