Danificações mecânicas em sementes de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1972 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-143444/ |
Resumo: | Com o objetivo de verificar os efeitos de danificações mecânicas em sementes de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.), e determinar as melhores condições para seu armazenamento, instalou-se, nos laboratórios do Instituto Agronômico de Campinas, um experimento envolvendo as variedades Goiano Precoce, Rosinha G-2 e Carioca. O experimento constou da determinação, segundo esquema fatorial, da germinação, vigor (envelhecimento rápido), e velocidade de germinação das sementes, em quatro épocas, a saber: no início e aos 75, 150 e 225 dias de armazenamento. As plantas foram colhidas com dois teores de umidade nas sementes, que variaram para cada variedade. Goiano Precoce foi colhida com 17,9% e 12,5% de umidade; Rosinha G-2 com 18,4% e 11,0% de umidade; Carioca com 16,5% e 12,0% de umidade. As plantas provenientes das duas colheitas foram então submetidas à trilhagem mecânica com velocidades de 500, 750 e 1.000 rotações por minuto no cilindro da trilhadeira, além da debulha manual das vagens. Em seguida à operação de trilhagem, parte de cada lote de sementes sofreu secagem artificial até atingir o teor de 10% de umidade, permanecendo a outra parte com a umidade original de colheita. As sementes foram, a seguir, armazenadas em câmara seca, com temperatura de 12°C e umidade relativa de 38%, e, em ambiente de laboratório, sem contrôle de temperatura e umidade. As análises e interpretações dos resultados do presente estudo permitiram as seguintes conclusões principais: a) A trilhagem mecânica de plantas de feijão provocou quebra nas sementes, que aumentaram com a velocidade do cilindro e com a diminuição no teor de umidade das sementes; b) A variedade Rosinha G-2 mostrou menor porcentagem de sementes quebradas que Goiano Precoce e Carioca, mesmo tendo sido colhida com umidade mais baixa; c) Houve efeitos imediatos e latentes de danificações mecânicas provocados pela trilhadeira; d) Sementes trilhadas mecanicamente acusaram nos testes de germinação o aparecimento de anormalidades que não foram constatadas nas sementes debulhadas manualmente; e) Para as condições em que foram efetuadas as colheitas, deve-se utilizar a velocidade de 750 R.P.M. no cilindro da trilhadeira, para sementes mais úmidas, e 500 R.P.M. para sementes mais secas, embora tenham causado algum prejuízo à germinação e ao vigor das sementes; f) A variedade Goiano Precoce mostrou através do teste de velocidade de germinação, que suas sementes necessitam secagem para armazenamento em ambiente aberto de laboratório; g) Para as três variedades o vigor foi sempre maior para sementes armazenadas em câmara seca, com temperatura e umidade relativa baixas. |
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Danificações mecânicas em sementes de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.)DANOS MECÂNICOSFEIJÃOSEMENTESCom o objetivo de verificar os efeitos de danificações mecânicas em sementes de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.), e determinar as melhores condições para seu armazenamento, instalou-se, nos laboratórios do Instituto Agronômico de Campinas, um experimento envolvendo as variedades Goiano Precoce, Rosinha G-2 e Carioca. O experimento constou da determinação, segundo esquema fatorial, da germinação, vigor (envelhecimento rápido), e velocidade de germinação das sementes, em quatro épocas, a saber: no início e aos 75, 150 e 225 dias de armazenamento. As plantas foram colhidas com dois teores de umidade nas sementes, que variaram para cada variedade. Goiano Precoce foi colhida com 17,9% e 12,5% de umidade; Rosinha G-2 com 18,4% e 11,0% de umidade; Carioca com 16,5% e 12,0% de umidade. As plantas provenientes das duas colheitas foram então submetidas à trilhagem mecânica com velocidades de 500, 750 e 1.000 rotações por minuto no cilindro da trilhadeira, além da debulha manual das vagens. Em seguida à operação de trilhagem, parte de cada lote de sementes sofreu secagem artificial até atingir o teor de 10% de umidade, permanecendo a outra parte com a umidade original de colheita. As sementes foram, a seguir, armazenadas em câmara seca, com temperatura de 12°C e umidade relativa de 38%, e, em ambiente de laboratório, sem contrôle de temperatura e umidade. As análises e interpretações dos resultados do presente estudo permitiram as seguintes conclusões principais: a) A trilhagem mecânica de plantas de feijão provocou quebra nas sementes, que aumentaram com a velocidade do cilindro e com a diminuição no teor de umidade das sementes; b) A variedade Rosinha G-2 mostrou menor porcentagem de sementes quebradas que Goiano Precoce e Carioca, mesmo tendo sido colhida com umidade mais baixa; c) Houve efeitos imediatos e latentes de danificações mecânicas provocados pela trilhadeira; d) Sementes trilhadas mecanicamente acusaram nos testes de germinação o aparecimento de anormalidades que não foram constatadas nas sementes debulhadas manualmente; e) Para as condições em que foram efetuadas as colheitas, deve-se utilizar a velocidade de 750 R.P.M. no cilindro da trilhadeira, para sementes mais úmidas, e 500 R.P.M. para sementes mais secas, embora tenham causado algum prejuízo à germinação e ao vigor das sementes; f) A variedade Goiano Precoce mostrou através do teste de velocidade de germinação, que suas sementes necessitam secagem para armazenamento em ambiente aberto de laboratório; g) Para as três variedades o vigor foi sempre maior para sementes armazenadas em câmara seca, com temperatura e umidade relativa baixas.The principal object of this study was to verify the effects of mechanical damage to dry bean (Phaseolus vulgaris L.) seed and to determine the best conditions for its storage. A factorial experiment was installed in the Legume Departament Laboratory of Instituto Agronômico, Campinas, using Goiano Precoce, Rosinha G-2 and Carioca varieties. Determinations were made on the germination, seed vigor ("rapid aging") and speed of germination of seeds, at the following four periods: (a) initially; (b) 75 days; (c) 150 days and (d) 225 days after storage. The plants were harvested with the following two seed humidities for each variety: Goiano Precoce with 17,9% and 12,5%, Rosinha G-2 with 18,4% and 11,0%; Carioca with 16,5% and 12,0%. Plants with seeds at the above mentioned humidities were threshed mechanically with 500; 750; and 1.000 R.P.M. and were also hand threshed. After threshing a part of the seed lots was dried artificially to 10% humidity and the rest kept at the original humidity. The seeds were stored in two environments: (1) natural laboratory conditions; and (2) cold storage room, where the conditions of 12°C and 38% R.H. were maintained. From the above investigations the following principal conclusions can be drawn: a) Mechanical threshing caused seed cracking which increased with increasing velocity (R.P.M.) and decreasing in humidity; b) Rosinha G-2 variety showed least breakage, even when harvested at a lower humidity, than Goiano Precoce and Carioca; c) Immediate and latent effects of damage with mechanical threshing were observed; d) Mechanical threshing showed in germination tests abnormalities in seedlings which were not observed when the seeds were hand threshed; e) The velocity of 750 R.P.M. is recommended for mechanical threshing of seeds with high humidity and 500 R.P.M. for seeds with lower humidity in spite of slight damage being caused in vigor and germination; f) Goiano Precoce variety showed in speed germination test that the seeds require drying before being stored in laboratory conditions; g) For the varieties under study, it was observed that storage conditions of controlled temperature and humidity gave the best results.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAbrahao, Jairo Teixeira MendesAlmeida, Luiz D'Artagnan de1972-01-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-143444/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-04-04T13:22:38Zoai:teses.usp.br:tde-20240301-143444Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-04-04T13:22:38Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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