Quebrando a barreira do Itamaraty: Edmundo Sussumu Fujita (1950-2016), o primeiro nikkei na diplomacia brasileira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Castilho Junior, Willians Marco de
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8157/tde-20092022-175128/
Resumo: Edmundo Sussumu Fujita (1950-2016) foi aprovado na primeira colocação dos exames do Instituto Rio Branco no ano de 1975, tornando-se o primeiro descendente de japoneses no Brasil a ingressar na carreira diplomática brasileira. Sua conquista ganhou destaque em diversos jornais brasileiros e nikkeis na época, tendo sido, inclusive, objeto de matéria publicada pela Folha de São Paulo em dezembro de 1974, ano em que Fujita havia sido aprovado na primeira fase do concurso. Naquele contexto, o ingresso de Fujita no Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE) ajudou a revelar a ausência de pessoas não brancas em seu corpo diplomático até então e reacendeu o debate sobre a possível existência de racismo no velho Itamaraty. O presente trabalho, portanto, tem como objetivo discutir a repercussão da entrada do primeiro nikkei no Itamaraty e os debates acerca da baixa diversidade étnico-racial na história da carreira diplomática brasileira. Analisando a trajetória pessoal e profissional de Fujita, este trabalho pretende mostrar que tal episódio - a aprovação de um descendente de japoneses no MRE - não necessariamente atestou uma preocupação do Itamaraty em ampliar o acesso a seus quadros funcionais, mas que ele ocorreu em circunstâncias históricas bastante específicas.
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spelling Quebrando a barreira do Itamaraty: Edmundo Sussumu Fujita (1950-2016), o primeiro nikkei na diplomacia brasileiraBreaking the Itamaraty Barrier: Edmundo Sussumu Fujita (1950-2016), the first Nikkei in Brazilian diplomacyAmbassador Edmundo Sussumu FujitaBiografiaBiographyEmbaixador Edmundo Sussumu FujitaImigração JaponesaItamaratyItamaratyJapanese immigrationRace and ethnic relationsRelações étnico-raciaisEdmundo Sussumu Fujita (1950-2016) foi aprovado na primeira colocação dos exames do Instituto Rio Branco no ano de 1975, tornando-se o primeiro descendente de japoneses no Brasil a ingressar na carreira diplomática brasileira. Sua conquista ganhou destaque em diversos jornais brasileiros e nikkeis na época, tendo sido, inclusive, objeto de matéria publicada pela Folha de São Paulo em dezembro de 1974, ano em que Fujita havia sido aprovado na primeira fase do concurso. Naquele contexto, o ingresso de Fujita no Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE) ajudou a revelar a ausência de pessoas não brancas em seu corpo diplomático até então e reacendeu o debate sobre a possível existência de racismo no velho Itamaraty. O presente trabalho, portanto, tem como objetivo discutir a repercussão da entrada do primeiro nikkei no Itamaraty e os debates acerca da baixa diversidade étnico-racial na história da carreira diplomática brasileira. Analisando a trajetória pessoal e profissional de Fujita, este trabalho pretende mostrar que tal episódio - a aprovação de um descendente de japoneses no MRE - não necessariamente atestou uma preocupação do Itamaraty em ampliar o acesso a seus quadros funcionais, mas que ele ocorreu em circunstâncias históricas bastante específicas.Edmundo Sussumu Fujita (1950-2016) was the top-ranked candidate in the Rio Branco Institute entrance examination in 1975, becoming the first Japanese descendant in Brazil to join the Brazilian diplomatic career. His achievement was reported by several Brazilian and Nikkei newspapers at that time, and was even the subject of an article published by Folha de São Paulo in December 1974, year in which Fujita was approved in the first phase of the entrance examination. In that context, the fact that Fujita joined the Brazilian Ministry of Foreign Affairs (MRE) helped to reveal the absence of non-white people in its diplomatic corps until that time and to reinforce the debate about the possible existence of racism in Itamaraty. The present work, therefore, aims to discuss the repercussion of the entry of the first Nikkei in Itamaraty and the debates about the low ethnic-racial diversity in the history of the Brazilian diplomatic career. Analyzing Fujita\'s personal and professional trajectory, this work intends to show that this event - the approval of a Japanese descendant in the MRE - did not necessarily attest to a concern of the Itamaraty to expand access to its diplomatic corps, but that it occurred in very specific historical circumstances.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPOkamoto, Monica SetuyoCastilho Junior, Willians Marco de2022-02-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8157/tde-20092022-175128/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-09-20T20:58:55Zoai:teses.usp.br:tde-20092022-175128Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-09-20T20:58:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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Castilho Junior, Willians Marco de
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