Influência do desing, tratamento de superfície e densidade do substrato na estabilidade primária de implantes odontológicos. Análise por meio de torque de inserção, resistência ao arrancamento e freqüência de ressonância

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliscovicz, Nathalia Ferraz
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58131/tde-24022012-113626/
Resumo: A grande variedade de modelos de implantes disponíveis no mercado, assim como a variabilidade óssea nos pacientes, torna cada vez mais difícil a seleção do implante que permita obter uma maior estabilidade primária, fator essencial para osseointegração. O objetivo desse trabalho foi avaliar a influência do formato e tratamento de superfície de implantes, assim como do substrato utilizado, na estabilidade primária; aferida por meio de ensaios de desempenho e freqüência de ressonância. Foram utilizados 32 implantes Conexão®: 8 implantes cilíndricos hexágono externo sem tratamento de superfície (MS), 8 cilíndricos hexágono externo com tratamento Porous duplo (MP), 8 cilíndricos hexágono interno com tratamento Porous (CA), 8 cônicos sem tratamento (CC); todos com 11,5 mm de comprimento, e 3,75 mm de diâmetro para cilíndricos e 3,5 mm para os cônicos. Foram inseridos em diferentes substratos: osso de costela suína; osso artificial de poliuretana Synbone©; poliuretana Nacional® em três densidades - 15, 20 e 40 PCF; e madeira pinus. Para o ensaio de desempenho foi quantificado o torque de inserção com o torquímetro digital Mackena®, e a força de arrancamento por meio de força axial de tração com célula de carga de 200 kg, realizada na Máquina Universal de Ensaios Emic® DL-10000, e Software Tesc 3.13. A análise da freqüência de ressonância foi realizada com o aparelho Osstell Mentor®. Para obtenção dos resultados estes receberam tratamento estatístico ANOVA e Teste de Tukey com nível de significância a 5%. Ao analisar o torque de inserção, implantes com tratamento de superfície não foram diferentes estatisticamente do usinados, assim como os implantes cilíndricos não tiveram diferença estatística com os cônicos em todos os substratos (P>0,05), com exceção da poliuretana Synbone©, onde os cônicos apresentaram a menor média (4.45 ± 0.82) e tiveram diferença estatistica com os cilíndricos, hexágono externo (MP= 11.39 ± 0.76; MS= 10.34 ± 1.68), e interno (12.18 ± 3.78). No osso suíno, na poliuretana Nacional® de 15 PCF e na madeira, os implantes cônicos mostraram um melhor desempenho que nos outros substratos. Da mesma forma que no torque de inserção, em relação à força máxima de arrancamento, implantes tratados e usinados, assim como cônicos e cilíndricos, não tiveram diferença estatística (P>0,05), em todos os substratos; implantes cônicos só não apresentaram menores médias de força de arrancamento em matérias menos densos - osso suíno (138.19 ± 57.41 N), poliueretana Nacional® de 15 (209.57 ± 9.60 N) e 20 PCF(206.57 ± 31.51 N); e implantes cilindricos hexágono interno mostraram a maior média numérica em todos os materiais de inserção. Os valores de freqüência de ressonância mostraram que, apesar dos implantes com tratamento de superfície apresentarem maior média de ISQ que os implantes usinados em todos os substratos, estes não apresentaram diferença estatística entre si (P>0,05), com exceção da inserção na poliuretana Nacional de 20 PCF. Pôde-se concluir que, tanto o formato, como o tratamento de superfície dos implantes não influenciaram nas análises realizadas, entretanto, o substrato utilizado e sua densidade tiveram uma maior influência nos resultados obtidos.
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Foram utilizados 32 implantes Conexão®: 8 implantes cilíndricos hexágono externo sem tratamento de superfície (MS), 8 cilíndricos hexágono externo com tratamento Porous duplo (MP), 8 cilíndricos hexágono interno com tratamento Porous (CA), 8 cônicos sem tratamento (CC); todos com 11,5 mm de comprimento, e 3,75 mm de diâmetro para cilíndricos e 3,5 mm para os cônicos. Foram inseridos em diferentes substratos: osso de costela suína; osso artificial de poliuretana Synbone©; poliuretana Nacional® em três densidades - 15, 20 e 40 PCF; e madeira pinus. Para o ensaio de desempenho foi quantificado o torque de inserção com o torquímetro digital Mackena®, e a força de arrancamento por meio de força axial de tração com célula de carga de 200 kg, realizada na Máquina Universal de Ensaios Emic® DL-10000, e Software Tesc 3.13. A análise da freqüência de ressonância foi realizada com o aparelho Osstell Mentor®. Para obtenção dos resultados estes receberam tratamento estatístico ANOVA e Teste de Tukey com nível de significância a 5%. Ao analisar o torque de inserção, implantes com tratamento de superfície não foram diferentes estatisticamente do usinados, assim como os implantes cilíndricos não tiveram diferença estatística com os cônicos em todos os substratos (P>0,05), com exceção da poliuretana Synbone©, onde os cônicos apresentaram a menor média (4.45 ± 0.82) e tiveram diferença estatistica com os cilíndricos, hexágono externo (MP= 11.39 ± 0.76; MS= 10.34 ± 1.68), e interno (12.18 ± 3.78). No osso suíno, na poliuretana Nacional® de 15 PCF e na madeira, os implantes cônicos mostraram um melhor desempenho que nos outros substratos. Da mesma forma que no torque de inserção, em relação à força máxima de arrancamento, implantes tratados e usinados, assim como cônicos e cilíndricos, não tiveram diferença estatística (P>0,05), em todos os substratos; implantes cônicos só não apresentaram menores médias de força de arrancamento em matérias menos densos - osso suíno (138.19 ± 57.41 N), poliueretana Nacional® de 15 (209.57 ± 9.60 N) e 20 PCF(206.57 ± 31.51 N); e implantes cilindricos hexágono interno mostraram a maior média numérica em todos os materiais de inserção. Os valores de freqüência de ressonância mostraram que, apesar dos implantes com tratamento de superfície apresentarem maior média de ISQ que os implantes usinados em todos os substratos, estes não apresentaram diferença estatística entre si (P>0,05), com exceção da inserção na poliuretana Nacional de 20 PCF. Pôde-se concluir que, tanto o formato, como o tratamento de superfície dos implantes não influenciaram nas análises realizadas, entretanto, o substrato utilizado e sua densidade tiveram uma maior influência nos resultados obtidos.The great variety of implant models available in the market, as well as the variability of patients bones, makes the selection of the implant that allows greatest primary stability, an essential factor for osseointegration, increasingly difficult. The aim of this study was to evaluate the influence of the format and surface treatment of implants, as well as the substrate used in primary stability; verified through resonance frequency and performance tests. 32 Conexão® implants were used: 8 cylindrical external hexagon implants without surface treatment (MS), 8 cylindrical external hexagon implants with double Porous treatment (MP), 8 cylindrical internal hexagon implants with Porous treatment (CA), and 8 tapered implants without treatment (CC). All had a length of 11.5 mm, while the cylindrical ones had a of diameter 3.75 mm compared with 3.5 mm for the tapered ones. They were inserted in different substrates: pig rib bone; artificial bone made from polyurethane Synbone©; Nacional® polyurethane in three densities - 15, 20 and 40 PCF; and pinus wood. For the performance test the insertion torque (N.cm) was quantified using the digital Mackena® torque meter, and the pull-out force (N) by means of axial traction force with a 200 kg load cell, carried out in the Emic® DL-10000 Universal Test Machine and the Tesc 3.13 software. The analysis of the resonance frequency (ISQ) was carried out with the Osstell Mentor® device. To obtain the results the ANOVA and Tukey statistical tests were used with a level of significance 5%. When analyzing the insertion torque, implants with surface treatment were not statistically different from the machined ones, nor did the cylindrical implants have any statistical difference from the tapered ones in all the substrates (P> 0.05), with exception of polyurethane Synbone©, where the tapered ones had a lower average (4.45 ± 0.82) and a statistical difference from the external hexagon (MP= 11.39 ± 0.76; 10.34 MS= ± 1.68), and internal hexagon (12.18 ± 3.78) cylindrical ones. In the pig bone, the 15 PCF Nacional® polyurethane and the wood tapered implants had a better performance that in the other substrate. Similar to the insertion torque, treated and machined implants, and tapered and cylindrical, did not have any statistical difference (P>0.05) in all the substrates; tapered implants only did not have a lower average of pull-out except in less dense substrates pig bone (138.19 ± 57.41 N), 15 Nacional® polyurethane (209.57 ± 9.60 N) and 20 PCF (206.57 ± 31.51 N). Internal cylindrical hexagon implants had the highest numerical average of all the inserted materials. The resonance frequency values showed that although the implants with surface treatment had a greater average ISQ that the machined implants in all the substrates, there was no statistical difference between them (P> 0.05), with the exception of the insertion of 20 PCF Nacional® polyurethane. It can be concluded that both the format and surface treatment of implants did not influence the analyses, however, the substrate used and their densities had a bigger influence on the results obtained.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPReis, Andréa Candido dosOliscovicz, Nathalia Ferraz2011-12-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58131/tde-24022012-113626/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:32Zoai:teses.usp.br:tde-24022012-113626Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:32Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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