Valor alimentar do capim tanzânia irrigado
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2002 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-15092006-141145/ |
Resumo: | Amostras simulando o pastejo de capim Tanzânia (Panicum maximum Jacq.) irrigado sob três resíduo pós-pastejo (T1= baixo; T2= médio; T3= alto) foram coletadas durante um ano e analisadas para a determinação da composição protéica e dos carboidratos, e das frações protéicas e carboidratos (CNCPS). O teor de NDT também foi estimado. Nos períodos de verão, outono e primavera, foi avaliado a degradação ruminal da MS, FDN, FDA, PB e nFDN das amostras de pastejo simulado. Nestes períodos, também foi estimado o consumo de forragem usando-se o óxido de cromo como marcador. Não houve diferença de qualidade nutricional entre os tratamentos. Os maiores teores de FDN (68,3 a 64,5%) e FDA (34,89 a 33,18%) ocorreram no período de primavera/verão. A lignina apresentou maiores proporções no inverno (4,68 a 4,10), provocando variação na fração C dos carboidratos (14,14 a 23,21 %CT). O NDT variou entre 55,26 e 59,31%. O teor de PB teve tendência de aumento ao longo do ano, variando de 11,29 a 14,61%. Os teores de NnP variaram entre 18,23 e 28,77 %PB, sendo menores durante a primavera/verão. O Nsol variou de 24,97 a 35,97 %PB. A fração nFDN foi, em média, de 49,11 %PB. Para o nFDA, a variação foi de 6,48 e 11,94 %PB. A avaliação da degradação ruminal indica que as maiores taxas de degradações e menores frações indisponíveis ocorreram no período de verão. O T1 foi o tratamento que apresentou maior redução de digestibilidade entre o verão (81,41%) e a primavera (74,96%). A fração prontamente solúvel da proteína pode ser maior que 40% da PDR, que variou entre 76,36 %PB (verão) e 62,05 %PB (primavera). A fração indigestível da FDN (C) é maior que a estimada pelo CNCPS a partir dos teores de lignina/FDN multiplicados por 2,4. Os resultados deste trabalho indicam que o fator de multiplicação deve estar entre 2,91 e 3,35. A fração C do nFDN (12,11 a 17,08%) é maior que a calculada em laboratório como sendo nFDA (6,48 a 10,7%). Quanto maior o teor de PB e de nFDN, pior foi a digestibilidade da PB. A menor qualidade da planta no período entre julho e setembro pode estar relacionada à menor renovação de tecidos durante o período de inverno e ao acúmulo de perfilhos florescidos. O consumo de forragem foi menor para o T1 (65,8 g/kg PM) e para o período de primavera (61,3 g/kg PM). Em média, o consumo de FDN foi de 1,34% do peso animal. A altura do resíduo póspastejo, a oferta de folhas e a MSD explicaram, em média, 50% do consumo de forragem nas três estações do ano. No período do verão, houve aumento no consumo de forragem com o aumento da altura de pastejo e da oferta de folhas. Ainda no período de verão, o consumo máximo de forragem (82,98 g/kg PM) foi obtido com um resíduo de 2833 kg MSV/ha. A relação PDR/MDOR foi, entre 15,02 e 19,18%, gerando um excesso de N ruminal entre 4 e 29%. |
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Valor alimentar do capim tanzânia irrigadoForage quality of irrigated tanzânia grassbromatologiacapim coloniãoguinea grassirrigaçãoirrigationnutritive valuevalor nutritivoAmostras simulando o pastejo de capim Tanzânia (Panicum maximum Jacq.) irrigado sob três resíduo pós-pastejo (T1= baixo; T2= médio; T3= alto) foram coletadas durante um ano e analisadas para a determinação da composição protéica e dos carboidratos, e das frações protéicas e carboidratos (CNCPS). O teor de NDT também foi estimado. Nos períodos de verão, outono e primavera, foi avaliado a degradação ruminal da MS, FDN, FDA, PB e nFDN das amostras de pastejo simulado. Nestes períodos, também foi estimado o consumo de forragem usando-se o óxido de cromo como marcador. Não houve diferença de qualidade nutricional entre os tratamentos. Os maiores teores de FDN (68,3 a 64,5%) e FDA (34,89 a 33,18%) ocorreram no período de primavera/verão. A lignina apresentou maiores proporções no inverno (4,68 a 4,10), provocando variação na fração C dos carboidratos (14,14 a 23,21 %CT). O NDT variou entre 55,26 e 59,31%. O teor de PB teve tendência de aumento ao longo do ano, variando de 11,29 a 14,61%. Os teores de NnP variaram entre 18,23 e 28,77 %PB, sendo menores durante a primavera/verão. O Nsol variou de 24,97 a 35,97 %PB. A fração nFDN foi, em média, de 49,11 %PB. Para o nFDA, a variação foi de 6,48 e 11,94 %PB. A avaliação da degradação ruminal indica que as maiores taxas de degradações e menores frações indisponíveis ocorreram no período de verão. O T1 foi o tratamento que apresentou maior redução de digestibilidade entre o verão (81,41%) e a primavera (74,96%). A fração prontamente solúvel da proteína pode ser maior que 40% da PDR, que variou entre 76,36 %PB (verão) e 62,05 %PB (primavera). A fração indigestível da FDN (C) é maior que a estimada pelo CNCPS a partir dos teores de lignina/FDN multiplicados por 2,4. Os resultados deste trabalho indicam que o fator de multiplicação deve estar entre 2,91 e 3,35. A fração C do nFDN (12,11 a 17,08%) é maior que a calculada em laboratório como sendo nFDA (6,48 a 10,7%). Quanto maior o teor de PB e de nFDN, pior foi a digestibilidade da PB. A menor qualidade da planta no período entre julho e setembro pode estar relacionada à menor renovação de tecidos durante o período de inverno e ao acúmulo de perfilhos florescidos. O consumo de forragem foi menor para o T1 (65,8 g/kg PM) e para o período de primavera (61,3 g/kg PM). Em média, o consumo de FDN foi de 1,34% do peso animal. A altura do resíduo póspastejo, a oferta de folhas e a MSD explicaram, em média, 50% do consumo de forragem nas três estações do ano. No período do verão, houve aumento no consumo de forragem com o aumento da altura de pastejo e da oferta de folhas. Ainda no período de verão, o consumo máximo de forragem (82,98 g/kg PM) foi obtido com um resíduo de 2833 kg MSV/ha. A relação PDR/MDOR foi, entre 15,02 e 19,18%, gerando um excesso de N ruminal entre 4 e 29%.The objective of this work was to: determine the chemical composition; study DM, NDF, CP and nNDF ruminal kinectics; estimate forage intake by Nellore growing steers of irrigated Tanzania grass (Panicum maximum Jacq.); and validate the Cornell system. Simulated-grazed samples were collected on three periods of the year (spring, summer and fall, totaling 10 grazing cycles) on irrigated paddocks, rotationally grazed to three post grazing green dry matter residues (T1 = low, T2 = medium and T3 = high). Three rumen cannulated animals were used in a 3 x 3 Latin square design to determine the in situ degradability up to 96 hours of incubation. NDF, CP and nNDF were determined through NIRS in the residue remaining in the bags. Although there were no statistical differences imposed by the treatments during the year, the NDF and ADF showed higher values (P <.05) in the spring/summer, and lignin in the winter (P <.05) grazing cycles. Along the year the carbohydrate C fraction, TDN and CP varied from 14.14 to 23.21%, 55.26 to 59.31% and 11.29 to 14.61%, respectively. The Nsol, NNP and nADF (as CP%) varied from 18.23 to 28.77%, 24.97 to 35.97% and 6.48% to 11.94%, respectively. The average nFDN (as CP%) was 49.11%. From July to September forage quality was the lowest, probably due to the slowest tissue replenishment and flowering tillers accumulation. The N largest proportion (average of 40% of the CP fraction) was recovered in the cell wall, specifically in the B3 fraction, which should be the most important fraction on ruminal fermentation kinetics studies. Forage quality was the highest in the summer. The low post grazing residue treatment showed the largest increase in digestibility in all fractions from spring (74.96%) to summer (81.41%). The soluble protein fraction showed values up to 40% of the RDP, which varied from 62 to 76% of the CP. The NDF C fraction was underestimated by the CNCPS; our data suggests the %lignin/% NDF should be multiplied by a factor between 2.91 and 3.35. The CNCPS overestimated the nNDF C fraction (12.11 to 17.08%) as compared to the wet lab analysis value, as regarded to be the nADF fraction (6.48 to 10.7%). In general our results showed that the CP digestibility decreased as the CP and nNDF contents increased. The low post grazing residue and the spring time showed the lowest forage intake (65.8 and 61.3 g/kg PM, respectively). On the average the NDF intake was 1.34% of live weight. The post grazing height, leaf allowance and digestible dry matter explained 50% of forage intake. The forage intake increased as both the post grazing and leaf allowance increased during the summer. The estimated maximum forage intake (82.98 g/kg PM) during the summer was obtained with a post-grazing residue of 2,833 kg/ha of GDMR. The estimated range of RDP/RDOM ratio was from 15.02 to 19.18, which indicates an excess of rumen nitrogen of 4 to 29%. Overall the forage intake was overestimated in 3.8 to 55% by the CNCPS.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCorsi, MoacyrBalsalobre, Marco Antonio Alvares2002-04-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-15092006-141145/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:50Zoai:teses.usp.br:tde-15092006-141145Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:50Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Amostras simulando o pastejo de capim Tanzânia (Panicum maximum Jacq.) irrigado sob três resíduo pós-pastejo (T1= baixo; T2= médio; T3= alto) foram coletadas durante um ano e analisadas para a determinação da composição protéica e dos carboidratos, e das frações protéicas e carboidratos (CNCPS). O teor de NDT também foi estimado. Nos períodos de verão, outono e primavera, foi avaliado a degradação ruminal da MS, FDN, FDA, PB e nFDN das amostras de pastejo simulado. Nestes períodos, também foi estimado o consumo de forragem usando-se o óxido de cromo como marcador. Não houve diferença de qualidade nutricional entre os tratamentos. Os maiores teores de FDN (68,3 a 64,5%) e FDA (34,89 a 33,18%) ocorreram no período de primavera/verão. A lignina apresentou maiores proporções no inverno (4,68 a 4,10), provocando variação na fração C dos carboidratos (14,14 a 23,21 %CT). O NDT variou entre 55,26 e 59,31%. O teor de PB teve tendência de aumento ao longo do ano, variando de 11,29 a 14,61%. Os teores de NnP variaram entre 18,23 e 28,77 %PB, sendo menores durante a primavera/verão. O Nsol variou de 24,97 a 35,97 %PB. A fração nFDN foi, em média, de 49,11 %PB. Para o nFDA, a variação foi de 6,48 e 11,94 %PB. A avaliação da degradação ruminal indica que as maiores taxas de degradações e menores frações indisponíveis ocorreram no período de verão. O T1 foi o tratamento que apresentou maior redução de digestibilidade entre o verão (81,41%) e a primavera (74,96%). A fração prontamente solúvel da proteína pode ser maior que 40% da PDR, que variou entre 76,36 %PB (verão) e 62,05 %PB (primavera). A fração indigestível da FDN (C) é maior que a estimada pelo CNCPS a partir dos teores de lignina/FDN multiplicados por 2,4. Os resultados deste trabalho indicam que o fator de multiplicação deve estar entre 2,91 e 3,35. A fração C do nFDN (12,11 a 17,08%) é maior que a calculada em laboratório como sendo nFDA (6,48 a 10,7%). Quanto maior o teor de PB e de nFDN, pior foi a digestibilidade da PB. A menor qualidade da planta no período entre julho e setembro pode estar relacionada à menor renovação de tecidos durante o período de inverno e ao acúmulo de perfilhos florescidos. O consumo de forragem foi menor para o T1 (65,8 g/kg PM) e para o período de primavera (61,3 g/kg PM). Em média, o consumo de FDN foi de 1,34% do peso animal. A altura do resíduo póspastejo, a oferta de folhas e a MSD explicaram, em média, 50% do consumo de forragem nas três estações do ano. No período do verão, houve aumento no consumo de forragem com o aumento da altura de pastejo e da oferta de folhas. Ainda no período de verão, o consumo máximo de forragem (82,98 g/kg PM) foi obtido com um resíduo de 2833 kg MSV/ha. A relação PDR/MDOR foi, entre 15,02 e 19,18%, gerando um excesso de N ruminal entre 4 e 29%. |
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