Validação do resultado de enfermagem Conhecimento: Controle da Insuficiência Cardíaca

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Natany da Costa
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-11122019-132702/
Resumo: Introdução. Pacientes com insuficiência cardíaca (IC) se beneficiam de estratégias educacionais, cuja efetividade pode ser avaliada pelo resultado de enfermagem (RE) Conhecimento: Controle da Insuficiência Cardíaca (1835) da Classificação de Resultados de Enfermagem (NOC). Esse RE carece de estimativas de validade. Objetivo. Estimar a validade de conteúdo e clínica do RE Conhecimento: Controle da Insuficiência Cardíaca. Método. Estudo metodológico de validação de RE realizado em cinco etapas. A primeira consistiu em revisão de escopo para localizar os atributos do RE. Onze portais/bases de dados foram consultados. Verificou-se a correspondência dos atributos localizados com indicadores da NOC; quando não houve correspondência, rótulos de prováveis novos indicadores foram propostos. Na segunda etapa, definições conceituais (DC), operacionais (DO) para indicadores e magnitudes de resposta e questões para pacientes sobre a importância dos indicadores foram validadas por consenso entre expertos. Na terceira, expertos analisaram prováveis novos indicadores com base em critérios estabelecidos previamente. Na quarta etapa, 15 expertos e 15 pacientes analisaram a pertinência e importância dos indicadores, respectivamente, usando escalas tipo Likert. Calcularam-se média ponderada global (MPG), média ponderada da pertinência (MPP) e importância (MPI) para os indicadores, que foram classificados em primários (MPG>0,80), secundários (MPG<0,80 e >0,50) ou não pertinentes (MPG<0,50). Aqueles com MPG>0,50 foram elegíveis para validação clínica. Nesta, 250 pacientes foram avaliados quanto ao conhecimento sobre IC por meio do RE e questionário de conhecimento sobre IC e autocuidado (padrão de referência) por duas avaliadoras independentes. A validade concorrente entre o RE e o padrão de referência foi analisada pela correlação entre o escore global do RE (EGR) e do padrão de referência, a estabilidade da medida, pelo coeficiente de correlação intraclasse (CCI) e a confiabilidade, pelo alfa de Cronbach. O nível de significância foi 5%. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados. Das 8072 citações recuperadas na revisão, 74 artigos foram incluídos. Foram localizados 133 atributos, dos quais 16 não tiveram correspondência com indicadores da NOC e resultaram em oito prováveis novos indicadores. Um provável novo indicador foi sugerido durante a validação de conteúdo. DC, DO e questões para pacientes foram estabelecidas e validadas para 59 indicadores atuais e prováveis novos. Os expertos consideraram que DO para magnitudes de respostas não eram necessárias; quatro, dos nove prováveis novos indicadores, não eram diferentes de outros aprovados pela NOC e foram descartados. Na validação de conteúdo, 50 indicadores foram considerados primários e cinco, secundários. Nenhum indicador obteve MPG<0,50; cinco estavam sobrepostos com outros indicadores e não prosseguiram para validação clínica, na qual 50 indicadores foram avaliados. O escore médio dos pacientes no questionário padrão de referência foi 8,8±2,3 e a média do EGR final foi 2,4±0,5. Os coeficientes alfa de Cronbach foram, respectivamente, 0,532 e 0,943. A correlação entre os escore do questionário padrão de referência com o EGR foi 0,29 (p<0,001) e o CCI para o RE foi 0,87 (p<0,001). Conclusão. Os indicadores analisados neste estudo são características mensuráveis, válidas, estáveis e confiáveis do RE.
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Verificou-se a correspondência dos atributos localizados com indicadores da NOC; quando não houve correspondência, rótulos de prováveis novos indicadores foram propostos. Na segunda etapa, definições conceituais (DC), operacionais (DO) para indicadores e magnitudes de resposta e questões para pacientes sobre a importância dos indicadores foram validadas por consenso entre expertos. Na terceira, expertos analisaram prováveis novos indicadores com base em critérios estabelecidos previamente. Na quarta etapa, 15 expertos e 15 pacientes analisaram a pertinência e importância dos indicadores, respectivamente, usando escalas tipo Likert. Calcularam-se média ponderada global (MPG), média ponderada da pertinência (MPP) e importância (MPI) para os indicadores, que foram classificados em primários (MPG>0,80), secundários (MPG<0,80 e >0,50) ou não pertinentes (MPG<0,50). Aqueles com MPG>0,50 foram elegíveis para validação clínica. Nesta, 250 pacientes foram avaliados quanto ao conhecimento sobre IC por meio do RE e questionário de conhecimento sobre IC e autocuidado (padrão de referência) por duas avaliadoras independentes. A validade concorrente entre o RE e o padrão de referência foi analisada pela correlação entre o escore global do RE (EGR) e do padrão de referência, a estabilidade da medida, pelo coeficiente de correlação intraclasse (CCI) e a confiabilidade, pelo alfa de Cronbach. O nível de significância foi 5%. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados. Das 8072 citações recuperadas na revisão, 74 artigos foram incluídos. Foram localizados 133 atributos, dos quais 16 não tiveram correspondência com indicadores da NOC e resultaram em oito prováveis novos indicadores. Um provável novo indicador foi sugerido durante a validação de conteúdo. DC, DO e questões para pacientes foram estabelecidas e validadas para 59 indicadores atuais e prováveis novos. Os expertos consideraram que DO para magnitudes de respostas não eram necessárias; quatro, dos nove prováveis novos indicadores, não eram diferentes de outros aprovados pela NOC e foram descartados. Na validação de conteúdo, 50 indicadores foram considerados primários e cinco, secundários. Nenhum indicador obteve MPG<0,50; cinco estavam sobrepostos com outros indicadores e não prosseguiram para validação clínica, na qual 50 indicadores foram avaliados. O escore médio dos pacientes no questionário padrão de referência foi 8,8±2,3 e a média do EGR final foi 2,4±0,5. Os coeficientes alfa de Cronbach foram, respectivamente, 0,532 e 0,943. A correlação entre os escore do questionário padrão de referência com o EGR foi 0,29 (p<0,001) e o CCI para o RE foi 0,87 (p<0,001). Conclusão. Os indicadores analisados neste estudo são características mensuráveis, válidas, estáveis e confiáveis do RE.Introduction. Patients with heart failure (HF) have benefits from educational strategies, the effectiveness of which can be evaluated by Nursing Outcomes Classification (NOC) Knowledge: Heart Failure Management (1835). This NO lacks estimates of validity. Objective. To estimate the content and clinical validity of the NO Knowledge: Heart Failure Management. Method. Methodological study of NO validation carried out in five steps. The first consisted of scoping review to find attributes of the NO. Eleven portals/databases were consulted. It was verified the correspondence of the localized attributes with NOC indicators; when there was no match, labels of likely new indicators were proposed. In the second step, conceptual (CD), operational definitions (OD) for indicators and magnitudes of response, and questions about the importance of indicators for patients were validated by consensus among experts. In the third, experts analyzed the likely new indicators based on previously established criteria. In the fourth step, 15 experts and 15 patients analyzed the relevance and importance of the indicators, respectively, using Likert scales. It was calculated the global weighted average (GWA), relevance weighted average (RWA) and importance (IWA) for the indicators, which were classified into primary (GWA>0.80), secondary (GWA<0.80 and >0.50) or not relevant (GWA<0.50). Those with GWA>0.50 were eligible for clinical validation. In this, 250 patients were interviewed and the knowledge on HF was analyzed by the NO and questionnaire to assess knowledge about HF and self-care (reference tool) by two independent evaluators. The concurrent validity between the NO and the reference tool was analyzed by the correlation between the overall score of NO (OSO) and the reference tool, the stability of the measurement by the intraclass correlation coefficient (ICC) and the reliability, by Cronbach\'s alpha. The significance level was 5%. The study was approved by the Research Ethics Committee. Results. Of the 8072 citations retrieved in the review, 74 articles were included. One hundred and thirty-three attributes were located; 16 did not have correspondence to NOC indicators and resulted in eight likely new indicators. One likely new indicator was suggested in the content validation. CD, OD, questions for patients were established and validated for 59 current and likely new indicators. The experts considered that OD for magnitudes of response were not necessary; four of the nine likely new indicators were no different from others approved by the NOC and were discarded. In content validation, 50 indicators were considered primary and five, secondary. No indicator obtained GWA<0.50; five were overlapped with other indicators and did not proceed for clinical validation, in which 50 indicators were evaluated. The mean score of the patients in the standard tool was 8.8±2.3 and the final OSO was 2.4±0.5. Cronbach\'s alpha coefficients were, respectively, 0.532 and 0.943. The correlation between the standard tool score and the OSO was 0.29 (p<0.001) and the ICC for the NO was 0.87 (p<0.001). Conclusion. The indicators analyzed in this study are measurable, valid, stable and reliable characteristics of the NO.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSilva, Rita de Cassia Gengo eFerreira, Natany da Costa2019-07-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-11122019-132702/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-12-19T21:20:02Zoai:teses.usp.br:tde-11122019-132702Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-12-19T21:20:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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