Estudo anatômico do sistema porta renal e suas implicações no emprego de agentes anestésicos na contenção de avestruzes (Struthio camelus)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-05042007-114145/ |
Resumo: | Objetivou-se com este estudo caracterizar a anatomia do sistema porta renal e verificar sua influência sobre o protocolo anestésico xilazina, tiletamina e zolazepam na contenção de avestruzes, por comparação da administração dos fármacos nos músculos da perna ou da asa. Para o estudo anatômico, foi injetado, em cinco animais, látex nas veias femorais no sentido de drenagem e posteriormente as aves foram fixadas em formol a 10%, por 72 horas. Em uma ave procedeu-se à localização, colheita e fixação das valvas portais renais em formol a 10%. Os exemplares foram dissecados e o sistema porta renal apresentou-se constituído por duas veias portais renais craniais bem reduzidas, duas veias portais renais caudais e seis valvas portais renais. A veia porta renal caudal apresentou-se relacionada, cranialmente, com a veia femoral, a partir da sua união com a veia ilíaca externa, e caudalmente, com a veia isquiática e ilíaca interna. Na contenção química, utilizaram-se seis avestruzes distribuídos aleatoriamente em dois grupos. O grupo I (GI) recebeu o protocolo nos músculos da base das asas e no grupo II (GII) o protocolo foi administrado nos músculos das pernas. O protocolo anestésico aplicado nos animais dos grupos constou de xilazina (1,0 mg/kg) e após 10 minutos administrou-se a tiletamina/zolazepam (6,0 mg/kg). Foram utilizados os mesmos animais nos dois grupos, respeitando-se um intervalo mínimo de 15 dias entre cada anestesia. O período de latência foi de 5,63±3,9 (GI) e 3,80±2,07 (GII) minutos (p>0,05) após a administração da tiletemina/zolazepam. A qualidade da indução foi razoável e ruim em uma ave (16,67%) do GI e GII, respectivamente. O período hábil anestésico foi de 35,17±8,13 (GI) e 27,33±9,75 (GII) minutos (p>0,05). A freqüência cardíaca permaneceu abaixo dos valores basais durante a anestesia (p<0,05) nos dois grupos. O calor e elevada umidade do ar promoveram aumento da temperatura cloacal nos grupos, principalmente em GII, levando ao incremento da freqüência respiratória para facilitar a perda de calor. O relaxamento muscular foi intenso por 20 minutos em dois animais (33,33%) do GI e por 10 a 15 minutos em cinco aves (83,33%) do GII. O período de recuperação foi de 33,67±10,20 (GI) e 28,83±8,47 (GII) minutos (p>0,05). Nos dois grupos a qualidade de recuperação foi razoável em uma ave (16,67%) e ruim em outro animal (16,67%). A contenção química foi adequada para a realização de procedimentos de curta duração a campo nos avestruzes dos dois grupos, portanto não foi possível evidenciar a influência do sistema porta renal. |
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Estudo anatômico do sistema porta renal e suas implicações no emprego de agentes anestésicos na contenção de avestruzes (Struthio camelus)Anatomical study of the renal portal system and its implications in the use of anesthetic agents in the restraint of ostriches (Struthio camelus)AnatomiaAnatomyAnestesiaAnesthesiaAvestruzesOstrichesRenal portal systemSistema porta renalObjetivou-se com este estudo caracterizar a anatomia do sistema porta renal e verificar sua influência sobre o protocolo anestésico xilazina, tiletamina e zolazepam na contenção de avestruzes, por comparação da administração dos fármacos nos músculos da perna ou da asa. Para o estudo anatômico, foi injetado, em cinco animais, látex nas veias femorais no sentido de drenagem e posteriormente as aves foram fixadas em formol a 10%, por 72 horas. Em uma ave procedeu-se à localização, colheita e fixação das valvas portais renais em formol a 10%. Os exemplares foram dissecados e o sistema porta renal apresentou-se constituído por duas veias portais renais craniais bem reduzidas, duas veias portais renais caudais e seis valvas portais renais. A veia porta renal caudal apresentou-se relacionada, cranialmente, com a veia femoral, a partir da sua união com a veia ilíaca externa, e caudalmente, com a veia isquiática e ilíaca interna. Na contenção química, utilizaram-se seis avestruzes distribuídos aleatoriamente em dois grupos. O grupo I (GI) recebeu o protocolo nos músculos da base das asas e no grupo II (GII) o protocolo foi administrado nos músculos das pernas. O protocolo anestésico aplicado nos animais dos grupos constou de xilazina (1,0 mg/kg) e após 10 minutos administrou-se a tiletamina/zolazepam (6,0 mg/kg). Foram utilizados os mesmos animais nos dois grupos, respeitando-se um intervalo mínimo de 15 dias entre cada anestesia. O período de latência foi de 5,63±3,9 (GI) e 3,80±2,07 (GII) minutos (p>0,05) após a administração da tiletemina/zolazepam. A qualidade da indução foi razoável e ruim em uma ave (16,67%) do GI e GII, respectivamente. O período hábil anestésico foi de 35,17±8,13 (GI) e 27,33±9,75 (GII) minutos (p>0,05). A freqüência cardíaca permaneceu abaixo dos valores basais durante a anestesia (p<0,05) nos dois grupos. O calor e elevada umidade do ar promoveram aumento da temperatura cloacal nos grupos, principalmente em GII, levando ao incremento da freqüência respiratória para facilitar a perda de calor. O relaxamento muscular foi intenso por 20 minutos em dois animais (33,33%) do GI e por 10 a 15 minutos em cinco aves (83,33%) do GII. O período de recuperação foi de 33,67±10,20 (GI) e 28,83±8,47 (GII) minutos (p>0,05). Nos dois grupos a qualidade de recuperação foi razoável em uma ave (16,67%) e ruim em outro animal (16,67%). A contenção química foi adequada para a realização de procedimentos de curta duração a campo nos avestruzes dos dois grupos, portanto não foi possível evidenciar a influência do sistema porta renal.The aim of this study was to characterize the anatomy of the renal portal system and to verify its influence on the anesthetic protocol xylazine, tiletamine and zolazepam in the restraint of ostriches, comparing the drugs administration in the muscles of the leg or of the wing. For the anatomical study, it was injected, in five animals, latex in the femoral veins in the drainage direction and afterwards the birds were fixed in formol to 10%, for 72 hours. In a bird it was proceeded to the location, collected and fixation of the renal portal valves in formol to 10%. The animals were dissected and the renal portal system was constituted by two cranial renal portal veins very reduced, two caudal renal portal veins and six renal portal valves. The caudal renal portal vein was related, cranially, with the femoral vein, from its union with the external iliac vein, and caudally, with the ischiatic vein and the internal iliac vein. In the chemical restraint, it was used six ostriches distributed randomly in two groups. Group I (GI) received the protocol in the base muscles of the wings and in group II (GII) the protocol was administered in the muscles of the legs. The anesthetic protocol used in the animals of the groups consisted of xylazine (1,0 mg/kg) and after 10 minutes it was administered tiletamine/zolazepam (6,0 mg/kg). The same animals were used in the two groups, respecting a minimum interval of 15 days between each anesthesia. Latency period was 5,63±3,9 (GI) and 3,80±2,07 (GII) minutes (p>0,05) after the administration of tiletamine/zolazepam. The induction quality was fair and poor in a bird (16,67%) of GI and GII, respectively. The duration of action was 35,17±8,13 (GI) and 27,33±9,75 (GII) minutes (p>0,05). The heart rate remained below the basal values during the anesthesia (p<0,05) in the two groups. The warmth and elevated air humidity promoted cloacal temperature increase in the groups, mostly in GII, leading to the increment of the respiratory rate to facilitate the warmth loss. The muscular relaxation was intense for 20 minutes in two animals (33,33%) of GI and for 10 to 15 minutes in five birds (83,33%) of GII. The recovery period was 33,67±10,20 (GI) and 28,83±8,47 (GII) minutes (p>0,05). In the two groups the recovery quality was fair in a bird (16,67%) and poor in other animal (16,67%). The chemical restraint was adapted for the achievement of procedures of short duration in field in the ostriches of the two groups, therefore it was not possible to evidence the renal portal system influence.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCortopassi, Silvia Renata GaidoCarvalho, Haley Silva de2006-04-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-05042007-114145/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:51Zoai:teses.usp.br:tde-05042007-114145Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:51Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Objetivou-se com este estudo caracterizar a anatomia do sistema porta renal e verificar sua influência sobre o protocolo anestésico xilazina, tiletamina e zolazepam na contenção de avestruzes, por comparação da administração dos fármacos nos músculos da perna ou da asa. Para o estudo anatômico, foi injetado, em cinco animais, látex nas veias femorais no sentido de drenagem e posteriormente as aves foram fixadas em formol a 10%, por 72 horas. Em uma ave procedeu-se à localização, colheita e fixação das valvas portais renais em formol a 10%. Os exemplares foram dissecados e o sistema porta renal apresentou-se constituído por duas veias portais renais craniais bem reduzidas, duas veias portais renais caudais e seis valvas portais renais. A veia porta renal caudal apresentou-se relacionada, cranialmente, com a veia femoral, a partir da sua união com a veia ilíaca externa, e caudalmente, com a veia isquiática e ilíaca interna. Na contenção química, utilizaram-se seis avestruzes distribuídos aleatoriamente em dois grupos. O grupo I (GI) recebeu o protocolo nos músculos da base das asas e no grupo II (GII) o protocolo foi administrado nos músculos das pernas. O protocolo anestésico aplicado nos animais dos grupos constou de xilazina (1,0 mg/kg) e após 10 minutos administrou-se a tiletamina/zolazepam (6,0 mg/kg). Foram utilizados os mesmos animais nos dois grupos, respeitando-se um intervalo mínimo de 15 dias entre cada anestesia. O período de latência foi de 5,63±3,9 (GI) e 3,80±2,07 (GII) minutos (p>0,05) após a administração da tiletemina/zolazepam. A qualidade da indução foi razoável e ruim em uma ave (16,67%) do GI e GII, respectivamente. O período hábil anestésico foi de 35,17±8,13 (GI) e 27,33±9,75 (GII) minutos (p>0,05). A freqüência cardíaca permaneceu abaixo dos valores basais durante a anestesia (p<0,05) nos dois grupos. O calor e elevada umidade do ar promoveram aumento da temperatura cloacal nos grupos, principalmente em GII, levando ao incremento da freqüência respiratória para facilitar a perda de calor. O relaxamento muscular foi intenso por 20 minutos em dois animais (33,33%) do GI e por 10 a 15 minutos em cinco aves (83,33%) do GII. O período de recuperação foi de 33,67±10,20 (GI) e 28,83±8,47 (GII) minutos (p>0,05). Nos dois grupos a qualidade de recuperação foi razoável em uma ave (16,67%) e ruim em outro animal (16,67%). A contenção química foi adequada para a realização de procedimentos de curta duração a campo nos avestruzes dos dois grupos, portanto não foi possível evidenciar a influência do sistema porta renal. |
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