Pegmatitos da região de São João del Rei, MG

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ricardo Francesconi
Data de Publicação: 1972
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/T.44.2016.tde-01022016-103945
Resumo: Este trabalho apresenta um estudo da Província Pegmatítica de São João del Rei, localizada a sudoeste do Estado de Minas Gerais. É apresentado um mapa geológico de uma área de 3300 Km quadrados, em escala 1 : 200.000, efetuado sobre base topográfica de 1 : 500.000 e de fotografias aéreas de 1 : 30.000. As seguintes unidades lito-estratigráficas foram mapeadas: a) Série Pré-Minas: Complexo Granítico-Gnáissico (gnaisses, migmatitos e rochas intrusivas com adamellito, granodiorito, dioritos e quartzo dioritos); anfibólio xistos e anfibolitos; e xistos. b) Série Minas: quartzitos e mica xistos. c) Série Itacolomi: quartzitos (metaconglomerados e metassiltitos). d) Formação Carandaí: filitos. e) Formação Barroso: calcáreos e calcoxistos. f) Intrusivas Básicas. g) Pegmatitos. Intemperismo intenso e profundo afeta as rochas da região, tornando escassos os afloramentos, que quando encontrados foram objeto de observações cuidadosas, coleta de amostras e estudos petrográficos. Os pegmatitos ocorrem encaixados em rochas do Complexo Granito Gnáissico, em anfibólio xistos e em rochas graníticas, numa faixa de 70 Km de comprimento por 20 Km de largura, que corta a região mapeada de SW para NE abrangendo os municípios de Nazareno, Cassiterita, São Tiago, Ritápolis, São João del Rei, Cel. Xavier Chaves e Rezende Costa. Foram estudados pormenorizadamente oito jazidas de pegmatitos que se encontravam em exploração na ocasião dos trabalhos de campo: Mina da Serra, Volta Grande e Minas Brasil, Mina do Paiol, Cascalho Preto, Socêgo, Mato Virgem e Mina do Cavalo do Buraco. Dessas jazidas são descritas, tanto quanto possível, o número de corpos pegmatíticos, formato, dimensões e encaixantes. Foi feita amostragem dos concentrados de bateia de suas frentes de exploração e essas amostras foram objeto de estudo granulométrico e mineralógico. As análises mineralógicas constaram de determinação de algumas propriedades físicas,) propriedades ópticas em geral e interpretação de difratogramas e diagramas de pó de minerais individuais e de frações, corroborados por análises espectregráficas (fluorescência de raios X normal e por excitação radioscópica) e análise por ativação de nêutrons. São descritos os seguintes minerais: columbita-tantalita, alvarolita, ixiolita, cassiterita, microlita, pirocloro, samarskita, zircão, cyrtolita, xenotima, monazita, magnetita, ilmenita, hematita, goethita, granada, berilo, espodumênio, gahnita, muscovita, bityita, lepidolita, rutilo, brookita, epidoto, estaurolita e turmalina. É fornecida a associação mineralógica das várias jazidas e das diferentes frações granulométricas. A quadrícula de cassiterita foi objeto de amostragem sistemática dos pegmatitos, conseguindo-se, dos concentrados pesados daí resultantes, quatro frações: \"tantalita\", \"cassiterita\", \"ilmenita\", e \"magnetita\". Essas frações foram obtidas no separador eletro-magnético e eletrostático do DNPM e com elas foi feito um estudo estatístico do tipo \"trend surface analysis\". Encontraram-se tendências de zonas mais favoráveis a concentração de tantalita e cassiterita em certas áreas e uma distribuição ao acaso de magnetita e ilmenita. Esses dados foram interpretados com auxílio de mapeamento geológico, elaborado em escala 1 : 30.000 e apresentado na escala 1 : 60.000, que poderá ser de grande utilidade para futuras prospecções na área estudada. Os pegmatitos são do tipo ácidos complexos. Apresentam zoneamento não distinto embora sejam bem evidentes seus estágios magmático e hidrotermal. Possuem idade pré-cambrana e são formados a profundidades pouco superiores que 7 Km. Corpos de dimensões limitadas de granitos e granodioritos, intrusivos em rochas gnáissicas e anfibólicas, foram relacionados com o magma que deu origem aos pegmatitos. Estes, na grande maioria, são cortados atualmente pela erosão ao nível da zona de maior) atividade das soluções hidrotermais, gradando para níveis mais próximos das fontes pegmatíticas, sendo ausentes os de fluorita e de minerais gemas. É possível reconhecer as diferentes fases da evolução geoquímica dos pegmatitos da região, conforme os conceitos de Ginzbourg. Essa evolução é corroborada por estudos mineralógicos.
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As seguintes unidades lito-estratigráficas foram mapeadas: a) Série Pré-Minas: Complexo Granítico-Gnáissico (gnaisses, migmatitos e rochas intrusivas com adamellito, granodiorito, dioritos e quartzo dioritos); anfibólio xistos e anfibolitos; e xistos. b) Série Minas: quartzitos e mica xistos. c) Série Itacolomi: quartzitos (metaconglomerados e metassiltitos). d) Formação Carandaí: filitos. e) Formação Barroso: calcáreos e calcoxistos. f) Intrusivas Básicas. g) Pegmatitos. Intemperismo intenso e profundo afeta as rochas da região, tornando escassos os afloramentos, que quando encontrados foram objeto de observações cuidadosas, coleta de amostras e estudos petrográficos. Os pegmatitos ocorrem encaixados em rochas do Complexo Granito Gnáissico, em anfibólio xistos e em rochas graníticas, numa faixa de 70 Km de comprimento por 20 Km de largura, que corta a região mapeada de SW para NE abrangendo os municípios de Nazareno, Cassiterita, São Tiago, Ritápolis, São João del Rei, Cel. Xavier Chaves e Rezende Costa. Foram estudados pormenorizadamente oito jazidas de pegmatitos que se encontravam em exploração na ocasião dos trabalhos de campo: Mina da Serra, Volta Grande e Minas Brasil, Mina do Paiol, Cascalho Preto, Socêgo, Mato Virgem e Mina do Cavalo do Buraco. Dessas jazidas são descritas, tanto quanto possível, o número de corpos pegmatíticos, formato, dimensões e encaixantes. Foi feita amostragem dos concentrados de bateia de suas frentes de exploração e essas amostras foram objeto de estudo granulométrico e mineralógico. As análises mineralógicas constaram de determinação de algumas propriedades físicas,) propriedades ópticas em geral e interpretação de difratogramas e diagramas de pó de minerais individuais e de frações, corroborados por análises espectregráficas (fluorescência de raios X normal e por excitação radioscópica) e análise por ativação de nêutrons. 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Esses dados foram interpretados com auxílio de mapeamento geológico, elaborado em escala 1 : 30.000 e apresentado na escala 1 : 60.000, que poderá ser de grande utilidade para futuras prospecções na área estudada. Os pegmatitos são do tipo ácidos complexos. Apresentam zoneamento não distinto embora sejam bem evidentes seus estágios magmático e hidrotermal. Possuem idade pré-cambrana e são formados a profundidades pouco superiores que 7 Km. Corpos de dimensões limitadas de granitos e granodioritos, intrusivos em rochas gnáissicas e anfibólicas, foram relacionados com o magma que deu origem aos pegmatitos. Estes, na grande maioria, são cortados atualmente pela erosão ao nível da zona de maior) atividade das soluções hidrotermais, gradando para níveis mais próximos das fontes pegmatíticas, sendo ausentes os de fluorita e de minerais gemas. É possível reconhecer as diferentes fases da evolução geoquímica dos pegmatitos da região, conforme os conceitos de Ginzbourg. 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