Avaliação das propriedades das fibras capilares tratadas com alisante ácido com diferentes valores de pH

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Goshiyama, Alessandra Mari
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9139/tde-07052019-154247/
Resumo: Os produtos para alisamento das fibras capilares são amplamente utilizados no Brasil principalmente, pelo público feminino. Porém, estes procedimentos podem causar danos ao cabelo do usuário e, também, para o profissional que está atuando. Os alisantes químicos podem ser divididos em dois grupos: alcalinos e ácidos. Os primeiros (tioglicolato de amônio e os hidróxidos de sódio ou guanidina) apresentam valor de pH elevado (superior a 9,0) e alisam por meio da quebra e reorganização das pontes de dissulfeto (S-S) presentes na queratina, proteína estrutural da fibra capilar. Os alisantes ácidos como o formaldeído, ácido glioxílico e seus associados, possuem pH baixo (≥ 2,0) e causam uma reorganização no interior da fibra e geralmente leva a formação de um filme na superfície do fio. O ácido glioxílico associado à carbocisteína e aminoácidos (nomenclatura INCI -International Nomenclature of Cosmetic Ingredient apresentada entre parênteses) (Glyoxyloyl Carbocysteine (and) Glyoxyloyl Keratin Aminoacids (and) Water) é o único ingrediente permitido ao uso como alisante ácido até o momento. O objetivo deste trabalho foi estudar o efeito deste alisante ácido incorporado em uma emulsão óleo e água (O/A) com valores de pH 1,0 e 2,0 (com reaplicações); e o impacto que podem causar nas propriedades mecânicas e químicas da fibra capilar, como força de ruptura, coloração, elasticidade e teor de triptofano da fibra capilar. E também o efeito da radiação ultravioleta nos fios alisados. Nos testes realizados observou-se que as mechas tratadas com a emulsão a pH 1,0 obtiveram melhor resultado de alinhamento das cutículas e capacidade alisante da fibra, com penteabilidade superior ao cabelo virgem (59,4 %), enquanto as mechas com a formulação pH 2,0 foi apenas 33,0%. Entretanto, a força de tração para a ruptura do fio foi inferior, diminuindo em 16,0% (pH 1,0) e 9,0 % (pH 2,0). Quanto a variação da coloração, a variação do tom de cor foi mais exacerbada para as mechas tratadas com a formulação em pH 1,0. O teor de triptofano foi inferior nas mechas alisadas com a formulação pH 1,0. Para o teste de DSC e Raman, ambas as mechas tratadas apresentaram modificações nas suas estruturas. As fibras alisadas e expostas à radiação UV apresentaram danos maiores nas cutículas, e certa proteção na degradação de proteínas em relação aquelas sem tratamento e irradiadas ao UV. Considerando as reaplicações do produto alisante ácido, quanto maior o número de aplicações, mais alinhadas e seladas tornaram se as fibras, mas mais rígida e suscetível à quebra ficaram. Devemos considerar a importância do valor do pH da formulação no impacto do alisamento e dano da fibra capilar.
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Os alisantes ácidos como o formaldeído, ácido glioxílico e seus associados, possuem pH baixo (≥ 2,0) e causam uma reorganização no interior da fibra e geralmente leva a formação de um filme na superfície do fio. O ácido glioxílico associado à carbocisteína e aminoácidos (nomenclatura INCI -International Nomenclature of Cosmetic Ingredient apresentada entre parênteses) (Glyoxyloyl Carbocysteine (and) Glyoxyloyl Keratin Aminoacids (and) Water) é o único ingrediente permitido ao uso como alisante ácido até o momento. O objetivo deste trabalho foi estudar o efeito deste alisante ácido incorporado em uma emulsão óleo e água (O/A) com valores de pH 1,0 e 2,0 (com reaplicações); e o impacto que podem causar nas propriedades mecânicas e químicas da fibra capilar, como força de ruptura, coloração, elasticidade e teor de triptofano da fibra capilar. E também o efeito da radiação ultravioleta nos fios alisados. Nos testes realizados observou-se que as mechas tratadas com a emulsão a pH 1,0 obtiveram melhor resultado de alinhamento das cutículas e capacidade alisante da fibra, com penteabilidade superior ao cabelo virgem (59,4 %), enquanto as mechas com a formulação pH 2,0 foi apenas 33,0%. Entretanto, a força de tração para a ruptura do fio foi inferior, diminuindo em 16,0% (pH 1,0) e 9,0 % (pH 2,0). Quanto a variação da coloração, a variação do tom de cor foi mais exacerbada para as mechas tratadas com a formulação em pH 1,0. O teor de triptofano foi inferior nas mechas alisadas com a formulação pH 1,0. Para o teste de DSC e Raman, ambas as mechas tratadas apresentaram modificações nas suas estruturas. As fibras alisadas e expostas à radiação UV apresentaram danos maiores nas cutículas, e certa proteção na degradação de proteínas em relação aquelas sem tratamento e irradiadas ao UV. Considerando as reaplicações do produto alisante ácido, quanto maior o número de aplicações, mais alinhadas e seladas tornaram se as fibras, mas mais rígida e suscetível à quebra ficaram. Devemos considerar a importância do valor do pH da formulação no impacto do alisamento e dano da fibra capilar.Hair straightening products are widely used in Brazil by the female public. However, these procedures can cause damage to the hair shaft and to professional´s and client´s health. Chemical straighteners can be divided into two groups: alkaline and acid. Alkaline straighteners has a very high pH value (> 9.0) and the straightening process is due to the break followed by reorganization of the disulfide bridges (S-S) present in the keratin, a structural protein of the hair shaft. Some examples of alkaline straighteners are ammonium thioglycolate and sodium or guanidine hydroxides. On the other hand, acid straighteners like formaldehyde, glyoxylic acid, and their associated, present a low pH value (≥ 2.0), which causes a rearranging within the fiber, and sometimes creates a film on the surface of the hair. Nowadays, the glyoxylic acid associated with carbocysteine and amino acids (INCI - International Nomenclature of Cosmetic Ingredient nomenclature presented in parentheses) (Glyoxyloyl Carbocysteine (and) Glyoxyloyl Keratin Aminoacids (and) Water) is the only acid straightener permitted. Therefore, the objective of this work is to study the effect of this acid straightener, incorporated into oil in water (o/w) base emulsions at two different pH values 1.0 and 2.0 ( with reapplication) on the mechanical and physicochemical properties of the hair shaft. Also, the impact of UV radiation in straightened tresses. In the experiments conducted, it was possible to observe that tresses treated with the emulsion at pH 1.0 had a better result on the alignment and the straightening capacity, improving the combing test (59.4%/), while the tresses with the formulation at pH 2.0, 33.0%. However, the tensile strength, to pH 1.0 decreased by 16.0% and to pH 2.0 only 9.0%. As for color, the difference when compared with virgin hair it was major at pH 1.0. The tryptophan content also was lower in tresses treated at pH 1, 0. For the DSC and Raman analyzes all the treated tresses presented modifications in their structure. Straightened strands exposed to radiation had major damage in the cuticles, and some protection in proteins degradation compared to untreated tresses exposed to radiation. Considering the reapplications of the straightening product, as higher the number of applications more aligned and sealed it becomes, however the hair fiber becomes stiffer and susceptible to breakage. Thats why we should consider the importance of the pH value in the product, and the impact of straightening and damage of the hai fiber.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPVelasco, Maria Valeria RoblesGoshiyama, Alessandra Mari2019-04-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9139/tde-07052019-154247/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-06-07T17:44:38Zoai:teses.usp.br:tde-07052019-154247Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-06-07T17:44:38Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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