Influência da decorticação na neoformação tecidual da interface do enxerto ósseo na coluna vertebral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Canto, Fabiano Ricardo de Tavares
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-07032008-001014/
Resumo: Foi realizado estudo experimental para determinar a influência da decorticação dos elementos posteriores da coluna vertebral na integração do enxerto ósseo autólogo esponjoso ou cortical, considerando a avaliação histológica quantitativa e qualitativa dos tecidos (ósseo, cartilaginoso e fibroso) presentes na interface entre o leito receptor e o enxerto ósseo. Setenta e dois ratos Wistar foram divididos em quatro grupos experimentais: grupo I_ leito posterior decorticado enxerto esponjoso, grupo II_ leito posterior decorticado enxerto cortical, grupo III_ leito posterior não decorticado enxerto esponjoso, grupo IV_ leito posterior não decorticado enxerto cortical. Os quatro grupos experimentais foram sacrificados com 3, 6 e 9 semanas de pós-operatório e a região operada foi submetida a avaliação histológica e histomorfométrica. Nos animais sacrificados com 3 semanas de pós-operatório a média da porcentagem de osso neoformado no grupo I foi de 40,87%±5,24, no grupo II de 39,13%±7,27, no grupo III de 6,13%±2,13, no grupo IV de 9,27%±4,06. Foi observada diferença estatística entre os valores da neoformação óssea (p=0,0005). A média da porcentagem de tecido cartilaginoso neoformado no grupo I foi de 8,36%±1,08, no grupo II de 7,46%±0,85, no grupo III de 11,10%±6,026 e no grupo IV de 9,133%±3,84. Não foi observada diferença estatística entre os valores da neoformação de tecido cartilaginoso (p=0,6544). A média da porcentagem de tecido fibroso neoformado no grupo I foi de 11%±3,97, no grupo II de 6,13%±1,78, no grupo III de 26,27%±7,25 e no grupo IV de 21,87%±12,7. Foi observada diferença estatística entre os valores da neoformação de tecido fibroso (p=0,0008). Nos animais sacrificados com 6 semanas de pós-operatório a média da porcentagem de osso neoformado no grupo I foi de 38,53%±14,13, no grupo II de 40,40%±13,90, no grupo III de 10,27%±5,17 e no grupo IV de 7,6%±3,53. Foi observada diferença estatística entre os valores da neoformação óssea (p=0,0005). A média da porcentagem de tecido cartilaginoso neoformado no grupo I foi de 6,6%±3,46, no grupo II de 8,07%±1,74, no grupo III de 7,47%±3,27 e no grupo IV de 6,13%±2,08. Não foi observada diferença estatística entre os valores da neoformação de tecido cartilaginoso (p=0,4889). A média da porcentagem de tecido fibroso neoformado no grupo I foi de 7,67%±5,12, no grupo II foi de 7,1%±3,16, no grupo III de 9,8%±7,54 e no grupo IV de 10,4%±5,59. Não foi observada diferença estatística entre os valores da neoformação de tecido fibroso (p=0,7880). Nos animais sacrificados com 9 semanas de pós-operatório a média da porcentagem de osso neoformado no grupo I foi de 29,53%±3,473, no grupo II de 30,6%±10,48, no grupo III de 16,4%±6,072 e no grupo IV de 18,73%±5,727. Foi observada diferença estatística entre os valores de osso neoformado (p=0,0026). A média da porcentagem de tecido cartilaginoso neoformado no grupo I foi de 3,133%±1,33, no grupo II de 4,067%±1,686, no grupo III de 10,53%±4,751, no grupo IV de 12,07%±2,753. Foi observada diferença estatística entre os valores de tecido cartilaginoso neoformado (p=0,0006). A média da porcentagem de tecido fibroso neoformado no grupo I foi de 3,733%±1,672, no grupo II de 4,4%±1,339, no grupo III de 6,67%±2,767 e no grupo IV de 6,8%±2,492. Foi observada diferença estatística entre os valores da neoformação de tecido fibroso (p=0,0214). A realização da decorticação acelerou o processo histológico da integração do enxerto ósseo. Ocorrendo maior produção de tecido ósseo neoformado e predomínio da ossificação do tipo intramembranosa no grupo de animais nos quais a decorticação foi realizada.
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Setenta e dois ratos Wistar foram divididos em quatro grupos experimentais: grupo I_ leito posterior decorticado enxerto esponjoso, grupo II_ leito posterior decorticado enxerto cortical, grupo III_ leito posterior não decorticado enxerto esponjoso, grupo IV_ leito posterior não decorticado enxerto cortical. Os quatro grupos experimentais foram sacrificados com 3, 6 e 9 semanas de pós-operatório e a região operada foi submetida a avaliação histológica e histomorfométrica. Nos animais sacrificados com 3 semanas de pós-operatório a média da porcentagem de osso neoformado no grupo I foi de 40,87%±5,24, no grupo II de 39,13%±7,27, no grupo III de 6,13%±2,13, no grupo IV de 9,27%±4,06. Foi observada diferença estatística entre os valores da neoformação óssea (p=0,0005). A média da porcentagem de tecido cartilaginoso neoformado no grupo I foi de 8,36%±1,08, no grupo II de 7,46%±0,85, no grupo III de 11,10%±6,026 e no grupo IV de 9,133%±3,84. Não foi observada diferença estatística entre os valores da neoformação de tecido cartilaginoso (p=0,6544). A média da porcentagem de tecido fibroso neoformado no grupo I foi de 11%±3,97, no grupo II de 6,13%±1,78, no grupo III de 26,27%±7,25 e no grupo IV de 21,87%±12,7. Foi observada diferença estatística entre os valores da neoformação de tecido fibroso (p=0,0008). Nos animais sacrificados com 6 semanas de pós-operatório a média da porcentagem de osso neoformado no grupo I foi de 38,53%±14,13, no grupo II de 40,40%±13,90, no grupo III de 10,27%±5,17 e no grupo IV de 7,6%±3,53. Foi observada diferença estatística entre os valores da neoformação óssea (p=0,0005). A média da porcentagem de tecido cartilaginoso neoformado no grupo I foi de 6,6%±3,46, no grupo II de 8,07%±1,74, no grupo III de 7,47%±3,27 e no grupo IV de 6,13%±2,08. Não foi observada diferença estatística entre os valores da neoformação de tecido cartilaginoso (p=0,4889). A média da porcentagem de tecido fibroso neoformado no grupo I foi de 7,67%±5,12, no grupo II foi de 7,1%±3,16, no grupo III de 9,8%±7,54 e no grupo IV de 10,4%±5,59. Não foi observada diferença estatística entre os valores da neoformação de tecido fibroso (p=0,7880). Nos animais sacrificados com 9 semanas de pós-operatório a média da porcentagem de osso neoformado no grupo I foi de 29,53%±3,473, no grupo II de 30,6%±10,48, no grupo III de 16,4%±6,072 e no grupo IV de 18,73%±5,727. Foi observada diferença estatística entre os valores de osso neoformado (p=0,0026). A média da porcentagem de tecido cartilaginoso neoformado no grupo I foi de 3,133%±1,33, no grupo II de 4,067%±1,686, no grupo III de 10,53%±4,751, no grupo IV de 12,07%±2,753. Foi observada diferença estatística entre os valores de tecido cartilaginoso neoformado (p=0,0006). A média da porcentagem de tecido fibroso neoformado no grupo I foi de 3,733%±1,672, no grupo II de 4,4%±1,339, no grupo III de 6,67%±2,767 e no grupo IV de 6,8%±2,492. Foi observada diferença estatística entre os valores da neoformação de tecido fibroso (p=0,0214). A realização da decorticação acelerou o processo histológico da integração do enxerto ósseo. Ocorrendo maior produção de tecido ósseo neoformado e predomínio da ossificação do tipo intramembranosa no grupo de animais nos quais a decorticação foi realizada.An experimental study was conducted to determine the influence of the posterior vertebral spine elements decortication in the cancellous or cortical bone graft integration, considering the qualitative and quantitative histologic evaluation of the tissue (bone, cartilaginous and fibrous) presents in the interface between the receptor bed and the bone graft. Seventy two Wistar rats were divided in four experimental groups: group I_ decorticated posterior bed and cancellous graft, group II_ decorticated posterior bed and cortical graft, group III_ not decorticated posterior bed and cancellous graft, group IV_ not decorticated posterior bed and cortical graft. The four experimental groups were sacrificed in 3,6 and 9 post-operative weeks and the operated section of the spine was submitted to a histologic and histomorphometric evaluation. In the animals sacrificed in the third post-operative week the mean percentage of new bone formation in the group I was 40,87%±5,24, in the group II 39,13%±7,27, in the group III 6,13%±2,13 and in the group IV 9,27%±4,06. Was observed statistic difference between the percentage of new bone formation (p=0,0005). The mean percentage of cartilaginous tissue new formation in the group I was 8,36%±1,08, in the group II 7,46%±0,85, in the group III 11,10%±6,026 and in the group IV 9,133%±3,84. Was not observed statistic difference between the percentage of cartilaginous tissue new formation (p=0,6544). The mean percentage of fibrous tissue new formation in the group I was 11%±3,97, in the group II 6,13%±1,78, in the group III 26,27%±7,25 and in the group IV 21,87%±12,7. Was observed statistic difference between the percentage of fibrous tissue new formation (p=0,0008). In the animals sacrificed in the sixth post-operative week the mean percentage of new bone formation in the group I was 38,53%±14,13, in the group II 40,40%±13,90, in the group III 10,27%±5,17 and in the group IV 7,6%±3,53. Was observed statistic difference between the percentage of new bone formation (p=0,0005). The mean percentage of cartilaginous tissue new formation in the group I was 6,6%±3,46, in the group II 8,07%±1,74, in the group III 7,47%±3,27 and in the group IV 6,13%±2,08. Was not observed statistic difference between the percentage of cartilaginous tissue new formation (p=0,4889). The mean percentage of fibrous tissue new formation in the group I was 7,67%±5,12, in the group II 7,1%±3,16, in the group III 9,8%±7,54 and in the group IV 10,4%±5,59. Was not observed statistic difference between the percentage of fibrous tissue new formation (p=0,7880). In the animals sacrificed in the ninth post-operative week the mean percentage of new bone formation in the group I was 29,53%±3,473, in the group II 30,6%±10,48, in the group III 16,4%±6,072 and in the group IV 18,73%±5,727. Was observed statistic difference between the percentage of new bone formation (p=0,0026). The mean percentage of cartilaginous tissue new formation in the group I was 3,133%±1,33, in the group II 4,067%±1,686, in the group III 10,53%±4,751 and in the group IV 12,07%±2,753. Was observed statistic difference between the percentage of cartilaginous tissue new formation (p=0,0006). The mean percentage of fibrous tissue new formation in the group I was 3,733%±1,672, in the group II 4,4%±1,339, in the group III 6,67%±2,767 and in the group IV 6,8%±2,492. Was observed statistic difference between the percentage of fibrous tissue new formation (p=0,0214). The decortication procedure accelerated the histologic process of the bone graft integration, occurring more new bone formation and predominance of intramembranous type of ossification, in the animals with the decorticated posterior elements.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPDefino, Helton Luiz AparecidoCanto, Fabiano Ricardo de Tavares2007-10-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-07032008-001014/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-09T13:16:04Zoai:teses.usp.br:tde-07032008-001014Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-09T13:16:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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description Foi realizado estudo experimental para determinar a influência da decorticação dos elementos posteriores da coluna vertebral na integração do enxerto ósseo autólogo esponjoso ou cortical, considerando a avaliação histológica quantitativa e qualitativa dos tecidos (ósseo, cartilaginoso e fibroso) presentes na interface entre o leito receptor e o enxerto ósseo. Setenta e dois ratos Wistar foram divididos em quatro grupos experimentais: grupo I_ leito posterior decorticado enxerto esponjoso, grupo II_ leito posterior decorticado enxerto cortical, grupo III_ leito posterior não decorticado enxerto esponjoso, grupo IV_ leito posterior não decorticado enxerto cortical. Os quatro grupos experimentais foram sacrificados com 3, 6 e 9 semanas de pós-operatório e a região operada foi submetida a avaliação histológica e histomorfométrica. Nos animais sacrificados com 3 semanas de pós-operatório a média da porcentagem de osso neoformado no grupo I foi de 40,87%±5,24, no grupo II de 39,13%±7,27, no grupo III de 6,13%±2,13, no grupo IV de 9,27%±4,06. Foi observada diferença estatística entre os valores da neoformação óssea (p=0,0005). A média da porcentagem de tecido cartilaginoso neoformado no grupo I foi de 8,36%±1,08, no grupo II de 7,46%±0,85, no grupo III de 11,10%±6,026 e no grupo IV de 9,133%±3,84. Não foi observada diferença estatística entre os valores da neoformação de tecido cartilaginoso (p=0,6544). A média da porcentagem de tecido fibroso neoformado no grupo I foi de 11%±3,97, no grupo II de 6,13%±1,78, no grupo III de 26,27%±7,25 e no grupo IV de 21,87%±12,7. Foi observada diferença estatística entre os valores da neoformação de tecido fibroso (p=0,0008). Nos animais sacrificados com 6 semanas de pós-operatório a média da porcentagem de osso neoformado no grupo I foi de 38,53%±14,13, no grupo II de 40,40%±13,90, no grupo III de 10,27%±5,17 e no grupo IV de 7,6%±3,53. Foi observada diferença estatística entre os valores da neoformação óssea (p=0,0005). A média da porcentagem de tecido cartilaginoso neoformado no grupo I foi de 6,6%±3,46, no grupo II de 8,07%±1,74, no grupo III de 7,47%±3,27 e no grupo IV de 6,13%±2,08. Não foi observada diferença estatística entre os valores da neoformação de tecido cartilaginoso (p=0,4889). A média da porcentagem de tecido fibroso neoformado no grupo I foi de 7,67%±5,12, no grupo II foi de 7,1%±3,16, no grupo III de 9,8%±7,54 e no grupo IV de 10,4%±5,59. Não foi observada diferença estatística entre os valores da neoformação de tecido fibroso (p=0,7880). Nos animais sacrificados com 9 semanas de pós-operatório a média da porcentagem de osso neoformado no grupo I foi de 29,53%±3,473, no grupo II de 30,6%±10,48, no grupo III de 16,4%±6,072 e no grupo IV de 18,73%±5,727. Foi observada diferença estatística entre os valores de osso neoformado (p=0,0026). A média da porcentagem de tecido cartilaginoso neoformado no grupo I foi de 3,133%±1,33, no grupo II de 4,067%±1,686, no grupo III de 10,53%±4,751, no grupo IV de 12,07%±2,753. Foi observada diferença estatística entre os valores de tecido cartilaginoso neoformado (p=0,0006). A média da porcentagem de tecido fibroso neoformado no grupo I foi de 3,733%±1,672, no grupo II de 4,4%±1,339, no grupo III de 6,67%±2,767 e no grupo IV de 6,8%±2,492. Foi observada diferença estatística entre os valores da neoformação de tecido fibroso (p=0,0214). A realização da decorticação acelerou o processo histológico da integração do enxerto ósseo. Ocorrendo maior produção de tecido ósseo neoformado e predomínio da ossificação do tipo intramembranosa no grupo de animais nos quais a decorticação foi realizada.
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