A paisagem desencantada: fotografia e ruína no espaço moderno
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-12122023-114423/ |
Resumo: | Esta pesquisa analisa a produção fotográfica sobre a paisagem contemporânea a partir do conceito da estética do desencanto, elaborado ao longo do primeiro capítulo. O desencantamento ali descrito espelha a perda da crença no projeto moderno. Se o Modernismo exaltou o progresso em grande parte de sua produção, um século depois a confiança na utopia tecnológica se esvaziou frente à destruição causada pela exploração de recursos naturais em nível planetário e à definição de uma era geológica causada pela intervenção humana, o Antropoceno. A origem e a evolução dos conceitos de paisagem e desencantamento são abordadas no segundo capítulo; suas intersecções com a fotografia, desde o surgimento desta e dentro do próprio Modernismo, no terceiro. O quarto capítulo versa sobre a fotografia e a paisagem no contexto da crítica pós-moderna, de grande influência sobre as abordagens contemporâneas. Por fim, no quinto capítulo, a estética do desencanto é abordada através da análise da produção imagética contemporânea de artistas e fotógrafos em sua maioria brasileiros, incluindo dois ensaios de minha autoria. Essa produção é discutida a partir de três recortes temáticos: mineração, florestas e cidades. No primeiro abordam-se os trabalhos de Lucas Bambozzi, Haroon Gunn-Salie, Cristiano e Pedro Mascaro; no segundo, os de Paulo Tavares, Lalo de Almeida, Kamikia Kisêdjê e Pedro David; e, no terceiro, os de Doug Rickard, Vincent Catala e Ding Musa, além dos meus. Combinando referências artísticas e teóricas, como Walter Benjamin, Georg Simmel, Bruno Latour, Dipesh Chakrabarty, Philippe Descola, Franco Berardi, Andreas Huyssen, T. J. Demos e David Campany, a pesquisa aqui apresentada não pretende confluir para um estudo sobre o estatuto da paisagem na atualidade. Antes, busca refletir, conforme exposto nas considerações finais, sobre as potências e contradições da fotografia enquanto linguagem crítica. |
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A paisagem desencantada: fotografia e ruína no espaço modernoThe disenchanted landscape: photography and ruin in modern spaceApocalipseApocalypseArte contemporâneaContemporary artHistória da fotografiaHistory of photographyLandscapePaisagemPós-modernismoPost-modernismEsta pesquisa analisa a produção fotográfica sobre a paisagem contemporânea a partir do conceito da estética do desencanto, elaborado ao longo do primeiro capítulo. O desencantamento ali descrito espelha a perda da crença no projeto moderno. Se o Modernismo exaltou o progresso em grande parte de sua produção, um século depois a confiança na utopia tecnológica se esvaziou frente à destruição causada pela exploração de recursos naturais em nível planetário e à definição de uma era geológica causada pela intervenção humana, o Antropoceno. A origem e a evolução dos conceitos de paisagem e desencantamento são abordadas no segundo capítulo; suas intersecções com a fotografia, desde o surgimento desta e dentro do próprio Modernismo, no terceiro. O quarto capítulo versa sobre a fotografia e a paisagem no contexto da crítica pós-moderna, de grande influência sobre as abordagens contemporâneas. Por fim, no quinto capítulo, a estética do desencanto é abordada através da análise da produção imagética contemporânea de artistas e fotógrafos em sua maioria brasileiros, incluindo dois ensaios de minha autoria. Essa produção é discutida a partir de três recortes temáticos: mineração, florestas e cidades. No primeiro abordam-se os trabalhos de Lucas Bambozzi, Haroon Gunn-Salie, Cristiano e Pedro Mascaro; no segundo, os de Paulo Tavares, Lalo de Almeida, Kamikia Kisêdjê e Pedro David; e, no terceiro, os de Doug Rickard, Vincent Catala e Ding Musa, além dos meus. Combinando referências artísticas e teóricas, como Walter Benjamin, Georg Simmel, Bruno Latour, Dipesh Chakrabarty, Philippe Descola, Franco Berardi, Andreas Huyssen, T. J. Demos e David Campany, a pesquisa aqui apresentada não pretende confluir para um estudo sobre o estatuto da paisagem na atualidade. Antes, busca refletir, conforme exposto nas considerações finais, sobre as potências e contradições da fotografia enquanto linguagem crítica.This thesis analyses the photographic production of the contemporary landscape using the concept of aesthetic of disenchantment, developed in the first chapter. The disenchantment described there reflects the loss of belief in the modern project. If Modernism exalted the progress in a large part of its production, one century later, the trust in the technologic utopia has been dismantled, especially because of the exploitation of natural resources in a global level, defining a new geological era: the Anthopocene. Both the origin and the evolution of the concepts of landscape and disenchantment are detailed in the second chapter; its intersections with photography, from its birth and within Modernism itself are explored in the third chapter. The fourth chapter deals with photography and landscape in the context of postmodern criticism, which has great influence on contemporary approaches. Finally, the fifth chapter presents the aesthetic of disenchantment based on the analysis of the imagistic contemporary production of artists and photographers, mostly Brazilians, including two essays from this author. The artistic production is discussed from three perspectives: mining (Lucas Bambozzi, Haroon Gunn-Salie, Cristiano and Pedro Mascaro), forests (Paulo Tavares, Lalo de Almeida, Kamikia Kisêdjê, and Pedro David) and cities (Doug Rickard, Vincent Catala, Ding Musa, and myself). By combining artistic and theoretical references, like Walter Benjamin, Georg Simmel, Bruno Latour, Dipesh Chakrabarty, Philippe Descola, Franco Berardi, Andreas Huyssen, T. J. Demos and David Campany, the research presented here does not intend to merge into a study on the status of landscape in present. Rather, it seeks to reflect, as exposed in the final considerations, on the strengths and contradictions of photography as a critical language.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBeiguelman, GiselleLissovsky, MauricioOttoni, Ana 2023-08-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-12122023-114423/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-01-17T17:15:02Zoai:teses.usp.br:tde-12122023-114423Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-01-17T17:15:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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