Ensino de filosofia e linguagem escrita: contribuições da filosofia na formação do jovem contemporâneo brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barros, Marcelo Donizete de
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-02092009-141851/
Resumo: Qual é o lugar da escrita no ensino da filosofia no Ensino Médio? Partindo desta pergunta e sob a perspectiva da cultura e da linguagem, defende-se a tese de que uma das formas viáveis da filosofia poder contribuir para a formação do jovem contemporâneo brasileiro é realizar essa atividade intelectual com ênfase na idéia do desdobramento leitura-escrita, concebendo esta última como produtora e estruturadora de pensamento. Trata-se de uma reflexão sobre a escrita filosófica, viabilizada pela leitura de quem intenciona a escrita e não pela leitura para saber, isto é, para acumular ou reproduzir conhecimento. Desde seu momento inaugural, com Platão, a tradição filosófica reserva à escrita um segundo plano, geralmente como registro ou atividade auxiliar para avaliação do aprendizado através da leitura ou do diálogo. Nos contextos de crise, é vista por alguns com desconfiança; por outros, como privilégio reservado a poucos. O que se constata, é que a escrita é uma das atividades essenciais do filosofar e possui caráter formador que precisa ser valorizado. Raros são os pensadores que não escreveram e, além do mais, vive-se num contexto em que a escrita, num sentido geral, é onipresente. A escrita filosófica, no nível da formação média, pode ser um contraponto às várias modalidades de produções disponíveis, caracterizadas pela velocidade e superficialidade. Sua consistência, tempo e modo de elaboração servem como resistência ao descartável. Sua finalidade é produzir sentido, nesse jogo de linguagem que é a filosofia.
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