Consumo de frutas, legumes e verduras: relação com os níveis sanguíneos de homocisteína entre adolescentes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-14092011-100337/ |
Resumo: | Introdução: Frutas, legumes e verduras (FLV) contêm vários nutrientes com efeitos favoráveis para a saúde humana. Dentre estes, o folato é um dos nutrientes chaves envolvido na manutenção da saúde, com um potencial papel na redução das concentrações plasmáticas de homocisteína (hcy), reconhecido marcador de doença cardiovascular. Objetivos: Investigar o consumo de FLV, segundo características sóciodemográficas, antropométricas e de estilo de vida e relacionar o consumo de FLV e de folato com os níveis sanguíneos de hcy em adolescentes. Métodos: Este estudo utilizou dados de adolescentes de ambos os sexos, faixa etária de 12 a 19 anos, obtidos no Inquérito de Saúde ISA - Capital, realizado periodicamente no Município de São Paulo. O consumo de FLV foi estimado no estudo realizado em 2003, cuja amostra foi de 812 participantes. Para avaliação das relações entre FLV, folato e hcy, foram utilizados dados coletados no segundo ISA-Capital, entre os anos de 2008-2010 com amostra de 183 adolescentes. O consumo de FLV e de equivalentes de folato dietético (DFE), bem como o consumo de folato natural e ácido fólico, foram estimados por um recordatório de 24h. A análise bioquímica das concentrações plasmáticas de hcy foi realizada pelo método de cromatografia líquida. O ponto de corte de hcy plasmática utilizado foi de <8 mol/L para indivíduos com menos de 15 anos e <12 mol/L para indivíduos entre 15 e 19 anos. A concentração média de hcy plasmática foi descrita de acordo com os tercis de consumo de FLV, segundo as características sócio-demográficas, antropométricas e de estilo de vida. Todas as análises estatísticas foram realizadas no STATA® versão 10.0 considerando o nível de significância 5 por cento . Resultados: No primeiro estudo (2003) 20 por cento dos adolescentes não consumiram FLV no dia relatado e 6,5 por cento apresentaram consumo adequado. Renda, escolaridade do chefe da família e tabagismo influenciaram este consumo. Já no segundo estudo (2008-2010), 56 por cento não consumiram FLV e somente 4,9 por cento atingiram as recomendações. A prevalência de hiperhomocisteinemia na população estudada foi de 9,2 por cento . Adolescentes de 12 a 15 anos apresentaram menores valores de hcy (6,9mol/L) em comparação com os de 16 a 19 anos (8,4mol/L). Não foram encontradas diferenças significativas nos níveis plasmáticos de hcy analisados por tercis de consumo de FLV segundo características sócio-demográficas, de estilo de vida e antropométricas. Os alimentos que mais contribuíram com o consumo de DFE foram: pães (38,4 por cento ), seguidos pelo feijão (11,7 por cento ) e massas (10,1 por cento ). Para folato natural os alimentos de maior contribuição foram: feijão (30,3 por cento ), FLV (14,9 por cento ) e pães (14,6 por cento ); e, para o ácido fólico, se destacaram pães (53,3 por cento ), massas (14,6) e biscoitos (9,8 por cento ). Conclusão: O consumo de FLV por adolescentes está muito abaixo das recomendações nas duas amostras estudadas e não influenciou as concentrações plasmáticas de hcy |
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Consumo de frutas, legumes e verduras: relação com os níveis sanguíneos de homocisteína entre adolescentesIntake of fruits and vegetables: relationship with blood levels of homocysteine among adolescentsAdolescentesAdolescentsFolateFolatoFruits and VegetablesFrutasHomocisteínaHomocysteineLegumes e VerdurasIntrodução: Frutas, legumes e verduras (FLV) contêm vários nutrientes com efeitos favoráveis para a saúde humana. Dentre estes, o folato é um dos nutrientes chaves envolvido na manutenção da saúde, com um potencial papel na redução das concentrações plasmáticas de homocisteína (hcy), reconhecido marcador de doença cardiovascular. Objetivos: Investigar o consumo de FLV, segundo características sóciodemográficas, antropométricas e de estilo de vida e relacionar o consumo de FLV e de folato com os níveis sanguíneos de hcy em adolescentes. Métodos: Este estudo utilizou dados de adolescentes de ambos os sexos, faixa etária de 12 a 19 anos, obtidos no Inquérito de Saúde ISA - Capital, realizado periodicamente no Município de São Paulo. O consumo de FLV foi estimado no estudo realizado em 2003, cuja amostra foi de 812 participantes. Para avaliação das relações entre FLV, folato e hcy, foram utilizados dados coletados no segundo ISA-Capital, entre os anos de 2008-2010 com amostra de 183 adolescentes. O consumo de FLV e de equivalentes de folato dietético (DFE), bem como o consumo de folato natural e ácido fólico, foram estimados por um recordatório de 24h. A análise bioquímica das concentrações plasmáticas de hcy foi realizada pelo método de cromatografia líquida. O ponto de corte de hcy plasmática utilizado foi de <8 mol/L para indivíduos com menos de 15 anos e <12 mol/L para indivíduos entre 15 e 19 anos. A concentração média de hcy plasmática foi descrita de acordo com os tercis de consumo de FLV, segundo as características sócio-demográficas, antropométricas e de estilo de vida. Todas as análises estatísticas foram realizadas no STATA® versão 10.0 considerando o nível de significância 5 por cento . Resultados: No primeiro estudo (2003) 20 por cento dos adolescentes não consumiram FLV no dia relatado e 6,5 por cento apresentaram consumo adequado. Renda, escolaridade do chefe da família e tabagismo influenciaram este consumo. Já no segundo estudo (2008-2010), 56 por cento não consumiram FLV e somente 4,9 por cento atingiram as recomendações. A prevalência de hiperhomocisteinemia na população estudada foi de 9,2 por cento . Adolescentes de 12 a 15 anos apresentaram menores valores de hcy (6,9mol/L) em comparação com os de 16 a 19 anos (8,4mol/L). Não foram encontradas diferenças significativas nos níveis plasmáticos de hcy analisados por tercis de consumo de FLV segundo características sócio-demográficas, de estilo de vida e antropométricas. Os alimentos que mais contribuíram com o consumo de DFE foram: pães (38,4 por cento ), seguidos pelo feijão (11,7 por cento ) e massas (10,1 por cento ). Para folato natural os alimentos de maior contribuição foram: feijão (30,3 por cento ), FLV (14,9 por cento ) e pães (14,6 por cento ); e, para o ácido fólico, se destacaram pães (53,3 por cento ), massas (14,6) e biscoitos (9,8 por cento ). Conclusão: O consumo de FLV por adolescentes está muito abaixo das recomendações nas duas amostras estudadas e não influenciou as concentrações plasmáticas de hcyBackground: Fruits and vegetables (FV) contains multiple nutrients with beneficial effects for human health. Among these, folate is one of the key nutrients involved in maintaining health, with a potential role in reducing plasma concentrations of homocysteine (hcy), recognized marker of cardiovascular disease. Objectives: To investigate the FV intake, according to socio-demographic, anthropometric and lifestyle characteristics and to relate the FV and folate intake with blood levels of hcy in adolescents. Methods: This study used data from adolescents of both sexes, aged 12 to 19, enrolled in the Health Survey ISA - Capital, periodically held in São Paulo. The FV intake was estimated in the study conducted in 2003, comprising 812 participants. To assess the relationship between FV, folate and hcy, we used data collected in the ISA Capital, conducted between the years 2008-2010 with a sample of 183 adolescents. The FV intake and dietary folate equivalents (DFE), as well as natural folate and folic acid intake, were estimated by a 24-hour recall. Biochemical analysis of plasma hcy was performed by liquid chromatography. The cutoff point for plasma hcy was <8 mmol/L for individuals younger than 15 years and <12 mmol/L for individuals aged between 15 and 19 years. The average concentration of plasma hcy was described into tertiles of FV intake, according to the socio-demographic, anthropometric and lifestyle characteristics. All statistical analyzes were performed in STATA ® version 10.0 with 5 per cent of significance level. Results: In the first study (2003) 20 per cent of adolescents not consumed FV on day evaluated and only 6.5 per cent had adequate intake. Per capita household income, head of familys level and smoking habit influenced this consumption. In the second study (2008-2010), 56 per cent not consumed FV and only 4.9 per cent met the recommendations. The prevalence of hyperhomocysteinemia was 9.2 per cent . Adolescents aged 12 to 15 years had lower levels of hcy (6.9 mmol/L) compared with 16 to 19 years (8.4 mmol/L). No significant differences were found in plasma levels of hcy into tertiles of FV intake according to socio-demographic, lifestyle and anthropometric characteristics. Foods that most contributed to DFE intake were bread (38.4 per cent ), followed by beans (11.7 per cent ) and pasta (10.1 per cent ). For natural folate, the foods that most contributed were: beans (30.3 per cent ), FV (14.9 per cent ) and breads (14.6 per cent ), and for folic acid, breads (53.3 per cent ), pasta (14.6) and biscuits (9.8 per cent ). Conclusion: FV intake by adolescents is below the recommendations and not influenced plasma concentrations of hcyBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMarchioni, Dirce Maria LoboBigio, Roberta Schein2011-08-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-14092011-100337/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:30Zoai:teses.usp.br:tde-14092011-100337Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:30Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Introdução: Frutas, legumes e verduras (FLV) contêm vários nutrientes com efeitos favoráveis para a saúde humana. Dentre estes, o folato é um dos nutrientes chaves envolvido na manutenção da saúde, com um potencial papel na redução das concentrações plasmáticas de homocisteína (hcy), reconhecido marcador de doença cardiovascular. Objetivos: Investigar o consumo de FLV, segundo características sóciodemográficas, antropométricas e de estilo de vida e relacionar o consumo de FLV e de folato com os níveis sanguíneos de hcy em adolescentes. Métodos: Este estudo utilizou dados de adolescentes de ambos os sexos, faixa etária de 12 a 19 anos, obtidos no Inquérito de Saúde ISA - Capital, realizado periodicamente no Município de São Paulo. O consumo de FLV foi estimado no estudo realizado em 2003, cuja amostra foi de 812 participantes. Para avaliação das relações entre FLV, folato e hcy, foram utilizados dados coletados no segundo ISA-Capital, entre os anos de 2008-2010 com amostra de 183 adolescentes. O consumo de FLV e de equivalentes de folato dietético (DFE), bem como o consumo de folato natural e ácido fólico, foram estimados por um recordatório de 24h. A análise bioquímica das concentrações plasmáticas de hcy foi realizada pelo método de cromatografia líquida. O ponto de corte de hcy plasmática utilizado foi de <8 mol/L para indivíduos com menos de 15 anos e <12 mol/L para indivíduos entre 15 e 19 anos. A concentração média de hcy plasmática foi descrita de acordo com os tercis de consumo de FLV, segundo as características sócio-demográficas, antropométricas e de estilo de vida. Todas as análises estatísticas foram realizadas no STATA® versão 10.0 considerando o nível de significância 5 por cento . Resultados: No primeiro estudo (2003) 20 por cento dos adolescentes não consumiram FLV no dia relatado e 6,5 por cento apresentaram consumo adequado. Renda, escolaridade do chefe da família e tabagismo influenciaram este consumo. Já no segundo estudo (2008-2010), 56 por cento não consumiram FLV e somente 4,9 por cento atingiram as recomendações. A prevalência de hiperhomocisteinemia na população estudada foi de 9,2 por cento . Adolescentes de 12 a 15 anos apresentaram menores valores de hcy (6,9mol/L) em comparação com os de 16 a 19 anos (8,4mol/L). Não foram encontradas diferenças significativas nos níveis plasmáticos de hcy analisados por tercis de consumo de FLV segundo características sócio-demográficas, de estilo de vida e antropométricas. Os alimentos que mais contribuíram com o consumo de DFE foram: pães (38,4 por cento ), seguidos pelo feijão (11,7 por cento ) e massas (10,1 por cento ). Para folato natural os alimentos de maior contribuição foram: feijão (30,3 por cento ), FLV (14,9 por cento ) e pães (14,6 por cento ); e, para o ácido fólico, se destacaram pães (53,3 por cento ), massas (14,6) e biscoitos (9,8 por cento ). Conclusão: O consumo de FLV por adolescentes está muito abaixo das recomendações nas duas amostras estudadas e não influenciou as concentrações plasmáticas de hcy |
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