Julgamento de atratividade facial por mulheres durante o ciclo menstrual

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Perin, Cristina
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-06102014-073536/
Resumo: Este projeto teve por objetivo investigar se existem diferenças nos julgamentos de atratividade de faces masculinizadas e feminilizadas entre mulheres durante a etapa folicular tardia e na etapa luteal (fases do ciclo menstrual) e se estas se correlacionam às alterações dos níveis hormonais. Foram incluídas 30 mulheres voluntárias, na faixa etária de 18 a 42 anos com ciclos menstruais regulares, com duração entre 24 e 33 dias, sem uso de anticoncepcional hormonal (AH). Foram utilizados para a avaliação da atratividade facial dois protótipos faciais: um de uma face feminina e outro de face masculina. De cada um desses protótipos foram confeccionadas mais quatro faces, cujos traços de duas foram masculinizados e das outras duas foram feminilizados em diferentes graus. Foram realizadas duas sessões experimentais para cada participante. A primeira sessão foi na etapa folicular tardia do ciclo menstrual e a segunda na etapa luteal do ciclo. Em cada sessão, a participante era instruída a ordenar decrescentemente as faces conforme o quão atraente cada uma lhe parecerá. Em seguida a participante classificava as faces em três grupos: Amigo, Inimigo e Amante. Posteriormente foi colhida a amostra de sangue para posteriores análises dos níveis hormonais. Ou seja, tanto na etapa folicular tardia quanto na luteal, as participantes avaliaram as imagens das faces e doaram uma amostra de sangue. As frequências foram comparadas e verificou-se que para as faces masculinas masculinizadas e a face neutra foram consideradas as mais atraentes na fase folicular tardia e na fase lútea. Na fase folicular tardia, para as faces masculinas, quanto mais masculinizadas elas forem, maior sua pontuação no grupo Amante. Na fase lútea, a face original masculina e todas as faces masculinas masculinizadas foram mais frequentemente classificadas ao grupo Amante, mas a face 50% masculinizada teve um aumento na qualificação de Inimigo. E finalmente, não foi verificada uma correlação entre os níveis hormonais e a preferência por faces mais masculinizadas ou feminilizada. Não foi evidenciada uma mudança significativa na preferência do julgamento das faces; observando-se que existe sempre uma preferência por faces mais masculinizadas para faces masculinas, e preferência por faces mais feminilizadas para faces femininas, independente das fases do ciclo menstrual.
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De cada um desses protótipos foram confeccionadas mais quatro faces, cujos traços de duas foram masculinizados e das outras duas foram feminilizados em diferentes graus. Foram realizadas duas sessões experimentais para cada participante. A primeira sessão foi na etapa folicular tardia do ciclo menstrual e a segunda na etapa luteal do ciclo. Em cada sessão, a participante era instruída a ordenar decrescentemente as faces conforme o quão atraente cada uma lhe parecerá. Em seguida a participante classificava as faces em três grupos: Amigo, Inimigo e Amante. Posteriormente foi colhida a amostra de sangue para posteriores análises dos níveis hormonais. Ou seja, tanto na etapa folicular tardia quanto na luteal, as participantes avaliaram as imagens das faces e doaram uma amostra de sangue. As frequências foram comparadas e verificou-se que para as faces masculinas masculinizadas e a face neutra foram consideradas as mais atraentes na fase folicular tardia e na fase lútea. Na fase folicular tardia, para as faces masculinas, quanto mais masculinizadas elas forem, maior sua pontuação no grupo Amante. Na fase lútea, a face original masculina e todas as faces masculinas masculinizadas foram mais frequentemente classificadas ao grupo Amante, mas a face 50% masculinizada teve um aumento na qualificação de Inimigo. E finalmente, não foi verificada uma correlação entre os níveis hormonais e a preferência por faces mais masculinizadas ou feminilizada. Não foi evidenciada uma mudança significativa na preferência do julgamento das faces; observando-se que existe sempre uma preferência por faces mais masculinizadas para faces masculinas, e preferência por faces mais feminilizadas para faces femininas, independente das fases do ciclo menstrual.This project aimed to investigate whether there are differences in attractiveness judgments of masculinized and feminized faces by women during the late follicular and the luteal phases (phases of the menstrual cycle) and whether these judgments correlate with hormonal level changes. Thirty women with age between 18 and 42 years old, with regular menstrual cycles lasting between 24 and 33 days, and without use of hormonal contraceptive (AH) were volunteers in this study. Stimuli were images of a female and a male prototypical faces that by computer morphing technique generated other faces with exaggeration of the gender traits by 25% and 50%. Two experimental sessions, the first in the late follicular phase and the second in the luteal phase, were conducted for each participant to judge the attractiveness of the faces, sorting them from the highest to lowest attractive. Finishing this task, the participant classified the faces into three groups: \"Friend\", \"Enemy\" or \"Lover.\" After each session in both menstrual phases blood sample of the participant was collected for further hormone level analysis. The masculinized male face and the original male face were chosen as more attractive in the follicular phase and the late luteal phase. Besides, in the late follicular phase, the more masculinized are the male faces, the higher is their score into the \"Lover\" group. In the luteal phase, also all masculinized and the original male faces were classified more frequently into the Lover group, but also the 50% masculinized male face was more frequently classified into the Enemy group. And finally, there was no correlation between hormone levels and preference for more masculinized or more feminized faces. Then, there is no evidence that hormonal levels change the face preferences. There was always a preference for masculinized faces to male faces, and preference for feminized faces for female faces, regardless of the menstrual cycle phases.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFukusima, Sergio SheijiPerin, Cristina2014-08-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-06102014-073536/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:55Zoai:teses.usp.br:tde-06102014-073536Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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