Saberes maternos sobre desenvolvimento infantil e cuidados básicos da criança pequena
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-24082021-143056/ |
Resumo: | A qualidade do crescimento, desenvolvimento e segurança nos primeiros anos de vida e a atenção integral à saúde das crianças têm sido objeto de preocupação e desafio para os profissionais da saúde e cuidadores parentais. À vista disso, a identificação dos conhecimentos dos cuidadores parentais, frequentemente relacionado à figura materna, e suas relações com alguns cuidados básicos ofertados às crianças em seu primeiro ano de vida são relevantes para a promoção do desenvolvimento na primeira infância. O objetivo geral foi analisar o conhecimento de gestantes/mães sobre o desenvolvimento infantil e os cuidados básicos realizados para a criança no primeiro ano de vida. Estudo descritivo, longitudinal, prospectivo, desenvolvido com 144 gestantes/mães que estavam no último trimestre da gestação, em seguimento em unidades com Estratégia Saúde da Família de um distrito de saúde de um município brasileiro de médio porte. Foram realizadas visitas no domicílio em duas etapas, sendo no último trimestre de gestação e entre 12º e 13º mês de vida da criança, de novembro de 2018 a março de 2020. Para a identificação do conhecimento sobre o desenvolvimento infantil, foram utilizados elementos da Pesquisa Primeira Infância e do Inventário de Conhecimentos sobre o Desenvolvimento Infantil. O perfil de gestantes/mães caracterizou-se, em grande parte, por jovens na faixa etária de 18 a 35 anos, pardas e pretas, com ensino médio completo, casadas ou em uma união estável. A escolaridade foi identificada como fator que favorece os conhecimentos maternos sobre o desenvolvimento infantil saudável. Os desconhecimentos mais presentes foram relacionados ao processo de desenvolvimento, aquisição das habilidades na primeira infância e dificuldades das participantes em reconhecerem os marcos do desenvolvimento infantil. As incertezas foram referentes a aspectos de saúde e segurança. No primeiro ano de vida da criança, a maioria das mães optaram por não trabalhar fora para executar o cuidado da criança pequena. Na gestação, as participantes sinalizaram a importância de estimular a criança, e aos 12/13 meses da criança elas referiram não ter o costume de realizar leituras e apontaram a oferta de aparelhos eletrônicos, embora relatassem interagir e brincar com a criança. A maioria das participantes referiu buscar informações via Internet, em sites, blogs e redes sociais. Os resultados sugerem que a conexão entre a identificação dos conhecimentos de gestantes/mães e a execução do cuidado da criança, cotidianamente, é relevante para favorecer os conhecimentos satisfatórios e limitar os desconhecimentos ou incertezas, na perspectiva da promoção da saúde e do desenvolvimento na primeira infância. Na atuação do profissional enfermeiro no campo da atenção primária à saúde é fundamental aprofundar as peculiaridades do suporte parental por meio de estratégias e ações que minimizem os desconhecimentos e as incertezas acerca do desenvolvimento infantil. No âmbito das políticas públicas cabe o incremento de programas fortes de visitação domiciliar e de seguimento da saúde e promoção do desenvolvimento infantil para favorecer boas práticas parentais na primeira infância. |
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Estudo descritivo, longitudinal, prospectivo, desenvolvido com 144 gestantes/mães que estavam no último trimestre da gestação, em seguimento em unidades com Estratégia Saúde da Família de um distrito de saúde de um município brasileiro de médio porte. Foram realizadas visitas no domicílio em duas etapas, sendo no último trimestre de gestação e entre 12º e 13º mês de vida da criança, de novembro de 2018 a março de 2020. Para a identificação do conhecimento sobre o desenvolvimento infantil, foram utilizados elementos da Pesquisa Primeira Infância e do Inventário de Conhecimentos sobre o Desenvolvimento Infantil. O perfil de gestantes/mães caracterizou-se, em grande parte, por jovens na faixa etária de 18 a 35 anos, pardas e pretas, com ensino médio completo, casadas ou em uma união estável. A escolaridade foi identificada como fator que favorece os conhecimentos maternos sobre o desenvolvimento infantil saudável. Os desconhecimentos mais presentes foram relacionados ao processo de desenvolvimento, aquisição das habilidades na primeira infância e dificuldades das participantes em reconhecerem os marcos do desenvolvimento infantil. As incertezas foram referentes a aspectos de saúde e segurança. No primeiro ano de vida da criança, a maioria das mães optaram por não trabalhar fora para executar o cuidado da criança pequena. Na gestação, as participantes sinalizaram a importância de estimular a criança, e aos 12/13 meses da criança elas referiram não ter o costume de realizar leituras e apontaram a oferta de aparelhos eletrônicos, embora relatassem interagir e brincar com a criança. A maioria das participantes referiu buscar informações via Internet, em sites, blogs e redes sociais. Os resultados sugerem que a conexão entre a identificação dos conhecimentos de gestantes/mães e a execução do cuidado da criança, cotidianamente, é relevante para favorecer os conhecimentos satisfatórios e limitar os desconhecimentos ou incertezas, na perspectiva da promoção da saúde e do desenvolvimento na primeira infância. Na atuação do profissional enfermeiro no campo da atenção primária à saúde é fundamental aprofundar as peculiaridades do suporte parental por meio de estratégias e ações que minimizem os desconhecimentos e as incertezas acerca do desenvolvimento infantil. No âmbito das políticas públicas cabe o incremento de programas fortes de visitação domiciliar e de seguimento da saúde e promoção do desenvolvimento infantil para favorecer boas práticas parentais na primeira infância.The quality of growth, development and safety in the first years of life and comprehensive health care for children have been an object of concern and challenge for health professionals and parental caregivers. In view of this, the identification of the knowledge of parental caregivers, often related to the maternal figure, and their relationship with some basic care offered to children in their first year of life are relevant to the promotion of development in early childhood. The general objective was to analyze the knowledge of pregnant women / mothers about child development and the basic care provided to the child in the first year of life. Descriptive, longitudinal, prospective study, developed with 144 pregnant women / mothers who were in the last trimester of pregnancy, followed up in units with the Family Health Strategy of a health district in a medium-sized Brazilian municipality. Home visits were carried out in two stages, in the last trimester of pregnancy and between the 12th and 13th month of the child\'s life, from November 2018 to March 2020. For the identification of knowledge about child development, elements of the Research were used Early Childhood and the Child Development Knowledge Inventory. The profile of pregnant women / mothers was characterized, in large part, by young people aged 18 to 35 years, brown and black, with complete high school, married or in a stable union. Schooling was identified as a factor that favors maternal knowledge about healthy child development. The most common unknowns were related to the development process, acquisition of skills in early childhood and difficulties of the participants in recognizing the milestones of child development. The uncertainties were more related to health and safety aspects. In the child\'s first year of life, most mothers chose not to work outside the home to provide care for the young child. During pregnancy, the participants signaled the importance of stimulating the child, and at 12/13 months of the child, they reported not having the habit of carrying out readings and pointed out the offer of electronic devices, although they reported interacting and playing. Most participants reported seeking information via the Internet, on websites, blogs and social networks. The results suggest that the connection between the identification of the knowledge of pregnant women / mothers and the daily care of the child is relevant to favor (positive knowledge) or limit (lack of knowledge or uncertainty) the promotion of health and development in early childhood. In the performance of professional nurses in the field of primary health care, it is essential to deepen the peculiarities of parental support through strategies and actions that minimize the unknowns and uncertainties about child development. Within the scope of public policies, it is necessary to increase strong home visitation and health monitoring programs and promote child development to favor good parenting practices in early childhood.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMello, Débora Falleiros deGondim, Ellen Cristina2021-04-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-24082021-143056/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-08-24T13:00:08Zoai:teses.usp.br:tde-24082021-143056Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-08-24T13:00:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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