Depressões-morte e luto: uma abordagem mítico-simbólica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Ana Célia Rodrigues de
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-17072017-161609/
Resumo: Essa pesquisa, a partir de construtos da Psicologia Analítica e Psicologia Arquetípica, apresenta uma reflexão teórica sobre vivências de perdas, concretas ou metafóricas, que ocorrem no cotidiano, as mortes simbólicas, seguidas de luto, um trabalho psíquico de desconstrução da presença e da reconstrução da ausência, um processo de transformação, experiências denominadas no senso comum como depressões. Tal termo é empregado, referindo-se aos afetos relativos a essas perdas, seguidas de suas elaborações, e não aos transtornos mentais classificados no Manual Diagnóstico e Estatístico (DSM) utilizado pela Psiquiatria. A observação dos assim chamados fenômenos da depressão e a reflexão sobre este tema na clínica particular da autora, motivaram a leitura sobre morte e luto na academia e na literatura, além da execução de uma amplificação mítico-simbólica dos conteúdos em filmes contemporâneos (Um Conto Chinês, Cisne Negro, Enrolados, O Show deve continuar e A partida). Compreender a depressão, para além da patologia psiquiátrica, como a noite escura da alma, uma descida ao mundo dos Ínferos, uma possibilidade de introspecção e um acesso ao mundo interno, uma oportunidade de autoconhecimento e uma vivência necessária às transformações de si mesmo nas diferentes etapas da vida, torna indispensável a ancoragem dessas experiências nos processos inconscientes arquetípicos constituintes de nossas psiques. Em cada filme, foi escolhido um personagem, que foi pareado com temas dos divinos gregos respectivamente, Crono, Deméter, Perséfone, Dioniso e Hades. O personagem do filme analisado ilustra um padrão dominante de comportamento referente à vivência de perda, diferenciando essas experiências vitais de transformação como expressões arquetípicas de diversos modelos de morte e luto simbólicos
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