Doença arterial coronariana com e sem isquemia miocárdica documentada: seguimento em longo prazo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Felipe Pereira Camara de
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-11042023-115654/
Resumo: Introdução: A associação entre isquemia miocárdica e eventos coronarianos vem sendo motivo de intenso debate e investigação. A ocorrência de eventos coronarianos na ausência de sintomas anginosos ou isquemia documentada tem potencial influência na tomada de decisões terapêuticas. Assim, estudos, direcionados a essas condições são necessárias. Objetivo: Avaliar, a longo prazo, o prognóstico da isquemia miocárdica documentada em pacientes com doença arterial coronariana multiarterial, submetidos aos três tratamentos disponíveis e sua associação com o Diabetes Mellitus na ocorrência de eventos. Métodos: Estudo retrospectivo, observacional baseado em um banco dados da unidade de pesquisa clínica MASS, formado de pacientes submetidos à terapêutica clínica, cirúrgica ou percutânea. A isquemia miocárdica foi identificada por meio de testes funcionais não invasivos na entrada do registro. O desfecho primário foi definido, como a composição de morte por qualquer causa ou infarto agudo do miocárdio não fatal. O desfecho secundário foi a avaliação da ocorrência individual de mortalidade e Infarto Agudo do Miocárdio. Resultados: Entre 1995 e 2018, foram incluídos 1.915 pacientes portadores de Doença Arterial Coronariana multiarterial. Destes, 1.001 apresentavamse com testes conclusivos na inclusão do registro, sendo 790 (79%) apresentando a presença de isquemia e 211 (21%) com ausência de isquemia miocárdica. O tempo mediano de seguimento foi 8,7 anos (IQR 4,04 a 10,07). O desfecho primário ocorreu em 228 (28,9%) pacientes com a presença de isquemia e 64 (30,3%) pacientes sem isquemia (plog-rank=0,60). Após a divisão da amostra de acordo com o grau de isquemia miocárdica, a isquemia moderada a importante não adicionou risco aos pacientes quando comparados ao grupo sem isquemia miocárdica, tanto no desfecho primário (HR: 1,14; 95% IC: 0,71-1,82; p=0,57), como na mortalidade (HR: 1,71; 95% IC: 0,90-3,25; p=0,09). Não foram observadas interações entre a presença de isquemia miocárdica e as estratégias terapêuticas ou com o Diabetes Mellitus na ocorrência do desfecho primário (pinteração=0,14 e pinteração=0,55, respectivamente). Conclusão: Nesta amostra, a isquemia miocárdica documentada não adicionou pior prognóstico quando comparada com ausência de isquemia nos pacientes portadores de Doença Arterial Coronariana multiarterial estável. Adicionalmente, o diabetes tipo 2 não foi associado a maior mortalidade geral naqueles pacientes com isquemia documentada
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Objetivo: Avaliar, a longo prazo, o prognóstico da isquemia miocárdica documentada em pacientes com doença arterial coronariana multiarterial, submetidos aos três tratamentos disponíveis e sua associação com o Diabetes Mellitus na ocorrência de eventos. Métodos: Estudo retrospectivo, observacional baseado em um banco dados da unidade de pesquisa clínica MASS, formado de pacientes submetidos à terapêutica clínica, cirúrgica ou percutânea. A isquemia miocárdica foi identificada por meio de testes funcionais não invasivos na entrada do registro. O desfecho primário foi definido, como a composição de morte por qualquer causa ou infarto agudo do miocárdio não fatal. O desfecho secundário foi a avaliação da ocorrência individual de mortalidade e Infarto Agudo do Miocárdio. Resultados: Entre 1995 e 2018, foram incluídos 1.915 pacientes portadores de Doença Arterial Coronariana multiarterial. Destes, 1.001 apresentavamse com testes conclusivos na inclusão do registro, sendo 790 (79%) apresentando a presença de isquemia e 211 (21%) com ausência de isquemia miocárdica. O tempo mediano de seguimento foi 8,7 anos (IQR 4,04 a 10,07). O desfecho primário ocorreu em 228 (28,9%) pacientes com a presença de isquemia e 64 (30,3%) pacientes sem isquemia (plog-rank=0,60). Após a divisão da amostra de acordo com o grau de isquemia miocárdica, a isquemia moderada a importante não adicionou risco aos pacientes quando comparados ao grupo sem isquemia miocárdica, tanto no desfecho primário (HR: 1,14; 95% IC: 0,71-1,82; p=0,57), como na mortalidade (HR: 1,71; 95% IC: 0,90-3,25; p=0,09). Não foram observadas interações entre a presença de isquemia miocárdica e as estratégias terapêuticas ou com o Diabetes Mellitus na ocorrência do desfecho primário (pinteração=0,14 e pinteração=0,55, respectivamente). Conclusão: Nesta amostra, a isquemia miocárdica documentada não adicionou pior prognóstico quando comparada com ausência de isquemia nos pacientes portadores de Doença Arterial Coronariana multiarterial estável. Adicionalmente, o diabetes tipo 2 não foi associado a maior mortalidade geral naqueles pacientes com isquemia documentadaIntroduction: After the results of the ISCHEMIA Trial, the role of myocardial ischemia in the prognosis of coronary artery disease (CAD) was under debate. Thus, studies aimed at assessing the prognosis of myocardial ischemia are necessary. Objective: To evaluate, in the long term, the prognosis of documented myocardial ischemia in patients with multivessel CAD and its association with diabetes mellitus in the occurrence of events. Methods: This is a single-center, retrospective, observational cohort study that included patients with CAD obtained from the research protocols database of The Medicine, Angioplasty or Surgery Study, the MASS Study Group. Myocardial ischemia was assessed at baseline by a functional test with or without imaging. The primary outcome was the composition of death from any cause or non-fatal acute myocardial infarction (AMI). The secondary outcome was the isolated assessment of mortality and AMI. Results: From 1995 to 2018, 1915 patients with multivessel CAD were included. Of these, 1001 presented with conclusive tests at registry entry, 790 (79%) presenting with ischemia and 211 (21%) without ischemia. The median follow-up was 8.7 years (IQR 4.04 to 10.07). The primary outcome occurred in 228 (28.9%) patients with ischemia and in 64 (30.3%) patients without ischemia (plog-rank=0.60). After dividing the sample according to the degree of myocardial ischemia, moderate to severe ischemia did not add risk to patients when compared to the group without myocardial ischemia, in the primary outcome (HR: 1.14; 95% CI: 0.71 - 1.82; p=0.57), and in mortality (HR: 1.71; 95% CI: 0.90-3.25; p=0.09) No significant interaction observed with the presence of myocardial ischemia and treatment strategies or diabetes in the occurrence of the combined primary outcome (pinteration =0.14 and pinteration =0.55). Conclusion: In this sample, documented myocardial ischemia did not add a worse prognosis when compared to absence of ischemia in patients with stable multivessel CAD. Additionally, type 2 diabetes was not associated with higher overall mortality in those patients with documented ischemiaBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPHueb, Whady ArmindoCarvalho, Felipe Pereira Camara de2022-11-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-11042023-115654/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-04-17T16:21:14Zoai:teses.usp.br:tde-11042023-115654Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-04-17T16:21:14Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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