Como avaliar a força muscular de idosos da comunidade na prática clínica: uma pesquisa translacional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Porto, Jaqueline Mello
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-02122020-112636/
Resumo: A fraqueza muscular global e de membros inferiores em idosos consiste em fator de risco para quedas e declínios funcionais. Porém, sua avaliação na prática clínica continua sendo um desafio, uma vez que existem poucas ferramentas validadas. Nesse sentido, a presente tese objetivou responder a 3 questões: (1) se a medida de força de preensão palmar (FPP) é capaz de representar força muscular global e força muscular individual de tronco e membro inferior em idosos da comunidade; (2) se o teste de transpor degrau anterior é capaz de avaliar indiretamente a força muscular de membro inferior total (FMT); e (3) se os testes clínicos degrau lateral, marcha tandem e apoio unipodal são capazes de avaliar indiretamente a força muscular dos abdutores de quadril. Métodos: para responder a primeira questão, no Artigo 1, 150 idosos (122 mulheres e 28 homens) foram submetidos à avaliação da FPP e do pico de torque isométrico (PT) de grupos musculares do tronco, quadril, joelho e tornozelo por meio de dinamômetro isocinético (Biodex System 4 Pro, Nova York, EUA). Para responder a segunda questão, no Artigo 2, 119 idosas foram submetidas ao teste de transpor degrau anterior e à avaliação do PT de quadril, joelho e tornozelo. Já para responder a terceira questão, no Artigo 3, 123 idosas foram submetidas aos testes clínicos degrau lateral, marcha tandem e apoio unipodal e à avaliação do PT dos abdutores de quadril. Em todos os artigos, a associação entre as variáveis foram realizadas por meio do teste de 10 correlação de Pearson, seguido de regressão linear múltipla ajustada por variáveis confundidoras. Nos artigos 2 e 3, foi realizada a curva ROC para verificar se os testes clínicos propostos eram capazes de discriminar idosas com força muscular reduzida de membro inferior total e de abdutores de quadril, respectivamente. A partir dos dados obtidos na curva ROC, foi calculada a probabilidade pós-teste (PoTP) de cada teste clínico capaz de discriminar baixa força muscular. Para todas as análises, foi adotado nível de significância de 5% (p < 0,05). Resultados: o Artigo 1 demonstrou que a FPP é capaz de representar força muscular global, porém, não dispensa a avaliação específica de grupos musculares individuais de tronco e membro inferior, quando necessária. O Artigo 2 demonstrou que o teste de transpor degrau anterior com um ponto de corte de 0,24 cm por cm de altura do indivíduo pode complementar a triagem clínica da FMT reduzida em idosas da comunidade. O Artigo 3 sugeriu a aplicação combinada dos testes de degrau lateral (ponto de corte de 0,25 cm por cm de altura) e tempo de execução da marcha tandem (ponto de corte de 0,07 s por cm de altura) para a avaliação indireta da força muscular dos abdutores de quadril. Conclusão: a compilação dos resultados dos artigos que compõem a presente tese traz informações importantes que podem auxiliar o clínico a escolher as ferramentas que melhor se encaixam a suas necessidades, objetivos e recursos disponíveis, a fim de oferecer a assistência adequada aos idosos.
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Nesse sentido, a presente tese objetivou responder a 3 questões: (1) se a medida de força de preensão palmar (FPP) é capaz de representar força muscular global e força muscular individual de tronco e membro inferior em idosos da comunidade; (2) se o teste de transpor degrau anterior é capaz de avaliar indiretamente a força muscular de membro inferior total (FMT); e (3) se os testes clínicos degrau lateral, marcha tandem e apoio unipodal são capazes de avaliar indiretamente a força muscular dos abdutores de quadril. Métodos: para responder a primeira questão, no Artigo 1, 150 idosos (122 mulheres e 28 homens) foram submetidos à avaliação da FPP e do pico de torque isométrico (PT) de grupos musculares do tronco, quadril, joelho e tornozelo por meio de dinamômetro isocinético (Biodex System 4 Pro, Nova York, EUA). Para responder a segunda questão, no Artigo 2, 119 idosas foram submetidas ao teste de transpor degrau anterior e à avaliação do PT de quadril, joelho e tornozelo. Já para responder a terceira questão, no Artigo 3, 123 idosas foram submetidas aos testes clínicos degrau lateral, marcha tandem e apoio unipodal e à avaliação do PT dos abdutores de quadril. Em todos os artigos, a associação entre as variáveis foram realizadas por meio do teste de 10 correlação de Pearson, seguido de regressão linear múltipla ajustada por variáveis confundidoras. Nos artigos 2 e 3, foi realizada a curva ROC para verificar se os testes clínicos propostos eram capazes de discriminar idosas com força muscular reduzida de membro inferior total e de abdutores de quadril, respectivamente. A partir dos dados obtidos na curva ROC, foi calculada a probabilidade pós-teste (PoTP) de cada teste clínico capaz de discriminar baixa força muscular. Para todas as análises, foi adotado nível de significância de 5% (p < 0,05). Resultados: o Artigo 1 demonstrou que a FPP é capaz de representar força muscular global, porém, não dispensa a avaliação específica de grupos musculares individuais de tronco e membro inferior, quando necessária. O Artigo 2 demonstrou que o teste de transpor degrau anterior com um ponto de corte de 0,24 cm por cm de altura do indivíduo pode complementar a triagem clínica da FMT reduzida em idosas da comunidade. O Artigo 3 sugeriu a aplicação combinada dos testes de degrau lateral (ponto de corte de 0,25 cm por cm de altura) e tempo de execução da marcha tandem (ponto de corte de 0,07 s por cm de altura) para a avaliação indireta da força muscular dos abdutores de quadril. Conclusão: a compilação dos resultados dos artigos que compõem a presente tese traz informações importantes que podem auxiliar o clínico a escolher as ferramentas que melhor se encaixam a suas necessidades, objetivos e recursos disponíveis, a fim de oferecer a assistência adequada aos idosos.Muscle weakness (global and lower limbs) in older adults is a risk factor for falls and functional declines. However, its assessment in clinical practice remains a challenge, since there are few validated tools. In this sense, the present thesis aimed to answer 3 questions: (1) whether the grip strength (GS) is able to represent the overall muscle strength and the individual muscle strength of the trunk and lower limb in community-dwelling older adults; (2) whether the step test is able to indirectly assess the total muscle strength of the lower limb (TMS); and (3) whether the clinical tests lateral step, tandem gait and single-leg stance are capable of indirectly assessing the hip abductors muscle strength. Methods: to answer the first question, in Article 1, 150 older adults (122 women and 28 men) underwent an evaluation of the GS and the isometric peak torque (PT) of trunk, hip, knee and ankle muscle groups using isokinetic dynamometer (Biodex System 4 Pro, New York, USA). To answer the second question, in Article 2, 119 older women were submitted to the step test and to the evaluation of the hip, knee and ankle PT. In order to answer the third question, in Article 3, 123 older women underwent the clinical tests (lateral step, tandem gait and single-leg stance) and the assessment of the hip abductors PT. In all articles, the association between variables was performed using Pearson\'s correlation test, followed by multiple linear regression adjusted for confounding variables. In articles 2 and 3, the ROC curve was performed to verify whether the proposed clinical tests were able to discriminate older women with 12 reduced muscle strength of the total lower limb and hip abductors, respectively. From the data obtained in the ROC curve, the post-test probability (PoTP) of each clinical test capable of discriminating reduced muscle strength was calculated. For all analyzes, a significance level of 5% (p < 0.05) was adopted. Results: Article 1 demonstrated that GS is capable of representing global muscle strength; however, it does not replace the specific assessment of individual muscle groups of the trunk and lower limb, when necessary. Article 2 demonstrated that the step test with a cutoff point of 0.24 cm per cm of individual\'s height can complement the clinical screening of reduced TMS in community-dwelling older women. Article 3 suggested the combined application of the lateral step (cutoff point of 0.25 cm per cm of height) and time of execution of the tandem gait (cutoff point of 0.07 s per cm of height) for indirect assessment of muscle strength of the hip abductors. Conclusion: the compilation of the results of this thesis brings important information that can help the clinician to choose the tools that best fit his needs, objectives and available resources, in order to offer adequate assistance to the older population.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAbreu, Daniela Cristina Carvalho dePorto, Jaqueline Mello2020-09-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-02122020-112636/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-01-28T21:43:02Zoai:teses.usp.br:tde-02122020-112636Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-01-28T21:43:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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