Cinética do IGF-I e da IGFBP-3 frente ao treinamento militar de campo em recrutas da força aérea brasileira
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/109/109131/tde-13042022-132923/ |
Resumo: | A formação de um militar deve abranger diversos fatores, dentre eles, o preparo físico para situações estressoras, comumente vivenciadas durante suas carreiras. Este tipo de treinamento específico coloca em prática situações de combate e de sobrevivência, que exigem muito do organismo, e podem causar mudanças nos padrões endócrinos dos sujeitos. O IGF-I vem ganhando bastante notoriedade no treinamento militar, principalmente por ser responsivo/sensível ao déficit energético, situação comumente vivenciada no treinamento militar específico. Desta feita, o presente estudo teve como objetivo avaliar a cinética do IGF-I e da IGFBP-3 em 3 momentos: Momento 1 - basal (semana controle); Momento 2 - após treinamento específico militar de campo; e Momento 3 - uma semana após o treinamento específico (semana controle). Participaram do estudo 12 soldados, membros em formação da escola de infantes da Academia das Forças Aéreas - AFA que foram acompanhados durante os três momentos citados. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva (média, desvio padrão, máximo e mínimo). Para comparação de médias foi utilizada estatística não-paramétrica com um valor de p<0,05. Para as principais medidas do estudo (IGF-I e IGFBP-3) foi utilizado a ANOVA de Friedman para medidas repetidas. Posteriormente, utilizou-se o teste de Wilcoxon para comparar as medidas aos pares (momentos 1 e 2; 1 e 3; 2 e 3). O effect size foi calculado pela proposta de Rosenthal (1991), O principal achado deste estudo foi verificar a cinética bifásica de IGF-I e da IGFBP-3 nos três momentos observados, ou seja, uma queda significativa a partir do momento 1 (basal - IGF-I: 189 ng / ml e IGFBP-3: 4,71 mg / l) até o momento 2 (imediatamente após o treinamento militar - IGF-I: 162ng / ml e IGFBP-3: 4,08 mg / l), e recuperação subsequente desses marcadores, com um aumento significativo do momento 2 (imediatamente após o treinamento militar) para o momento 3 (a semana após o treinamento militar - IGF-I: 199 ng / ml e IGFBP-3: 4,96 mg / l). Pode se concluir que os níveis de IGF-I e IGFBP-3 respondem rapidamente aos estímulos causados por treinamento militar, especialmente após treinamento de campo específico, no entanto, os mesmos marcadores retornam rapidamente aos seus valores basais após o término deste tipo de treinamento, simplesmente seguindo a rotina diária do batalhão nas semanas de controle, sem a necessidade de intervenção específica. |
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Cinética do IGF-I e da IGFBP-3 frente ao treinamento militar de campo em recrutas da força aérea brasileiraKinetics of IGF-I and IGFBP-3 in response to military field training in Brazilian air force recruitsEstresse fisiológicoFator de crescimento similar a insulina IIGBBP-3IGFBP-3Insulin-like growth factor IMedicina militarMilitaresMilitaryMilitary medicinePhysiological stressA formação de um militar deve abranger diversos fatores, dentre eles, o preparo físico para situações estressoras, comumente vivenciadas durante suas carreiras. Este tipo de treinamento específico coloca em prática situações de combate e de sobrevivência, que exigem muito do organismo, e podem causar mudanças nos padrões endócrinos dos sujeitos. O IGF-I vem ganhando bastante notoriedade no treinamento militar, principalmente por ser responsivo/sensível ao déficit energético, situação comumente vivenciada no treinamento militar específico. Desta feita, o presente estudo teve como objetivo avaliar a cinética do IGF-I e da IGFBP-3 em 3 momentos: Momento 1 - basal (semana controle); Momento 2 - após treinamento específico militar de campo; e Momento 3 - uma semana após o treinamento específico (semana controle). Participaram do estudo 12 soldados, membros em formação da escola de infantes da Academia das Forças Aéreas - AFA que foram acompanhados durante os três momentos citados. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva (média, desvio padrão, máximo e mínimo). Para comparação de médias foi utilizada estatística não-paramétrica com um valor de p<0,05. Para as principais medidas do estudo (IGF-I e IGFBP-3) foi utilizado a ANOVA de Friedman para medidas repetidas. Posteriormente, utilizou-se o teste de Wilcoxon para comparar as medidas aos pares (momentos 1 e 2; 1 e 3; 2 e 3). O effect size foi calculado pela proposta de Rosenthal (1991), O principal achado deste estudo foi verificar a cinética bifásica de IGF-I e da IGFBP-3 nos três momentos observados, ou seja, uma queda significativa a partir do momento 1 (basal - IGF-I: 189 ng / ml e IGFBP-3: 4,71 mg / l) até o momento 2 (imediatamente após o treinamento militar - IGF-I: 162ng / ml e IGFBP-3: 4,08 mg / l), e recuperação subsequente desses marcadores, com um aumento significativo do momento 2 (imediatamente após o treinamento militar) para o momento 3 (a semana após o treinamento militar - IGF-I: 199 ng / ml e IGFBP-3: 4,96 mg / l). Pode se concluir que os níveis de IGF-I e IGFBP-3 respondem rapidamente aos estímulos causados por treinamento militar, especialmente após treinamento de campo específico, no entanto, os mesmos marcadores retornam rapidamente aos seus valores basais após o término deste tipo de treinamento, simplesmente seguindo a rotina diária do batalhão nas semanas de controle, sem a necessidade de intervenção específica.The formation of a military must cover several factors, among them, the physical preparation for stressful situations, commonly experienced during their careers. This type of specific training puts into practice combat and survival situations, which demand a lot from the organism, and can cause changes in the subjects\' endocrine patterns. The IGF-I has gained a lot of notoriety in military training, mainly because it is responsive/sensitive to energy deficit, a situation commonly experienced in specific military training. Therefore, this study aimed to assess the kinetics of IGF-I and IGFBP-3 using three moments in time: moment 1 - basal (control week); moment 2 - after specific military field training; and moment 3 - one week after the specific training (control week). Twelve soldiers took part in the study, all of whom were male and undergoing training at the Air Forces Academy (AFA) infants\' school. Data were analyzed using descriptive statistics (mean, standard deviation, maximum and minimum). For comparison of means, non-parametric statistics were used with a value of p<0.05. For the main measures of the study (IGF-I and IGFBP-3), Friedman\'s ANOVA for repeated measures was used. Subsequently, the Wilcoxon test was used to compare measurements in pairs (moments 1 and 2; 1 and 3; 2 and 3). The effect size was calculated by the proposal of Rosenthal (1991). The main finding of this study was it verified the biphasic kinetics of both IGF-I and IGFBP-3 at the three moments observed, that is, a significant drop from moment 1 (basal - IGF-I: 189 ng/ml and IGFBP-3: 4,71 mg/l) to moment 2 (immediately after military training - IGF-I: 162 ng/ml and IGFBP-3: 4,08 mg/l), and subsequent recovery of these markers, with a significant increase from moment 2 (immediately after military training) to moment 3 (a week after military training - IGF-I: 199 ng/ml and IGFBP-3: 4,96 mg/l). It can be concluded that IGF-I and IGFBP-3 levels respond quickly to the stimuli caused by military training, especially after specific field training, however, the same markers quickly return to their basal values after this type of training finishes, by merely following the daily routine of the battalion in the control weeks, with no specific intervention being necessary.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPTourinho Filho, HugoTalarico Neto, Thomaz2022-02-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/109/109131/tde-13042022-132923/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-04-14T14:10:01Zoai:teses.usp.br:tde-13042022-132923Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-04-14T14:10:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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