Tolerância à dessecação e armazenamento de sementes de Inga uruguensis (Hook. et Arn.)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1997 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20191220-140435/ |
Resumo: | O presente trabalho foi conduzido no laboratório de análise de sementes do Departamento de Agricultura da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiróz", USP, em Piracicaba/SP, durante os anos de 1995 e 1996, utilizando-se frutos e sementes recém- colhidos de Inga uruguensis Hook. et. Arn., coletados na região de Piracicaba, SP. O estudo foi planejado com o objetivo de obter informações relativas ao comportamento das sementes quanto à resistência à dessecação e conservação do poder germinativo durante o armazenamento. Procurou-se determinar o teor crítico de água para manutenção da viabilidade e sua possível relação com a integridade das membranas, além de bases para o desenvolvimento de tecnologia adequada ao armazenamento das sementes. A pesquisa envolveu dois experimentos; o primeiro compreendeu a coleta de frutos e a extração de sementes que, após diferentes períodos de secagem com ar aquecido a 30ºC resultou em diversos tratamentos (teores de água). Estas sementes forma avaliadas quanto à qualidade fisiológica para detectar os graus crítico e letal de umidade para a espécie e, em seguida, embaladas e sacos de polietileno (2 mm de espessura do plástico), armazenadas em câmara fria (10ºC e 90% UR). Durante 60 dias conduziram-se avaliações periódicas do teor de água, germinação e vigor (primeira contagem do teste de germinação e condutividade elétrica). O segundo experimento constou da avaliação do desempenho de frutos sementes com sarcotesta e sementes nuas armazenadas com graus de umidade selecionados após o primeiro experimento, durante 90 dias em ambientes distintos (câmara fria a 10ºC e 90% UR e ambiente de laboratório), através dos testes já mencionados. A análise dos dados e interpretação dos resultados permitiram concluir que: - sementes de Inga uruguensis Hook. et. Arn. apresentaram limite de tolerância à desidratação e comportamento característico de sementes recalcitrantes. O grau crítico de umidade das sementes está em torno de 35% e o letal, entre 21 e 22% de água. - a desidratação parcial até 49-51% de água e posterior armazenamento em sacos de polietileno fechados a 10ºC, possibilita a conservação da qualidade fisiológica das sementes durante 45 a 60 dias após a colheita |
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Tolerância à dessecação e armazenamento de sementes de Inga uruguensis (Hook. et Arn.)Desiccation tolerance and seed storage potential of Inga uruguensis (Hook. et Arn.)ARMAZENAMENTOGERMINAÇÃO DE SEMENTESINGÁRESISTÊNCIA À DESSECAÇÃOO presente trabalho foi conduzido no laboratório de análise de sementes do Departamento de Agricultura da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiróz", USP, em Piracicaba/SP, durante os anos de 1995 e 1996, utilizando-se frutos e sementes recém- colhidos de Inga uruguensis Hook. et. Arn., coletados na região de Piracicaba, SP. O estudo foi planejado com o objetivo de obter informações relativas ao comportamento das sementes quanto à resistência à dessecação e conservação do poder germinativo durante o armazenamento. Procurou-se determinar o teor crítico de água para manutenção da viabilidade e sua possível relação com a integridade das membranas, além de bases para o desenvolvimento de tecnologia adequada ao armazenamento das sementes. A pesquisa envolveu dois experimentos; o primeiro compreendeu a coleta de frutos e a extração de sementes que, após diferentes períodos de secagem com ar aquecido a 30ºC resultou em diversos tratamentos (teores de água). Estas sementes forma avaliadas quanto à qualidade fisiológica para detectar os graus crítico e letal de umidade para a espécie e, em seguida, embaladas e sacos de polietileno (2 mm de espessura do plástico), armazenadas em câmara fria (10ºC e 90% UR). Durante 60 dias conduziram-se avaliações periódicas do teor de água, germinação e vigor (primeira contagem do teste de germinação e condutividade elétrica). O segundo experimento constou da avaliação do desempenho de frutos sementes com sarcotesta e sementes nuas armazenadas com graus de umidade selecionados após o primeiro experimento, durante 90 dias em ambientes distintos (câmara fria a 10ºC e 90% UR e ambiente de laboratório), através dos testes já mencionados. A análise dos dados e interpretação dos resultados permitiram concluir que: - sementes de Inga uruguensis Hook. et. Arn. apresentaram limite de tolerância à desidratação e comportamento característico de sementes recalcitrantes. O grau crítico de umidade das sementes está em torno de 35% e o letal, entre 21 e 22% de água. - a desidratação parcial até 49-51% de água e posterior armazenamento em sacos de polietileno fechados a 10ºC, possibilita a conservação da qualidade fisiológica das sementes durante 45 a 60 dias após a colheitaFresh-harvested seeds of Inga uruguensis Hook. et Arn., considered as recalcitrant seeds, were used in the present study that was carried out at the Seed Analysis Laboratory of the Department of Agriculture, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" /USP, University of São Paulo (Piracicaba / SP/ Brazil) during 1995 and 1996. The study was conducted with the main objective of obtaining information concerned to the inga seed performance during storage, and included the evaluation of the critical moisture content, which is crucial to preserve the viability, as well as its possible relationship with membrane integrity. This study also represented an attempt to suggest an efficient procedure to store inga seeds, as to improve the possibility of their usage, in forestry programs, mainly the ones related to the recovery of riparian forests. The research comprised in two experiments, the first concerned to the harvest of inga·s fruits, followed by the extraction and drying of the seeds, obtain seed samples possessing different water contents. Initially the seeds were evaluated for their viability and vigor, in order to determine the critical water content. After these evaluations, seeds were stored in polyethylene bags (thickness=2mm), at 10ºC and 90% relative humidity, during 45-60 days, to allow the study of seeds performance during storage. Toe second experiment was concerned to the storage for 90 days, which involved different ways to preserve the seeds: inside the fruit, involved by the mucilaginous pulp, or naked seeds. These treatments were associated to different seed water contents and storage conditions, i.e., cold chamber (10ºC and 90% UR) and the laboratory environmental conditions (temperature and relative humidity recorded during the whole experimental period). Seed quality was evaluated by the standard germination, first count and electrical conductivity tests. Toe analysis of the results allowed the following conclusions: - Seeds of Inga uruguensis do not exhibit high tolerance to desiccation and may be considered as recalcitrant. Toe critical water content was near 35g/kg and the lethal moisture content near 210 and 220 g/kg. - Toe partial desiccation up to 490-510g/kg water content, followed by storage in polyethylene bags at 10ºC allowed the preservation of seed physiological quality up to 60 days after harvestingBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFilho, Julio MarcosBilia, Denise Augusta Camargo1997-05-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20191220-140435/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-12-21T03:06:02Zoai:teses.usp.br:tde-20191220-140435Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-12-21T03:06:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O presente trabalho foi conduzido no laboratório de análise de sementes do Departamento de Agricultura da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiróz", USP, em Piracicaba/SP, durante os anos de 1995 e 1996, utilizando-se frutos e sementes recém- colhidos de Inga uruguensis Hook. et. Arn., coletados na região de Piracicaba, SP. O estudo foi planejado com o objetivo de obter informações relativas ao comportamento das sementes quanto à resistência à dessecação e conservação do poder germinativo durante o armazenamento. Procurou-se determinar o teor crítico de água para manutenção da viabilidade e sua possível relação com a integridade das membranas, além de bases para o desenvolvimento de tecnologia adequada ao armazenamento das sementes. A pesquisa envolveu dois experimentos; o primeiro compreendeu a coleta de frutos e a extração de sementes que, após diferentes períodos de secagem com ar aquecido a 30ºC resultou em diversos tratamentos (teores de água). Estas sementes forma avaliadas quanto à qualidade fisiológica para detectar os graus crítico e letal de umidade para a espécie e, em seguida, embaladas e sacos de polietileno (2 mm de espessura do plástico), armazenadas em câmara fria (10ºC e 90% UR). Durante 60 dias conduziram-se avaliações periódicas do teor de água, germinação e vigor (primeira contagem do teste de germinação e condutividade elétrica). O segundo experimento constou da avaliação do desempenho de frutos sementes com sarcotesta e sementes nuas armazenadas com graus de umidade selecionados após o primeiro experimento, durante 90 dias em ambientes distintos (câmara fria a 10ºC e 90% UR e ambiente de laboratório), através dos testes já mencionados. A análise dos dados e interpretação dos resultados permitiram concluir que: - sementes de Inga uruguensis Hook. et. Arn. apresentaram limite de tolerância à desidratação e comportamento característico de sementes recalcitrantes. O grau crítico de umidade das sementes está em torno de 35% e o letal, entre 21 e 22% de água. - a desidratação parcial até 49-51% de água e posterior armazenamento em sacos de polietileno fechados a 10ºC, possibilita a conservação da qualidade fisiológica das sementes durante 45 a 60 dias após a colheita |
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