O grau de internacionalização, as competências e o desempenho da PME brasileira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Floriani, Dinorá Eliete
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-24062010-105659/
Resumo: Nesta tese foi realizada uma pesquisa identificando a relação entre o Grau de internacionalização das Pequenas e Médias Empresas (PMEs) brasileiras e o desempenho financeiro e operacional, utilizando as competências internacionais como um fator mediador. Por meio de uma survey aplicada em 114 empresas de até 200 funcionários, esta pesquisa identificou que as PMEs brasileiras estão aumentando o seu Grau de Internacionalização (GRI), passando a investir diretamente no exterior (IDE). Das empresas entrevistas, 44 possuem algum tipo de IDE, como escritórios, centros de distribuição até fábricas no exterior. Com a amostra de 114 PMEs brasileiras, testou-se e se confirmou a hipótese que o aumento do GRI desenvolve novas competências e melhora o desempenho organizacional. Devido à utilização de construtos de natureza complexa, a existência de erros e a necessidade de se identificar múltiplas relações simultaneamente, a modelagem de equações estruturais (SEM) foi utilizada como técnica estatística. Uma vez identificada a relação significativa do modelo inicial proposto, outros modelos concorrentes foram analisados a fim de identificar outras relações entre as variáveis pesquisadas. Para estimar os parâmetros iniciais, utilizou-se o método de estimação de máxima verossimilhança (MV) assumindo a distribuição multivariada normal (HAIR JR. et al., 2009). Os construtos do modelo final explicaram 70% da variabilidade dos dados e foi composto por três variáveis latentes, sendo a variável GRI uma variável exógena, e competência e desempenho, variáveis endógenas. Os resultados demonstram que há uma relação direta e positiva do GRI com o desenvolvimento de novas competências e com um melhor desempenho na PME. Especificamente, há uma relação maior do GRI com o desenvolvimento de novas competências no concernente ao melhor desempenho operacional nas PMEs do que no que tange ao aumento do desempenho financeiro. No entanto, quando se verificou a relação entre o GRI e o desempenho financeiro e operacional sem a mediação do desenvolvimento de novas competências, o modelo não se mostrou significativo, corroborando os resultados de outras pesquisas internacionais que identificaram que o melhor desempenho financeiro e operacional não será alcançado somente pelo aumento do grau de internacionalização. (SETHI; JUDGE, 2009; PORTER, 1990; ZAHRA et al., 2000; FLEURY; FLEURY, 2004; GHOSHAK, 1987; GRANT, 1987; QIAN, 2002; PANGARKAR, 2008; CAMISÓN; VILLAR-LÓPEZ, 2010). Os resultados desta pesquisa indicam que com o aumento do grau de internacionalização a PME desenvolve novas competências e assim apresenta um desempenho superior. A relação de mediação do desenvolvimento de novas competências entre o aumento do GRI e o desempenho organizacional explora uma nova abordagem nos negócios internacionais, principalmente para as PMEs.
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Com a amostra de 114 PMEs brasileiras, testou-se e se confirmou a hipótese que o aumento do GRI desenvolve novas competências e melhora o desempenho organizacional. Devido à utilização de construtos de natureza complexa, a existência de erros e a necessidade de se identificar múltiplas relações simultaneamente, a modelagem de equações estruturais (SEM) foi utilizada como técnica estatística. Uma vez identificada a relação significativa do modelo inicial proposto, outros modelos concorrentes foram analisados a fim de identificar outras relações entre as variáveis pesquisadas. Para estimar os parâmetros iniciais, utilizou-se o método de estimação de máxima verossimilhança (MV) assumindo a distribuição multivariada normal (HAIR JR. et al., 2009). Os construtos do modelo final explicaram 70% da variabilidade dos dados e foi composto por três variáveis latentes, sendo a variável GRI uma variável exógena, e competência e desempenho, variáveis endógenas. Os resultados demonstram que há uma relação direta e positiva do GRI com o desenvolvimento de novas competências e com um melhor desempenho na PME. Especificamente, há uma relação maior do GRI com o desenvolvimento de novas competências no concernente ao melhor desempenho operacional nas PMEs do que no que tange ao aumento do desempenho financeiro. No entanto, quando se verificou a relação entre o GRI e o desempenho financeiro e operacional sem a mediação do desenvolvimento de novas competências, o modelo não se mostrou significativo, corroborando os resultados de outras pesquisas internacionais que identificaram que o melhor desempenho financeiro e operacional não será alcançado somente pelo aumento do grau de internacionalização. (SETHI; JUDGE, 2009; PORTER, 1990; ZAHRA et al., 2000; FLEURY; FLEURY, 2004; GHOSHAK, 1987; GRANT, 1987; QIAN, 2002; PANGARKAR, 2008; CAMISÓN; VILLAR-LÓPEZ, 2010). Os resultados desta pesquisa indicam que com o aumento do grau de internacionalização a PME desenvolve novas competências e assim apresenta um desempenho superior. A relação de mediação do desenvolvimento de novas competências entre o aumento do GRI e o desempenho organizacional explora uma nova abordagem nos negócios internacionais, principalmente para as PMEs.In this thesis, we conducted a survey identifying the relationship between the degree of internationalization of Brazilians Small and Medium-sized Enterprises (SMEs) and financial and operational performance by using international competences as a mediating factor. Through a survey applied to 114 companies with up to 200 employees, this survey has identified that Brazilian SMEs are increasing their Degree of Internationalization (GRI) by starting to invest directly abroad (FDI). Out of the companies interviewed, 44 have some form of FDI, such as offices, distribution centers and even factories abroad. With this sampling of 114 Brazilian SMEs, the hypothesis that by increasing the GRI new competences are developed and organizational performance is improved has been tested and confirmed. Due to the use of constructs of a complex nature, the existence of errors and the need to identify multiple relationships simultaneously, structural equation modeling (SEM) was used as a statistical technique. Once the significant relationship of the initial model proposed was identified, other competing models were examined in order to identify other relationships between the variables researched. We used the maximum likelihood estimation method (ML) to estimate the initial parameters by assuming a normal multivariate distribution (Hair Jr. et al., 2009). The constructs of the final model explained 70% of the data variability and was comprised of three latent variables, with the GRI variable as an exogenous variable, and competence and performance as endogenous variables. Results show that there is a direct and positive relationship of the GRI with the development of new competences and better performance in SMCs. Specifically, there is a higher ratio of GRI with the development of new competences with regard to improved operational performance in SMCs than in relation to increased financial performance. However, when the relationship between the GRI and the financial and operational performance without the mediation of the development of new competences was examined, the model did not turn out to be significant, corroborating the results of other international studies which identified that the best financial and operational performance will not be achieved just by increasing the degree of internationalization (SETHI; JUDGE, 2009; PORTER, 1990; ZAHRA et al., 2000; FLEURY; FLEURY, 2004; GHOSHAK, 1987; GRANT, 1987; QIAN, 2002; PANGARKAR, 2008; CAMISÓN; VILLAR-LÓPEZ, 2010). These results indicate that by increasing their degree of internationalization, the SMEs develop new competences and therefore display superior performance. The mediation relationship of the development of new competences between the increase of GRI and the organizational performance explores a new approach in international business, especially for SMEs.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFleury, Maria Tereza LemeFloriani, Dinorá Eliete2010-06-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-24062010-105659/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:07Zoai:teses.usp.br:tde-24062010-105659Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:07Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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