Filogenia e sistemática de Mimosa L.: M. ser. Pachycarpae Benth. e M. ser. Setosae Barneby

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Borges, Leonardo Maurici
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-18032015-143259/
Resumo: Mimosa, um dos maiores gêneros de Leguminosae, apresenta uma complexa classificação infraespecífica estruturada em seções incluindo series. Das últimas, M. ser. Pachycarpae, e M. ser. Setosae são endêmicas e diversas no Domínio do Cerrado. Ambas apresentam uma complexa classificação infraespecífica que reflete em parte sua ampla diversidade morfológica. Embora a morfologia dos frutos tenha sido utilizada para diferenciá-las, análises filogenéticas indicam que elas devem ser fundidas. A fim de verificar essas afirmações, realizamos uma análise filogenética incluindo uma vasta amostragem de táxons e baseada em caracteres moleculares e morfológicos. Concluímos que M. ser. Pachycarpae M. ser. Setosae devem, de fato, ser fundidas e que parte das espécies da última é, na verdade, mais relacionada a outra série do gênero. Além disso, evidenciamos que a classificação infraespecífica aplicada às series não é refletida na topologia obtida e, portanto, deve ser aprimorada tanto quanto possível. A diversificação do grupo aparentemente está ligada à aquisição de uma inovação-chave e a processos de recombinação fenotípica. Portanto, a circunscrição de M. ser. Pachycarpae é aqui reorganizada para incluir parte das espécies de M. ser. Setosae, bem como sua classificação infraespecífica. M. ser. Pachycarpae apresenta 72 espécies e seis táxons infraespecíficos, todos, exceto um (M. paludosa), endêmicos ao Domínio do Cerrado, onde ocorrem preferencialmente em áreas montanhosas. Uma circunscrição abrangente de M. ser. Pachycarpae não permite delimitação baseada em um ou poucos caracteres, dada a ampla variação morfológica dos táxons. Entretanto, o fruto do tipo craspédio não-articulado ocorre na maioria das espécies. Atualizações taxonômicas no grupo incluem caracterização diagnóstica, notas morfológicas e taxonômicas, informação sobre distribuição e habitat, bem como uma lista de espécimes selecionados de cada táxon, juntamente com algumas fotos ilustrativas . Um tratamento taxonômico completo do complexo M. setosa é apresentado. Além disso, duas novas espécies são descritas, problemas com tipificação, corrigidos e o reconhecimento problemático de duas espécies, resolvido. Reconhecimento distinto de hierarquia taxonômica em Mimosa pode estar relacionado com a preferência por conceitos de espécie diferentes. É necessário promover o estudo de espécies baseado em conceitos explícitos a fim de produzir circunscrições testáveis, e também sistemas de classificação robustos, informativos e preditivos
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spelling Filogenia e sistemática de Mimosa L.: M. ser. Pachycarpae Benth. e M. ser. Setosae BarnebyPhylogeny and systematics of Mimosa L.: M. ser. Pachycarpae Benth. and M. ser. Setosae BarnebyCerradoCerradoDiversidadeDiversityLeguminosaeLeguminosaeMimosa, um dos maiores gêneros de Leguminosae, apresenta uma complexa classificação infraespecífica estruturada em seções incluindo series. Das últimas, M. ser. Pachycarpae, e M. ser. Setosae são endêmicas e diversas no Domínio do Cerrado. Ambas apresentam uma complexa classificação infraespecífica que reflete em parte sua ampla diversidade morfológica. Embora a morfologia dos frutos tenha sido utilizada para diferenciá-las, análises filogenéticas indicam que elas devem ser fundidas. A fim de verificar essas afirmações, realizamos uma análise filogenética incluindo uma vasta amostragem de táxons e baseada em caracteres moleculares e morfológicos. Concluímos que M. ser. Pachycarpae M. ser. Setosae devem, de fato, ser fundidas e que parte das espécies da última é, na verdade, mais relacionada a outra série do gênero. Além disso, evidenciamos que a classificação infraespecífica aplicada às series não é refletida na topologia obtida e, portanto, deve ser aprimorada tanto quanto possível. A diversificação do grupo aparentemente está ligada à aquisição de uma inovação-chave e a processos de recombinação fenotípica. Portanto, a circunscrição de M. ser. Pachycarpae é aqui reorganizada para incluir parte das espécies de M. ser. Setosae, bem como sua classificação infraespecífica. M. ser. Pachycarpae apresenta 72 espécies e seis táxons infraespecíficos, todos, exceto um (M. paludosa), endêmicos ao Domínio do Cerrado, onde ocorrem preferencialmente em áreas montanhosas. Uma circunscrição abrangente de M. ser. Pachycarpae não permite delimitação baseada em um ou poucos caracteres, dada a ampla variação morfológica dos táxons. Entretanto, o fruto do tipo craspédio não-articulado ocorre na maioria das espécies. Atualizações taxonômicas no grupo incluem caracterização diagnóstica, notas morfológicas e taxonômicas, informação sobre distribuição e habitat, bem como uma lista de espécimes selecionados de cada táxon, juntamente com algumas fotos ilustrativas . Um tratamento taxonômico completo do complexo M. setosa é apresentado. Além disso, duas novas espécies são descritas, problemas com tipificação, corrigidos e o reconhecimento problemático de duas espécies, resolvido. Reconhecimento distinto de hierarquia taxonômica em Mimosa pode estar relacionado com a preferência por conceitos de espécie diferentes. É necessário promover o estudo de espécies baseado em conceitos explícitos a fim de produzir circunscrições testáveis, e também sistemas de classificação robustos, informativos e preditivosMimosa, one of the largest genera in Leguminosae, has an infrageneric classification arranged in sections with subtended series. Two of the latter, M. ser. Pachycarpae and M. ser. Setosae, are endemic to the Brazilian Cerrado Domain. The current infraspecific classification of both series id complex and reflect in part their large morphological diversity. Although fruit morphology has been used to segregate these two series, previous phylogenetic analyses indicate that they should be merged. Aiming to contribute to a better understanding of that problem, we performed a phylogenetic analysis based on molecular and morphological data of a wide taxa samplig. Our results show that M. ser. Pachycarpae and M. ser. Setosae must be merged and that part of the species belonging to the latter is actually more related to another series. Also, the current infraspecific classification is not corroborated by our tree topology. Diversification of the group may be related to a key innovation and to phenotypic recombination. Hence, M. ser. Pachycarpae> is reorganized to accommodate part of M. ser. Setosae. The infraspecific classification of the series is also updated and replaced as much as possible. M. ser. Pachycarpae presents 72 species and six infraspecific taxa, all but one (M. paludosa) endemic to the Brazilian Cerrado Domain, where they occur chiefly in altitudinal areas. The comprehensive circumscription of M. ser. Pachycarpae avoids delimitation based on a single or few characters, due to its wide morphological diversity, but an unjointed craspedium occurs in most species. Taxonomic updates include diagnostic characterization, notes on morphology and taxonomy, information on distribution and habitats, as well as a list of selected specimens from each taxon, and some illustrative photographs. For the M. setosa complex, a full taxonomic treatment is provided. Also, two new species are described, typification problems are solved and the recognition of two problematic taxa is resolved. Different approaches to rank choice in Mimosa may be related to usage of different species concepts. Efforts are needed to promote species studies based on explicit concepts in order to achieve not only testable species circumscriptions, but also robust, informative and predictive classification systemsBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPirani, Jose RubensSimon, Marcelo FragomeniBorges, Leonardo Maurici2014-12-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-18032015-143259/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-03-17T06:00:05Zoai:teses.usp.br:tde-18032015-143259Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-03-17T06:00:05Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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description Mimosa, um dos maiores gêneros de Leguminosae, apresenta uma complexa classificação infraespecífica estruturada em seções incluindo series. Das últimas, M. ser. Pachycarpae, e M. ser. Setosae são endêmicas e diversas no Domínio do Cerrado. Ambas apresentam uma complexa classificação infraespecífica que reflete em parte sua ampla diversidade morfológica. Embora a morfologia dos frutos tenha sido utilizada para diferenciá-las, análises filogenéticas indicam que elas devem ser fundidas. A fim de verificar essas afirmações, realizamos uma análise filogenética incluindo uma vasta amostragem de táxons e baseada em caracteres moleculares e morfológicos. Concluímos que M. ser. Pachycarpae M. ser. Setosae devem, de fato, ser fundidas e que parte das espécies da última é, na verdade, mais relacionada a outra série do gênero. Além disso, evidenciamos que a classificação infraespecífica aplicada às series não é refletida na topologia obtida e, portanto, deve ser aprimorada tanto quanto possível. A diversificação do grupo aparentemente está ligada à aquisição de uma inovação-chave e a processos de recombinação fenotípica. Portanto, a circunscrição de M. ser. Pachycarpae é aqui reorganizada para incluir parte das espécies de M. ser. Setosae, bem como sua classificação infraespecífica. M. ser. Pachycarpae apresenta 72 espécies e seis táxons infraespecíficos, todos, exceto um (M. paludosa), endêmicos ao Domínio do Cerrado, onde ocorrem preferencialmente em áreas montanhosas. Uma circunscrição abrangente de M. ser. Pachycarpae não permite delimitação baseada em um ou poucos caracteres, dada a ampla variação morfológica dos táxons. Entretanto, o fruto do tipo craspédio não-articulado ocorre na maioria das espécies. Atualizações taxonômicas no grupo incluem caracterização diagnóstica, notas morfológicas e taxonômicas, informação sobre distribuição e habitat, bem como uma lista de espécimes selecionados de cada táxon, juntamente com algumas fotos ilustrativas . Um tratamento taxonômico completo do complexo M. setosa é apresentado. Além disso, duas novas espécies são descritas, problemas com tipificação, corrigidos e o reconhecimento problemático de duas espécies, resolvido. Reconhecimento distinto de hierarquia taxonômica em Mimosa pode estar relacionado com a preferência por conceitos de espécie diferentes. É necessário promover o estudo de espécies baseado em conceitos explícitos a fim de produzir circunscrições testáveis, e também sistemas de classificação robustos, informativos e preditivos
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