Estudo dos efeitos dos flavonóides provenientes do quiabo (Abelmoschus esculentum) em comportamentos relacionados à ansiedade em camundongos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dovichi, Selma Sanches
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9132/tde-02102014-123431/
Resumo: A ansiedade é uma enfermidade psiquiátrica que acomete milhões de pessoas no mundo todo. Dentre as substâncias que podem ser ligadas ao efeito ansiolítico de ervas medicinais, os flavonóides se destacam porque freqüentemente são detectados nestas ervas. Neste estudo procurou-se avaliar se compostos bioativos da classe dos flavonóides, presentes no quiabo (Abelmoschus esculentum), poderiam exercer atividade ansiolítica, empregando-se modelos comportamentais para análise de ansiedade em camundongos. Avaliou-se a quantidade e a qualidade dos flavonóides do quiabo, evidenciando-se que o quiabo liofilizado possui 16mg do flavonóide rutina/ 100g. Ratos mostraram-se capazes de absorver rutina, quando esta foi perfundida in situ no duodeno destes animais. Os comportamentos relacionados à ansiedade foram a avaliados no Campo Aberto, no Labirinto em Cruz Elevado e na Placa Perfurada após a ingestão de rações com diferentes concentrações de quiabo (4,5; 7 e 10%) por 7, 14 e 21 dias. Camundongos foram tratados com pentilenotetrazol, droga ansiogênica, e diazepam, droga ansiolítica, para comparar os resultados com aqueles de animais que receberam ração com quiabo. Os resultados obtidos no Campo Aberto mostraram que a suplementação dietética com quiabo aumentou o tempo de permanência na zona interna e também o número de quadros percorridos nesta região, de maneira semelhante ao diazepam, o que evidencia um efeito com perfil ansiolítico. No Labirinto, tanto o tempo de permanência, como o número de entradas nos braços abertos aumentaram em camundongos que consumiram rações suplementadas com quiabo e naqueles tratados com diazepam, corroborando os resultados obtidos no Campo Aberto. Na Placa Perfurada, o tempo de latência para o primeiro mergulho em um dos orifícios diminuiu em camundongos que se alimentaram com ração suplementada com quiabo, de modo similar ou superior ao efeito obtido pelo tratamento com diazepam e significativamente menor que o efeito produzido pelo tratamento com pentilenotetrazol. Não foram detectados flavonóides em tecidos biológicos de ratos e camundongos tratados com quiabo ou com rutina. Assim, concluiu-se que a suplementação dietética com o flavonóide rutina, proveniente do quiabo, resultou em efeito ansiolítico em camundongos, mostrando que o enriquecimento da dieta com alimentos ricos em rutina pode contribuir para a prevenção e tratamento do comportamento relacionado à ansiedade em camundongos.
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Avaliou-se a quantidade e a qualidade dos flavonóides do quiabo, evidenciando-se que o quiabo liofilizado possui 16mg do flavonóide rutina/ 100g. Ratos mostraram-se capazes de absorver rutina, quando esta foi perfundida in situ no duodeno destes animais. Os comportamentos relacionados à ansiedade foram a avaliados no Campo Aberto, no Labirinto em Cruz Elevado e na Placa Perfurada após a ingestão de rações com diferentes concentrações de quiabo (4,5; 7 e 10%) por 7, 14 e 21 dias. Camundongos foram tratados com pentilenotetrazol, droga ansiogênica, e diazepam, droga ansiolítica, para comparar os resultados com aqueles de animais que receberam ração com quiabo. Os resultados obtidos no Campo Aberto mostraram que a suplementação dietética com quiabo aumentou o tempo de permanência na zona interna e também o número de quadros percorridos nesta região, de maneira semelhante ao diazepam, o que evidencia um efeito com perfil ansiolítico. No Labirinto, tanto o tempo de permanência, como o número de entradas nos braços abertos aumentaram em camundongos que consumiram rações suplementadas com quiabo e naqueles tratados com diazepam, corroborando os resultados obtidos no Campo Aberto. Na Placa Perfurada, o tempo de latência para o primeiro mergulho em um dos orifícios diminuiu em camundongos que se alimentaram com ração suplementada com quiabo, de modo similar ou superior ao efeito obtido pelo tratamento com diazepam e significativamente menor que o efeito produzido pelo tratamento com pentilenotetrazol. Não foram detectados flavonóides em tecidos biológicos de ratos e camundongos tratados com quiabo ou com rutina. Assim, concluiu-se que a suplementação dietética com o flavonóide rutina, proveniente do quiabo, resultou em efeito ansiolítico em camundongos, mostrando que o enriquecimento da dieta com alimentos ricos em rutina pode contribuir para a prevenção e tratamento do comportamento relacionado à ansiedade em camundongos.Anxiety is a psychiatric disorder that affects millions of people around the world. Among the substances that may be linked to the anxiolytic effect of medicinal herbs, the flavonoids stand out because they are often found in these herbs. In the present study we sought to evaluate whether the c1ass of bioactive compounds flavonoids, present in okra (Abelmoschus esculentum), could exert anxiolytic activity, using models for behavioral analysis of anxiolytic activity in mice. We evaluate the quantity and quality of flavonoids of okra, showing that the okra lyophilisate has 16mg of flavonoid rutin/100g. Rats were shown able of absorb rutin, when it was perfused in situ in the duodenum of these animals. Behaviors related to anxiety were evaluated in the Open Field, Elevated Plus Maze and Hole Board after the intake of diets with different concentrations of okra (4.5, 7 and 10%) for 7, 14 and 21 days. Mice were treated with pentilenotetrazol, an ansiogenic drug, and diazepam, an anxiolytic drug, to compare the results with those of animals that received diet with okra. The results obtained in the Open Field showed that dietary supplementation with okra increased the permanence in the inner zone and also the number of tables covered in this region, so similar to diazepam, shows a anxiolytic profile. In the Elevated Plus Maze, the time, as the number of entries in open arms increased in mice that consumed diets supplemented with okra and those treated with diazepam, corroborating the results obtained in the Open Field. In the Hole Board, the latency time to first diving in one of the holes decreased in mice that are treated with diet supplemented with okra, so similar to or greater than the effect obtained by treatment with diazepam and significantly smaller than the effect produced by treatment with pentilenotetrazol. Flavonoids were not detected in biological tissues of rats and mice treated with okra or with rutin. Thus, it was concluded that dietary treatment with the flavonoid rutin, from okra, resulted in anxiolytic effect in mice, showing that the enrichment of the diet with foods rich in rutin can contribute to the prevention and treatment of anxiety-related behavior in mice.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPLajolo, Franco MariaSpinosa, Helenice de SouzaDovichi, Selma Sanches2009-04-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9132/tde-02102014-123431/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:55Zoai:teses.usp.br:tde-02102014-123431Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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