Manifestações psicopatológicas e cognitivas associadas à infecção pelo vírus SARS-CoV-2
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-29082023-114208/ |
Resumo: | Introdução: Estudos preliminares com pacientes infectados com o vírus SARS-CoV-2 indicam acometimento de diferentes órgãos e sistemas, incluindo o sistema nervoso central (SNC). As alterações no SNC incluem manifestações agudas e crônicas envolvendo expressões clínicas de natureza psiquiátrica, neurológica ou neuropsiquiátrica. Nesta presente tese, nosso objetivo visa caracterizar as alterações psicopatológicas e cognitivas após 6-11 meses da infecção por SARS-CoV-2. Objetivos: a. Descrever as manifestações psicopatológicas e cognitivas em pacientes após 6-11 meses da infecção por SARS-CoV-2; b. Identificar variáveis na linha de base que possam prognosticar manifestações psicopatológicas e cognitivas em pacientes após 6-11 meses da infecção por SARS-CoV-2; c. Investigar a associação de alterações de olfato e paladar na linha de base com as manifestações psicopatológicas e cognitivas em pacientes após 6-11 meses da infecção por SARS-CoV-2; d. Correlacionar as manifestações biológicas agudas na linha de base e após 6-11 meses da infecção por SARS-CoV-2, medidas por meio de exames de sangue gerais e painel de citocinas com as manifestações psicopatológicas e cognitivas 6 a 11 meses depois. Métodos: Foram avaliados cerca de 700 indivíduos adultos com diagnóstico confirmado laboratorialmente de COVID-19. Tais indivíduos tiveram diversos dados e marcadores biológicos coletados durante a internação, sendo subsequentemente avaliados multidisciplinarmente, de 6-11 meses após a alta. Neste momento, materiais biológicos foram novamente coletados. Esta tese versa primariamente sobre os dados coletados a partir de uma entrevista psiquiátrica estruturada aliada a diversas escalas de avaliação sintomatológica e uma bateria de testes neuropsicológicos a fim de acessar a cognição. Resultados: Os resultados desta tese são apresentados em 3 artigos. No Artigo 1, que envolve os objetivos 1 e 2 encontramos: os diagnósticos de \'depressão\', \'transtorno de ansiedade generalizada\' e \'transtorno de estresse pós-traumático\' foram observados, respectivamente, em 8%, 15,5% e 13,6% da amostra. O declínio da memória foi relatado subjetivamente por 51,1% dos pacientes. Os desfechos psiquiátricos ou cognitivos não foram associados a nenhuma variável clínica relacionada à gravidade da doença em fase aguda, nem a estressores psicossociais relacionados à doença. Os resultados do artigo 2 se referem ao objetivo 3, ou seja: a perda olfatória e gustativa moderada/grave concomitante durante a fase aguda da COVID-19 foi significativamente associada ao pior desempenho na tarefa de memória da lista de palavras. Finalmente, descrevemos a seguir os resultados do artigo 3, que ser referem ao objetivo 4. A análise multivariada encontrou sexo, idade, etnia, escolaridade, comorbidade, fragilidade e atividade física significativamente associados à cognição geral. Análise bivariada constatou que diversos marcadores biológicos (ex.: G-CSF, IFNalfa2, IL13, IL15, IL1-RA, EL1-alfa, IL45, IL5, IL6, IL7, TNF-Beta, VEGF, Proteína C Reativa e D-Dímero) do follow-up foram consideravelmente associados com a cognição geral. No entanto, após uma análise de regressão multivariada (LASSO), tais marcadores inflamatórios e citocinas não se mantiveram expressivamente associadas à cognição. Conclusão: Nossos dados sugerem que os transtornos mentais são frequentes após 6-11 meses da infecção por SARS-CoV-2, notadamente os transtornos depressivo, de ansiedade generalizada e de estresse pós-traumático. Além destes, cerca de metade da amostra relata declínio de memória. No entanto estes achados não foram associados a nenhuma variável clínica relacionada à gravidade da doença em fase aguda, nem a estressores psicossociais relacionados à doença. Por outro lado, observamos que alterações quimiossensoriais se correlacionaram com pior desempenho em tarefas de memória. Finalmente, nossos dados não confirmaram a hipótese de que marcadores inflamatórios e citocinas (tanto na fase aguda como tardia) pudessem predizer ou estar associados aos déficits psiquiátricos ou cognitivos na COVID-Longa |
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Manifestações psicopatológicas e cognitivas associadas à infecção pelo vírus SARS-CoV-2Psychopathological and cognitive manifestations associated with SARSCoV-2 virus infectionCitocinasCogniçãoCognitionCohort studiesCommunity psychiatryCOVID-19COVID-19CytokinesEstudos de coortesHospitalizationInternação hospitalarPsiquiatria comunitáriaSARS-CoV-2SARS-CoV-2Introdução: Estudos preliminares com pacientes infectados com o vírus SARS-CoV-2 indicam acometimento de diferentes órgãos e sistemas, incluindo o sistema nervoso central (SNC). As alterações no SNC incluem manifestações agudas e crônicas envolvendo expressões clínicas de natureza psiquiátrica, neurológica ou neuropsiquiátrica. Nesta presente tese, nosso objetivo visa caracterizar as alterações psicopatológicas e cognitivas após 6-11 meses da infecção por SARS-CoV-2. Objetivos: a. Descrever as manifestações psicopatológicas e cognitivas em pacientes após 6-11 meses da infecção por SARS-CoV-2; b. Identificar variáveis na linha de base que possam prognosticar manifestações psicopatológicas e cognitivas em pacientes após 6-11 meses da infecção por SARS-CoV-2; c. Investigar a associação de alterações de olfato e paladar na linha de base com as manifestações psicopatológicas e cognitivas em pacientes após 6-11 meses da infecção por SARS-CoV-2; d. Correlacionar as manifestações biológicas agudas na linha de base e após 6-11 meses da infecção por SARS-CoV-2, medidas por meio de exames de sangue gerais e painel de citocinas com as manifestações psicopatológicas e cognitivas 6 a 11 meses depois. Métodos: Foram avaliados cerca de 700 indivíduos adultos com diagnóstico confirmado laboratorialmente de COVID-19. Tais indivíduos tiveram diversos dados e marcadores biológicos coletados durante a internação, sendo subsequentemente avaliados multidisciplinarmente, de 6-11 meses após a alta. Neste momento, materiais biológicos foram novamente coletados. Esta tese versa primariamente sobre os dados coletados a partir de uma entrevista psiquiátrica estruturada aliada a diversas escalas de avaliação sintomatológica e uma bateria de testes neuropsicológicos a fim de acessar a cognição. Resultados: Os resultados desta tese são apresentados em 3 artigos. No Artigo 1, que envolve os objetivos 1 e 2 encontramos: os diagnósticos de \'depressão\', \'transtorno de ansiedade generalizada\' e \'transtorno de estresse pós-traumático\' foram observados, respectivamente, em 8%, 15,5% e 13,6% da amostra. O declínio da memória foi relatado subjetivamente por 51,1% dos pacientes. Os desfechos psiquiátricos ou cognitivos não foram associados a nenhuma variável clínica relacionada à gravidade da doença em fase aguda, nem a estressores psicossociais relacionados à doença. Os resultados do artigo 2 se referem ao objetivo 3, ou seja: a perda olfatória e gustativa moderada/grave concomitante durante a fase aguda da COVID-19 foi significativamente associada ao pior desempenho na tarefa de memória da lista de palavras. Finalmente, descrevemos a seguir os resultados do artigo 3, que ser referem ao objetivo 4. A análise multivariada encontrou sexo, idade, etnia, escolaridade, comorbidade, fragilidade e atividade física significativamente associados à cognição geral. Análise bivariada constatou que diversos marcadores biológicos (ex.: G-CSF, IFNalfa2, IL13, IL15, IL1-RA, EL1-alfa, IL45, IL5, IL6, IL7, TNF-Beta, VEGF, Proteína C Reativa e D-Dímero) do follow-up foram consideravelmente associados com a cognição geral. No entanto, após uma análise de regressão multivariada (LASSO), tais marcadores inflamatórios e citocinas não se mantiveram expressivamente associadas à cognição. Conclusão: Nossos dados sugerem que os transtornos mentais são frequentes após 6-11 meses da infecção por SARS-CoV-2, notadamente os transtornos depressivo, de ansiedade generalizada e de estresse pós-traumático. Além destes, cerca de metade da amostra relata declínio de memória. No entanto estes achados não foram associados a nenhuma variável clínica relacionada à gravidade da doença em fase aguda, nem a estressores psicossociais relacionados à doença. Por outro lado, observamos que alterações quimiossensoriais se correlacionaram com pior desempenho em tarefas de memória. Finalmente, nossos dados não confirmaram a hipótese de que marcadores inflamatórios e citocinas (tanto na fase aguda como tardia) pudessem predizer ou estar associados aos déficits psiquiátricos ou cognitivos na COVID-LongaIntroduction: Preliminary studies with patients infected with the SARS-CoV-2 virus indicate involvement of different organs and systems, including the central nervous system (CNS). Changes in the CNS include acute and chronic manifestations involving clinical expressions of psychiatric, neurological or neuropsychiatric nature. In this present thesis, our objective is to characterize psychopathological and cognitive alterations after 6-11 months of SARS-CoV-2 infection. Objectives: a. To describe psychopathological and cognitive manifestations in patients after 6-11 months of SARS-CoV-2 infection; b. Identify baseline variables that may predict psychopathological and cognitive manifestations in patients after 6-11 months of SARS-CoV-2 infection; c. To investigate the association of smell and taste changes at baseline with psychopathological and cognitive manifestations in patients after 6-11 months of SARS-CoV-2 infection; d. Correlate the acute biological manifestations at baseline and after 6-11 months of SARSCoV- 2 infection, as measured by general blood tests and cytokine panel, and correlate them with psychopathological and cognitive manifestations at 6 to 11 months after. Methods: About 700 adult individuals with laboratory-confirmed diagnosis of COVID- 19 were evaluated. Such individuals had several data and biological markers collected during hospitalization, being subsequently evaluated multidisciplinary, from 6 to 11 months after discharge. At this time, biological materials were again collected. This thesis deals primarily with data collected from a structured psychiatric interview combined with several symptom assessment scales and a battery of neuropsychological tests in order to assess cognition. Results: The results of this thesis are presented in 3 articles. In Article 1, which involves objectives 1 and 2, we found: the diagnoses of \'depression\', \'generalized anxiety disorder\' and \'post-traumatic stress disorder\' were observed, respectively, in 8%, 15.5% and 13 .6% of the sample. Memory decline was subjectively reported by 51.1% of patients. Psychiatric or cognitive outcomes were not associated with any clinical variables related to the severity of the illness in the acute phase, nor with psychosocial stressors related to the illness. The results of article 2 refer to objective 3, that is: concomitant moderate/severe olfactory and gustatory loss during the acute phase of COVID-19 were significantly associated with worse performance in the word list memory task. Finally, we describe below the results of article 3, which refer to objective 4. The multivariate analysis found gender, age, ethnicity, education, comorbidity, frailty and physical activity significantly associated with general cognition. Bivariate analysis found that several biological markers (eg, G-CSF, IFN-alpha2, IL13, IL15, IL1-RA, EL1-alpha, IL45, IL5, IL6, IL7, TNF-Beta, VEGF, C-Reactive Protein and D -Dimer) at follow-up were significantly associated with general cognition. However, after a multivariate regression analysis (LASSO), such inflammatory markers and cytokines did not remain significantly associated with cognition. Conclusion: Our data suggest that mental disorders are frequent after 6-11 months of SARS-CoV-2 infection, notably depression, generalized anxiety and post-traumatic stress disorders. In addition to these, about half of the sample report memory decline. However, these findings were not associated with any clinical variable related to the severity of the disease in the acute phase, nor with psychosocial stressors related to the disease. On the other hand, we observed that chemosensory changes correlate with worse performance in memory tasks. Finally, our data did not support the hypothesis that inflammatory markers and cytokines (both in the acute and late phases) could predict or be associated with psychiatric or cognitive deficits in Long COVIDBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPForlenza, Orestes VicenteMiguel Filho, Euripedes ConstantinoDamiano, Rodolfo Furlan2023-05-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-29082023-114208/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-08-30T17:17:03Zoai:teses.usp.br:tde-29082023-114208Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-08-30T17:17:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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